Robert Johnson foi sem dúvida um dos mais influentes guitarristas de todos os tempos. Sua influência é perceptível em músicos do calibre de Eric Clapton, Keith Richards, Duane Allman, Johnny Winter, John Frusciante, dentre outros. Seu estilo de conduzir os baixos de um acorde enquanto toca nas cordas mais agudas a melodia vocal, tornou-se característica de seu som.
Apesar de não ser o inventor da sonoridade urbana do Delta Blues, ele foi um dos maiores responsáveis pela sua popularização.
Seu legado, apesar de muito valioso, é pequeno. Robert Johnson gravou apenas 29 músicas em cinco sessões, realizadas entre 1936 e 1937. Dentre essas canções está o registro da clássica "Crossroads".
A extraordinária "Crossroads", que anos depois seria regrava pelo "Cream", ajudou a manter fama de seu pacto com o Diabo. Diz a lenda que Robert Johnson, no início de sua carreira, não se mostrava um músico muito competente. Son House, um dos maiores nomes do Blues de todos os tempo, desistiu de ensinar o garoto a tocar seu instrumento, alegando que ele era fraco demais. Robert Johnson, aventureiro que era, desistiu do trabalho no campo e foi viajar pelas estradas americanas, retornando após dois anos, mas agora com uma técnica maravilhosa e musicalidade invejável. Daí surgiu o papo que durante essa viagem ele fez o pacto com o Diabo, fato que o guitarrista nunca negou.
Robert Johnson foi também a primeira lenda a morrer com 27 anos, idade que depois ficaria amaldiçoada ao levar também ícones como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Brian Jones, Kurt Cobain, dentre outros "Rock Stars". Alias, a morte do músico ainda hoje é um grande mistério. Alguns dizem que foi assassinado, outros que ele foi envenenado, mas fato é que apesar de todas essas lendas ajudarem a manter seu nome vivo, seu verdadeiro legado ainda está nas 29 canções gravadas e nas únicas três fotos que sobreviveram ao tempo.
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