Fases artisticamente fantásticas passaram ignoradas pela mídia e pelo grande público. É sobre isso que vou falar neste post, momentos bons de algumas bandas, mas que pouca gente conhece/lembra.
Journey pré-Steve Perry (de 1975 à 1977)
No ano de 1981, o Journey era uma das bandas mais conhecidas do mundo. Steve Perry trouxe vocais melódicos para a banda e fez deles um dos maiores nomes do chamado AOR. O disco Escape vendeu milhões de cópias e, ainda hoje, o hit "Don't Stop Believin'" continua rendendo shows e dinheiro ao grupo. Mas em 1981, a banda já era uma veterana dos palcos, com músicos experientes. O guitarrista Neal Schon, por exemplo, já havia passado até mesmo pela banda do Santana. Os dois primeiros trabalhos do Journey passam longe do AOR do Steve Perry, sendo mais calcado no rock progressivo. Escute a ótima "I'm Gonna Leave You" de 1976 e comprove isso.
O Mk IV do Deep Purple (1975-1976)
Que o Deep Purple é um dos maiores nomes do rock mundial todo mundo sabe. Que a banda mudou varias vezes de formação também não é segredo. O problema é que pelo grupo passaram tantos músicos talentosos que, inevitavelmente, algum ficaria marcado negativamente na história do grupo. De todas as formações, a MK IV - cada formação corresponde a um diferente "MK" - é a mais subestimada. Com Gillan, Glover e Blackmore fora da banda, a mídia - e o público - não deram tanta bola para a nova formação. Para piorar, Hughes estava afundado no álcool e na heroína. A banda abandonava cada vez mais o hard rock e mergulhava de vez em um som com mais groove, com influência de funk e soul. Alias, essa mudança foi fator determinante para Blackmore abandonar o Deep Purple. Para o lugar dele, a banda recrutou o ex-James Gang e ex-Billy Cobham, o "porralouca" Tommy Bolin, músico extremamente respeitado, inclusive por nomes como Jeff Beck. Com a formação Coverdale, Hughes, Lord, Paice e Bolin, a banda gravou o disco Come Taste The Band. De nome bastante sugestivo, o Deep Purple chegou no ápice da mistura "hard rock + funk" proposta por bandas como Grand Funk Railroad. Infelizmente, o disco não foi muito bem aceito e os shows da banda eram lamentáveis, tendo em vista que os problemas com drogas do Hughes e Bolin, o que acabou rendendo o fim do grupo e a morte prematura do guitarrista. A única coisa que sobrou desta época foi o registro da banda em estúdio, que por sinal, é de audição obrigatória para todos que gostam de rock n' roll setentista.
Titãs no Titanomaquia (1993)
Os Titãs é sem duvida uma das maiores bandas do rock brasileiro que surgiu daquela safra oitentista. Entretanto, assim como outras bandas da época - Ira! e Barão Vermelho, por exemplo -, eles deram uma sumida da mídia no começo dos anos 90, apesar de manterem os shows extremamente lotados. Se o disco Tudo Ao Mesmo Tempo Agora foi alvo de severas criticas da imprensa musical, o álbum Titanomaquia passou praticamente despercebido. Um erro enorme! O disco apresenta um peso excepcional, riffs brilhantes e produção impecável, serviço alias oferecido pelo Jack Endino, produtor do Bleach do Nirvana. Tem quem ache caricato. Eu acho foda!
Escutem a fase dessas bandas com atenção e coloquem nos comentários bons momentos de alguns grupos que nunca são lembrados!
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