domingo, 11 de agosto de 2024

ACHADOS DA SEMANA: Bryan Adams, Die Kreuzen, CPM 22, The Cramps, Prince e The Clash

Bryan Adams
Reckless (1984). Um daqueles clássicos da cultura pop norte-americana. Não faltarão pessoas para apontarem sua cafonice. Dito isso, não acho sonoramente tão distante do que o Bruce Springsteen fazia na época. É o típico heartland rock. Só que tem uma coisa: o Keith Scott é mais guitarrista que qualquer um que já passou pela E Street Band. Acho um bom disco!

Die Kreuzen
October File (1986). Vi esse disco sendo mencionado como um dos precursores do post-hardcore. Em termos de som, até faz sentido, mas acho que isso aconteceu de maneira acidental (como normalmente acontece mesmo). É que ele é meio confuso na proposta ao trazer ecos de punk rock, hard rock do período e estranhezas que não consigo decifrar a raiz. É um álbum irregular, mas interessante. Depois peguei o debut deles lançado em 1984 (tava entre os mais ouvidos no Spotify) e achei um hardcore torto (à la Black Flag) bem mais entusiasmante aos meus ouvidos. Depois li que o Butch Vig trabalhou com eles anos antes de produzir o Nevermind. Fui conferir o Century Days (1988) e gostei bastante. Tem uma densidade claustrofóbica quase industrial, mas ainda trafega entre um hardcore esquisito e canções mais lapidas de rock alternativo. Aqui ficou nítido como todos integrantes eram tecnicamente bem bons. Resumidamente: que banda interessante! Vale dizer que eles saiam pela Touch And Go Records.

CPM 22
Correndo na esteira, na metade do percurso, mas já exausto, botei pra tocar um CPM: deu um gás absurdo. Lembro de ser das primeiras bandas que “gostei” (nunca morri de amores, mas curtia) que não veio da rebarba do meu pai. Era coisa de pré-adolescente, de festa de amigos, de MTV. Quem foi jovem entre 1999 e 2005 dificilmente passou ileso. Contabilizei uns 12 hits. Nenhum disco sequer nota 7, mas uma coletânea resolve bem. E que bom batera é o Japinha né.

The Cramps
Smell Of Female (1982). Disco ao vivo do espetacular grupo. Aqui estão as melhores piores guitarras que você irá escutar na vida. Timbres e execução borbulhantes de tão quente. Adorável. Vale dizer que fui reouvir o disco porque o Anthony Fantano listou o disco como um dos recomendáveis para adentrar o rock gótico. Embora entenda os motivos dele, não acho que dá pra colocá-lo neste gênero. É o puro psychobilly mesmo.

Prince
Semanas atrás eu descrevi minha frustração ao reouvir o Around The World In A Day (1985). Embarquei então no Parade (1986) e agora assim encontrei o que esperava. Um Prince que sabe dosar sua criatividade em canções melhores resolvidas, com apelo pop, groove, tremendas performances, boa produção e certa inquietude. Sensacional.

The Clash
Cada vez mais tenho gostado mais do Clash. Ouvi o Ricardo Alpendre do PoeiraCast mencionar o Give ‘Em Enough Rope (1978) como o seu predileto da banda e sou levado a assinar embaixo. Que discão! Inclusive, uma clara evolução, tanto em composição quanto produção e performance. Dito isso, não leve a sério quem diz gostar de rock e não adore The Clash.

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