Daniel Belleza e Os Corações em Fúria
A triste notícia da morte do Daniel Belleza - que confesso não ouvia falar há anos - me fez relembrar não só da sua banda, mas de todo um cenário do rock alternativo brasileiro que, na época, me interessava muito mais que o chamado indie rock 00's. Lembro de no primeiro acesso a download que tive buscar discos do Hurtmold, Cascadura, Walverdes, Los Pirata, Retrofoguetes, Autoramas e do próprio Daniel Belleza. Escutando agora o Daniel Belleza e Os Corações em Fúria (2004) achei que ele envelheceu muito bem. É um punk rock meio glam e sem ser sisudo. Bem bacana! RIP.
Korn
Korn (1994). Debut não só da banda, mas do new metal. Não escutava há muito tempo. Na minha cabeça ele não tinha saído tanto tempo antes ao Roots (1996). Possivelmente foi até daqui que saiu a escolha do Ross Robinson pra produzir o Sepultura. Voltando ao Korn, é incrível como eles soam singulares pra época. As guitarras de sete cordas, as dissonâncias, o baixo rítmico, a performance do Jonathan Davis… uma escola dentro do gênero.
Sloan
Navy Blues (1998). Não conhecia a banda, mas adorei esse disco. Tem toda aquela onda garage/beat dos Beatles. Tem faixas que acho até que eles forçaram ao tentar emular o John Lennon. Mas é muito legal. Um power pop melodioso e com guitarras volumosas.
Vinícius Cantuária
Siga-Me (1985). Achei esse vinil por 10 conto perdido num bar. Comprei. Gosto do primeiro do Vinicius Cantuária, sendo que esse segue a mesma toada de pop/new wave arrojado e elegante. Basicamente tudo que o Leoni queria ser e passou longe. Muito bem tocado (Léo Gandelman, Paulinho Braga, Serginho De La Mônica, Celso Fonseca…). Vale o garimpo.
Trivium
Ascendancy (2005). Nem é das minhas bandas/discos prediletos daquela safra do “metal moderno”, mas ainda assim é bem bom. Botei pra ouvir na academia e funciona demais. Tem ótimos momentos calcados no thrash metal.
Junior Mendes
Copacabana Sadia (1982). Talvez o grande disco do “AOR/city pop” brasileiro. Arranjos, performances e clima total alto astral. Não sei muito sobre o Junior Mendes, mas li que ele era muito atuante nos bastidores da produção musical do período. Não por acaso aqui ele pode se dar o luxo de contar com Lincoln Olivetti, Claudio Steverson e Gastão Lamounier. Discaço, inclusive relançado há pouco tempo no Japão. Ed Motta pois no mapa por lá.
ZZ Top
Ouvi no poeiraCast o Ricardo Alpendre falando que o disco predileto dele do ZZ Top é o Tejas (1976). Fui conferir. Ainda fico com o Tres Hombres (1973), mas me surpreendi neste álbum como o Frank Beard é um bom baterista. Em toda música ele lança um shuffle ou um ritmo de boogie criativo. Isso dentro de uma captação orgânica, com uma pegada leve, que faz com que sua batera soe até pra trás na mix. Tudo bem, visto que o groove tá lá. Bem legal.
Robert Fripp
Exposure (1979). Álbum espetacular lançado pelo Robert Fripp. Se não me engano é sua estreia solo (pode ser que tenha algo ambient ou em colaboração com o Brian Eno pelo caminho). Adoro como, embora ele seja bastante experimental e progressivo, o disco incorpora a fúria do punk rock tão presente no período. A lista dos músicos que colaboram nas gravações é absurda: Daryl Hall, Peter Hammill, Peter Gabriel, Brian Eno, Phil Collins, Tony Levin, Narada Michael Walden, Barry Andrews, Jerry Marotta e Terre Roche. O resultado não poderia ser outro: brilhante!
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