domingo, 7 de abril de 2024

ACHADOS DA SEMANA: Alceu Valença, Sarah Vaughan, Inocentes, Os Replicantes e Noporn

Alceu Valença
Cinco Sentidos (1981). Acho curioso como aprendemos a naturalizar o som do Alceu, que se analisado racionalmente, é uma mistureba maluca. Composicionalmente tem o pé no forró, mas se desenvolve com trejeitos de reggae, atitude (e guitarras) de rock e apelo pop nacional. Isso tudo com carisma, naturalidade e uma banda de apoio sensacional (Paulo Rafael, Mu, Wilson Meireles, Antonio Santanna, dentre outros). Pra ouvir na boa, fazendo um rango, tomando uma cerveja, em família.

Sarah Vaughan
Semana passada foi comemorado (nem tanto o quanto se devia) o centenário do nascimento da Sarah Vaughan. Em casa separei para ouvir seu disco lançado em 1955 em parceria com o trompetista Clifford Brown. É uma performance vocal mais exuberante que a outra. Afinação, timbre, dicção, vibrato (por vezes até “exagerado”), capacidade de improvisar… que cantora! Vale ainda dizer que o baterista é o grande Roy Haynes (sempre ele!).

Inocentes
O raciocínio foi simples: o que os Inocentes, uma das bandas mais legais do punk rock nacional, estavam produzindo na época grunge? Cheguei no disco Subterrâneos (1994), muito menos “punk” e bem mais rock n’ roll. Tem até algo de hard, mas não hard 70 ou farofa, tá mais pra um hard… Soundgarden. Isso, claro, com uma produção mais simples e abordagem mais crua. Ótimas guitarras e baixos (inclusive, acho que era o Mingau nessa época). Álbum bem legal.

Os Replicantes
O Futuro É Vortex (1985). Falando em punk rock nacional, lembrei deste clássico. Dos discos mais divertidos, inspirados e espontâneos daquela safra do rock brasileiro. Simples assim. Muito legal reouvir e perceber que ele não perdeu a força.

Noporn
Noporn (2005). Conhecia o Noporn só de nome. Fiquei sensibilizado com a quantidade de pessoas que lamentaram a morte da Liana Padilha, apontando sua importância para a cena eletrônica brasileira. Embora o som do duo não seja minha praia (principalmente devido o “canto falado”), gostei da produção (inclusive, assinada pelo Dudu Marote) e me intrigou como o grupo não conseguiu quebrar a barreira do cenário alternativo, sendo que ao abordar temas contemporâneos envolto aos gêneros, poderia ter hypado muito mais. Destaque para “Janelas” (com guitarras do Scandurra). Várias faixas caem bem na pista.

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