Silva Maria
Porte de Rainha (1973). Daquelas pérolas ainda não enaltecidas. E dá pra entender o porquê. Não é “brasilidade”, não é “grooveado”, é arrojado mesmo, de arranjos não menos que sublimes. A Silva Maria é uma cantora majestosa, dona de voz imponente. Isso sem mencionar que o teor melancólico não combina com festa brasileira pra gringo ver. Quem sabe quando formos melhores receba o devido holofote.
Ryo Fukui
Scenery (1976). Pérola do jazz japonês. Formato tradicional de trio, onde o piano impera por mérito próprio. Toda a tessitura do instrumento é explorada com sabedoria, delicadeza e destreza. Mas não se engane, o baterista também arrebenta, sendo que devo dizer que, no alto de minha ignorância, um de seus solos me remeteu ao Ian Paice. Num mundo perfeito, todo hotel ou restaurante que preza por refinamento teria um trio desse nível (obviamente tô exigindo demais).
Thin Lizzy
As vezes fico um tempo sem ouvir sons mais atrelados a um “rock tradicional”, ai quando pego pra escutar a maravilha sônica se faz presente. Aconteceu agora ao reouvir o Nightlife (1974) do Thin Lizzy. Que banda consistente! Escrevem boas canções, tem groove, calor, entrosamento, organicidade e grandes guitarristas. Vale dizer que lembrei do disco após ler elogios do Ed Motta.
Murphy’s Law
Murphy’s Law (1986). Sabe o que me pareceu esse disco? Um crossover de hardcore com punk tipico do período que foi lançado, mas antenado no rock alternativo, trazendo ecos de Butthole Surfers. Ou seja, nada mal.
Andrew W.K.
I Get Wet (2001). Quem foi que disse que em retrospectiva esse disco soava bem? Seja quem for, tava errado. É um porcaria, festivamente de plástico, raivosamente de plástico.
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