RPM
Com a morte do Luiz Schiavon, peguei pra fazer algo que nunca tinha feito: ouvir os álbuns do RPM na íntegra. Ao menos os três oitentistas. Revolução Por Minuto (1984) sinaliza para novas referências no rock brasileiro. É um synthpop/new romantics bem feito, mas irregular no repertório. Por sua vez, o multiplatinado Radio Pirata Ao Vivo (1986) me surpreendeu tanto que até cogitei fazer um “TEM QUE OUVIR” sobre ele. É um clássico mesmo, com timbres (naquela altura) gélidos e futuristas. Compete com a estreia do Ritchie como melhor disco de synthpop brasileiro. Por último, RPM (1988), conhecido também como Quatro Coiotes, disco que já tinha ouvido elogios, embora tenha sido um fracasso comercial se comparado aos trabalhos anteriores. Há certa complexidade nos arranjos, provavelmente oriunda da influência do rock progressivo. É interessante. É isso, vale escutar sem preconceito.
Primal Scream
Pô, eu não sabia que o Kevin Shields tinha tido uma passagem pela banda. Li sobre e já fui conferir o, aparentemente, único registro desta época, Live In Japan (2003). É uma paulada barulhenta, ora lembrando o Stooges, ora o que realmente é: um electro garage rock com uma parede de guitarras. Vale dizer o Mani ainda comandava os baixos do grupo. Que time, que performance!
Sleater-Kinney
Tava reouvindo o All Hands On The Bad (2000). Por terem na discografia os excelentes Dig Me Out (1997) e The Woods (2005), esse álbum é bem menos lembrado, embora igualmente sensacional. Tem a crueza e atitude quase punk, mas também boas melodias. Ouvir com minha filha é tarefa obrigatória enquanto pai.
Arild Andersen
Molde Concert (1982). Vi o nome do Bill Frisell na capa, então peguei pra ouvir. Deve ser das primeiras aparições do guitarrista, aqui com uma linguagem mais “comum”, soando ora como o Al Di Meola, ora como o John Scofield. É interessante.
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