sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

ACHADOS DA SEMANA: Dälek, Zimbo Trio, Margareth Menezes e Jeff Beck

Dälek
Conheci o duo com o espetacular Endangered Philosophies (2017), que considero um dos melhores discos daquele ano, muito por conta da sua improvável fusão de rap com shoegaze, algo que já tinha rolado no Asphalt For Eden (2016). Todavia, na época parei por aí. Só agora fui ouvir os discos retroativamente. Fiquei admirado ao perceber que desde os From Filthy Tongue Of Gods And Griots (2002) e Absence (2005) já havia muito dessa inquietação corrosiva, que dá ao hip hop peso, texturas e climas tão sombrios quanto vigorosos. Que grupo!

Zimbo Trio
Mais um grupo que só conhecia um único disco, justamente o clássico álbum da capa vermelha, de 1964. Todavia, Zimbo (1976) sempre esteve no meu radar. Sei lá se algum DJ gringo sampleou, se é raro, se é foi lançado muito e tem aos montes em sebos… sei lá. O que sei é que já o conhecia pela capa, embora isso seja o que menos importa. Fator decisivo é mesmo a música. Formado pelos exímios Amilton Godói, Luís Chaves e Rubinho Barsotti, aqui o trio apresenta maturidade em excepcionais composições. Atenção para cada arranjo, interação e improviso. É preciso ouvir e reouvir para melhor proveito.

Margareth Menezes
Margareth Menezes (1988). Nunca tinha pegado nada da nossa nova Ministra da Cultura pra ouvir, então embarquei no clima. Eu gosto desse axé oitentista, mais pop, com arranjos/produções redondíssimas (e datada). Não é minha onda, mas valeu conhecer.

Jeff Beck
Ainda em minhas homenagens ao Jeff Beck, reouvi o Jeff Beck's Guitar Shop (1989), guitarristicamente um dos seus discos mais soberbos e inventivos. Tem timbres e fraseado muito peculiares. Ao que parece, foi aqui que ele abandonou a palheta de vez. Vale lembrar que o baterista é o Terry Bozzio. Espetacular.

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