Gal Costa
A morte da Gal Costa inevitavelmente levou todos nós a ouvir nossas canções prediletas na voz dessa eterna musa da música brasileira. Eu ao menos fiz isso. Mas também aproveitei pra descobrir um álbum que nunca tinha escutado. Peguei o Minha Voz (1982), disco de sucesso, mas que por preconceito meu com sonoridades oitentistas na MPB, tinha deixado passar. Ao menos ouvi na hora certa. Adorei a gravação, o repertório, os arranjos e, principalmente, a voz da Gal, que estava possivelmente no auge. Não por acaso o nome do disco é esse. Pra sorrir e chorar.
Low
Outra perda muito sentida nessa semana foi a da Mimi Parker, integrante do Low, banda que vinha (e tende a continuar) ganhando prestígio graças a uma discografia extensa e cheia de acertos. Até por isso decidi ouvir o I Could Live In Hope (1994), estreia do grupo e um clássico do slowcore. É bem bom (melancólico, imersivo, lindo), mas por tudo que ouvi da primeira fase do grupo, me surpreende como o trabalho deles evoluiu para algo ultra particular, belo e, para mim, mais interessante.
Iced Earth
Típica banda que afirmava não gostar sem nem ter ouvido. Power metal não é a minha. Mas uma curiosidade mórbida me levou a escutar, visto que um dos integrantes estava envolvido naquela invasão maluca ao Capitólio. Peguei o aparentemente prestigiado (ao menos pelos fãs) Something Wicked This Way Comes (1998). É nítida a influência de Judas Priest e Metallica, só que em composições ultra xaropentas. Queria ter uma grata surpresa, mas não rolou. Não dá.
Ricky Nelson
Pioneiro do rock e um dos primeiros ídolos teen, embora hoje pouco lembrado (ao menos no Brasil). Seu estilo, quando comparado aos seus contemporâneos, é menos transgressor e mais palatável, mas tudo bem, afinal há boas canções, sua interpretação é afinadíssima e em muitas gravações temos a guitarra afiadíssima do James Burton. Escutem uma compilação qualquer e se deliciem.
Nana Caymmi
Tudo bem, a velha endoidou, mas convenhamos, que voz tinha essa mulher, não? Isso sem mencionar os arranjos, músicos e repertório do disco Renascer (1976). É o trabalho mais mineiro de uma carioca filha de baiano que existe. Biscoito fino.
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