Fiquei longe do blog nas últimas
semanas pois fui para o interior visitar meus pais após longos meses distantes por conta da covid. Ou seja, aproveitei o tempo ao máximo perto
deles, não me debruçando em nenhum texto. Mas ouvi muita música. Na verdade,
reouvi. Nenhuma novidade, apenas audições descompromissadas de apelo emocional
familiar. Ainda assim, acho que cabem algumas observações que agora trago ao
blog:
Titãs
Meu pai disse que estava com vontade de ouvir o disco Domingo (1995) dos Titãs.
De imediato botei pra gente ouvir juntos. Se em algum momento esse
disco me pareceu o começo da decadência da banda, desta vez ele me soou muito
bem. A produção do álbum, dentre do contexto do rock brasileiro, é das melhores
que já ouvi. Muito bem arranjado, captado e mixado. Claro, tem alguns deslizes composicionais,
mas no geral é bem redondo. Grata surpresa reouvir.
Celso Blues Boy
Tem um disco ao vivo do Celso Blues Boy que comprei num desse baciões em
promoção da Lojas Americanas. Devo ter pago 10 reais. Lembro que quando comprei
sequer conhecia o artista. Mas o preço módico, o “Blues” no nome e a
stratocaster na capa me fizeram arriscar a compra. De cara não gostei. Blues
pra mim na época era Gary Moore, sendo que o Celso me soou raquítico.
Já meu pai adorou, sendo que de tanto ele ouvir, eu passei a gostar também.
Deixar de ser um adolescente também ajudou neste gosto adquirido. As
composições são ótimas e é tudo muito bem interpretado. É um disco de grande
valor emotivo para mim, sendo que sempre que estou com meu pai, tento ouvir em
algum momento.
André Christovam
Meu pai gosta muito de blues, então sempre que vejo ele, apresento algo nessa
praia. Desta vez mostrei o espetacular Banzo (2002) do André Christovam. Esse
disco cada vez que ouço sobe mais no meu gosto. É o blues distante da
caricatura, numa forma composicional que abraça a cultura brasileira, trazendo
até mesmo influência do Aldir Blanc nos textos. É um espetáculo!
A gente ainda ouviu Luiz Melodia, Cassiano, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Raul Seixas, Sérgio Sampaio, João Bosco, Roberto Carlos, Beatles, Allman Brothers Band, Thin Lizzy, Pescado Rabioso, Dead Kennedys... Grandes dias!
Ouvi também uma playlist minha de música
popular/brega brasileira, mas isso é tópico para uma próxima postagem.
Já de volta da viagem, só o que ouvi foi:
Suicidal Tendencies
O skate vive momentos de triunfo diante de sua exposição nas Olimpíadas, com
direito a medalhistas brasileiros. Com isso, vi uma série de postagens
relacionando a modalidade ao Charlie Brown Jr., o que é de certa forma bastante
natural, visto que o Chorão sempre levantou a bandeira do esporte. Entretanto,
a cultura do skate é tão associada a música que relembrei outros artistas
imersos neste território. Fui do Circle Jerks ao N.W.A.. Mas escolhi o Suicidal
Tendencies como a grande amostra da sonoridade energética, urbana, intensa e
jovem que tão bem representa o skate. Vale relembrar o espetacular debut deles.
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