quinta-feira, 29 de julho de 2021

ACHADOS DA(S) SEMANA(S): Titãs, Celso Blues Boy, André Christovam e Suicidal Tendencies

Fiquei longe do blog nas últimas semanas pois fui para o interior visitar meus pais após longos meses distantes por conta da covid. Ou seja, aproveitei o tempo ao máximo perto deles, não me debruçando em nenhum texto. Mas ouvi muita música. Na verdade, reouvi. Nenhuma novidade, apenas audições descompromissadas de apelo emocional familiar. Ainda assim, acho que cabem algumas observações que agora trago ao blog:

Titãs
Meu pai disse que estava com vontade de ouvir o disco Domingo (1995) dos Titãs. De imediato botei pra gente ouvir juntos. Se em algum momento esse disco me pareceu o começo da decadência da banda, desta vez ele me soou muito bem. A produção do álbum, dentre do contexto do rock brasileiro, é das melhores que já ouvi. Muito bem arranjado, captado e mixado. Claro, tem alguns deslizes composicionais, mas no geral é bem redondo. Grata surpresa reouvir.

Celso Blues Boy
Tem um disco ao vivo do Celso Blues Boy que comprei num desse baciões em promoção da Lojas Americanas. Devo ter pago 10 reais. Lembro que quando comprei sequer conhecia o artista. Mas o preço módico, o “Blues” no nome e a stratocaster na capa me fizeram arriscar a compra. De cara não gostei. Blues pra mim na época era Gary Moore, sendo que o Celso me soou raquítico. Já meu pai adorou, sendo que de tanto ele ouvir, eu passei a gostar também. Deixar de ser um adolescente também ajudou neste gosto adquirido. As composições são ótimas e é tudo muito bem interpretado. É um disco de grande valor emotivo para mim, sendo que sempre que estou com meu pai, tento ouvir em algum momento.

André Christovam
Meu pai gosta muito de blues, então sempre que vejo ele, apresento algo nessa praia. Desta vez mostrei o espetacular Banzo (2002) do André Christovam. Esse disco cada vez que ouço sobe mais no meu gosto. É o blues distante da caricatura, numa forma composicional que abraça a cultura brasileira, trazendo até mesmo influência do Aldir Blanc nos textos. É um espetáculo!

A gente ainda ouviu Luiz Melodia, Cassiano, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Raul Seixas, Sérgio Sampaio, João Bosco, Roberto Carlos, Beatles, Allman Brothers Band, Thin Lizzy, Pescado Rabioso, Dead Kennedys... Grandes dias!

Ouvi também uma playlist minha de música popular/brega brasileira, mas isso é tópico para uma próxima postagem.

Já de volta da viagem, só o que ouvi foi:

Suicidal Tendencies
O skate vive momentos de triunfo diante de sua exposição nas Olimpíadas, com direito a medalhistas brasileiros. Com isso, vi uma série de postagens relacionando a modalidade ao Charlie Brown Jr., o que é de certa forma bastante natural, visto que o Chorão sempre levantou a bandeira do esporte. Entretanto, a cultura do skate é tão associada a música que relembrei outros artistas imersos neste território. Fui do Circle Jerks ao N.W.A.. Mas escolhi o Suicidal Tendencies como a grande amostra da sonoridade energética, urbana, intensa e jovem que tão bem representa o skate. Vale relembrar o espetacular debut deles.

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