Boca Livre
O racha no Boca Livre devido a necessária polarização (com fascista tem que polarizar!) me levou a reouvir o belo disco de estreia do grupo, lançado de forma independente em 1979. Tremendo repertório e arranjos vocais de grande personalidade e qualidade. Belo trabalho nem sempre lembrado.
Diamond Head
Vi que o Diamond Head fez uma regravação do clássico Lightining To The Nations (1980), fui ouvir e não aguentei duas músicas. Peso artificial e genérico. Voltei para a versão original e percebi que ela nem é tão ruim que demande nova versão. Claro, a produção é tosca e a performance tem suas bolas na trave, mas funciona como registro estético de uma época. Fora que a versão remasterizada já dá um bom grau no peso. Já sobre as composições, verdadeiros hinos da NWOBHM que influenciariam fortemente o Metallica. Nada mal.
Byrd, Kessel & Ellis
Lembram do G3, aquele projeto encabeçado pelo Satriani com outros dois guitarristas convidados? Pois então, após perder o posto pessoal de principal projeto das seis cordas para a parceria do John Mclaughlin, Paco de Lucia e Al Di Meola, agora ele foi desbancado pelo Charlie Byrd, Barney Kessel e Herb Ellis. Três monstros da guitarra jazz (no caso do Byrd violão, inclusive bastante influenciado pela música brasileira) em ebulição sonora. Tem ótimos vídeos do encontro no YouTube e também o belo disco Great Guitars (1975).
Erik Satie
O que fazer quando sua filhinha de 6 meses acordar as 4h15 da manhã? Ouvir o Erik Satie. Comecei com a lindíssima "Gymnopédie No.1" e fui parar na peça para piano Avant-dernières pensées. É bonita, tem tensão, dramaticidade e um colorido especial. Escutei a gravação do Alexandre Tharaud. É fino.
REO Speedwagon
Longe de mim dar uma de saudosista de uma época que sequer vivi, mas acho curioso como na década de 1980, até as bandas mais pasteurizadas do rock tinham grandes guitarristas. A surpresa mais recente foi com o Gary Richrath do REO Speedwagon. Nunca tinha escutado o grupo. Para mim era daquelas presepadas que só americano gosta (coloque Journey e Toto neste pacote, exemplos também de grupos com grandes guitarristas). Entretanto, ouvi o multiplatinado Hi Infidelity (1980) e adorei as guitarras do Gary Richrath. As composições - algo entre o hard rock e AOR -, nem são grande coisa, mas os solos, timbres e mesmo a performance do guitarrista é excelente. Não por acaso tem quem considere a década de 1980 o grande período para a guitarra.
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