MORAES MOREIRA
Com a triste morte do Moraes Moreira, espontaneamente recebi uma bem-vinda enxurrada de sua obra. Reouvi o genial Novos Baianos F.C. (1973), seus excelentes dois primeiros discos solo (Moraes Moreira e Cara e Coração, respectivamente de 75 e 77), além de ter visto por acaso um show transmitido pelo Canal Brasil. Em sua banda estava Cesinha, Davi Moraes e Marcos Moletta. Na platéia, todos dançando empolgados, sem celular, sem clima de balada, na maior festa. Moraes já faz falta.
ZIMBO TRIO
Perdemos também nesta semana o espetacular baterista Rubinho Barsotti, sendo assim, nada melhor que reouvir o clássico Zimbo Trio (1965), disco da capa vermelha. Ninguém tratou um prato de condução (ride) melhor que o Rubinho. Isso para não mencionar os outros membros, os fantásticos Amilton Godói (piano) e Luís Chaves (contrabaixo). Auge do samba-jazz instrumental.
RYO KAWASAKI
Infelizmente não para por ai. Li sobre a morte de um guitarrista japonês chamado Ryo Kawasaki. No texto falava que ele foi um dos precursores da guitarra sintetizada. Logo me interessei em ouvir. O álbum Juice (1976) é um espetáculo. Tem muito de Jeff Beck ali. Agora preciso explorar mais a discografia.
D.O.A.
Há algumas semanas assisti a série Punk, produzida pelo Iggy Pop. Ali é passado a limpo o desenvolvimento do gênero. Dentre tantas bandas espetaculares que já adoro, me deparei com o D.O.A., que nunca havia escutado. Bastante atuantes ao vivo, embora distantes do eixo da cena, visto que eles eram canadenses, o grupo guarda em sua discografia o ótimo Hardcore '81 (1981), álbum com a pungência do hardcore, mas com melodias no melhor estilo punk '77. Bem legal!
CYNIC
Focus (1993), estreia da banda Cynic lançada a quase 30 anos, mas que não me impressionaria se saísse hoje. Mistura complexa de death metal, fusion, rock progressivo e world music. Tem o Sean Reinert na bateria, mas o grande destaque é o baixista Sean Malone. Ultra recomendado pra quem gosta da banda Death.
ALDIR BLANC
Sou um grande entusiasta da parceria do João Bosco com o Aldir Blanc, mas confesso que não havia escutado nada solo do excelente escritor. O interesse veio com dois ótimos textos do JB em seu blog (leia aqui e também aqui) em que ele aborda não somente um jantar que teve com o compositor, mas também recomenda o disco Vita Noturna (2005). Fui ouvir e é majestoso. Elegância nos textos, nos enxutos arranjos, nas participações (João Bosco, Guinga, Hélio Delmiro)... bem bom. Infelizmente, Aldir tem passado por momentos difíceis nesta semana, o que gerou até mesmo algumas mobilizações online. Que tudo melhore para esse brilhante e subestimado compositor.
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