quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

TEM QUE OUVIR: Sugar - Copper Blue (1992)

Sobravam "especialistas" apontando o quão o Hüsker Dü tinha sido influente para a cena alternativa que havia chegado ao mainstream em 1992. O público pareceu não dar muita bola para isso. Como espécie de "vingança involuntária", Bob Mould montou o Sugar e mostrou que compunha melhor que qualquer um de seus fãs famosos.


Copper Blue reúne um punhado de canções inspiradas. Todas tão encorpadas quanto melódicas. Isso fica evidente logo de cara na enlameada "The Act We Act", onde guitarras pesadas são amaciadas por um vocal ultra palatável.

"A Good Idea" soa para mim quase como uma provocação ao Pixies, algo como "é isso aqui que vocês querem fazer né?". Como não ficar espantado com o bom senso melódico do Bob Mould diante de maravilhas como "Changes". A canção soa como um resumo do rock nos anos 1990.

As referências aos Beatles que já ecoavam no Hüsker Dü voltam a dar as caras na acústica "If Can't Change Your Mind" e em "Hoover Dam", sendo essa última dona de espetacular arranjo. Perfeitos power pop noventistas.

Vale destacar ainda a contagiante "Helpless" (tudo que o Foo Fighters queria ser), a arrojada "The Slim", o verdadeiro pop punk que é "Fortune Teller" e a paranóica "Slick".

Ainda hoje Copper Blue não recebeu a devida atenção. Todavia, Bob Mould se mantém como referência na arte de compor canções de rock.

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