quarta-feira, 13 de setembro de 2017

TEM QUE OUVIR: The Who - Live At Leeds (1970)

Ao fazer uma breve pesquisa sobre os maiores discos ao vivo da história do rock, é bem provável se deparar com Live At Leeds (1970) do The Who no topo, sendo talvez o registro definitivo (entre tantos maravilhosos) do grupo.


Gravado durante a tour da ópera rock Tommy, é possível perceber o quarteto britânico abrindo mão de qualquer vestígio épico ou conceitual, investindo numa paulada explosiva e crua de rock n' roll. Até a capa é simples, mais parecendo um bootleg.

Gravado na Universidade de Leeds, a banda não deixa pedra sobre pedra, atacando logo de cara a estrondosa "Young Man Blues", com pausas capazes de causar ataque cardíaco e interpretação vocal visceral do Roger Daltrey.

É não menos que divertidíssima a execução de "Substitute" e da clássica "Summertime Blues", sendo essa última de fazer o Blue Cheer ficar assutado.

Falando em canções icônicas, "My Generation" ganha aqui uma versão de 15 minutos, com direito a interferências das canções do Tommy. Nela Pete Townshend lembra a todos que, mais que um compositor genial, é um guitarrista brilhante.

Já a cozinha formada por John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria) é ainda mais impressionante ao vivo, ganhando um peso e virtuosismo impressionante em "Shakin' All Over".

As cinco canções citadas acima, mais a mediana versão de "Magic Bus", formam a emblemática versão original do disco lançada em 1970. Todavia, em 1995 saiu uma nova impecável edição contendo outras músicas tão impressionantes quanto, vide "Heaven And Hell", "I Can't Explain", "Fortune Teller", "Tatto" e "A Quick One, While He's Away".

Eis a melhor banda ao vivo de todos os tempos no seu auge!

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