terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

TEM QUE OUVIR: The Teardrop Explodes - Kilimanjaro (1980)

Em Liverpool, no final da década de 1970, em meio a explosão punk que dominava a Inglaterra, Ian McCulloch e Julian Cope fomentavam a cena local com o Crucial Three. Sem um consenso na direção do grupo, ambos desistem da empreitada. Ian forma o Echo And The Bunnymen e o Julian Cope o The Teardrop Explodes, bem menos conhecido que a banda de seu antigo parceiro, mas fundamental para o pós-punk.


Com ótima reputação local, o grupo abandonou o selo independente Zoo e assinou com a grande Mercury. Para isso, tiveram que chutar da banda o guitarrista/compositor Mick Finkler, dando a impressão para muitos que Kilimanjaro (1980) não apresentava a essência real do grupo. Todavia, o álbum fez sucesso considerável e tornou-se um clássico da época.

De capa péssima, o disco é salvo devido a qualidade das canções. Guiado por teclados estridentes e atmosféricos, "Ha Ha I'm Drowning" abre o álbum com a energia elevada. É sacolejante as novas versões - tendo em vista que elas já haviam sido gravadas como single ainda na Zoo - de "Sleeping Gas" e "Bouncing Babies".

Os timbres pós-punk se fazem valer na melódica "Treason" e na paranoica "Second Head". Em "Poppies" a cozinha dub e as guitarras etéreas soam psicodélicas. Já a faixa que nomeia o disco é um puro deleite krautrock.

Não lançado originalmente no álbum, mas incluído posteriormente, o single "Reward" fez bastante sucesso e ajudou a vender o grupo. Todavia, a banda não foi muito mais longe. Mas o Julian Cope, hoje um personagem cult, segue interferindo na música alternativa, tanto com suas maluquices sonoras, quanto com suas opiniões/textos/livros sempre interessantes.

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