terça-feira, 31 de janeiro de 2017

TOP 5: Glam Rock

Como prometido, um TOP 5 discos do glam rock especialmente para minha amiga Clau.

Por se tratar de uma lista de glam rock, ficarei na década de 1970. Ou seja, nada de glam metal oitentista por hoje.

Mesmo preso a uma época, o glam rock foi um fenômeno pop que gerou muitos frutos, então procurei ser objetivo na lista e cortar possíveis "aventureiros". Deixei apenas o que é GLAM (com letras garrafais) na essência. Nessa rodaram Iggy Pop e Lou Reed (beberam da fonte por influência do Bowie, mas são muito mais que isso), New York Dolls e Elton John (são colocados no pacote mais pelo visual do que pelo som), Roxy Music, Sparks e Queen (tão mais pra art rock), além de Alice Cooper e Kiss (tão mais para o hard rock ou até mesmo para o tal shock rock).

Mas o que é glam rock para mim? É algo dançante, divertido (uma evolução do bubblegum), nem tão pesado quanto o hard rock, mas também com raízes no blues. Tem um clima cósmico (tanto nas letras, quanto nos timbres dos instrumentos) e se passa num mundo paralelo, andrógeno, hedonista e pansexual, regado tanto a cocaína quanto a gliter e plumas. Completamente cheio de GLAMour. Seu auge foi na Inglaterra até meados da década de 1970.

Deu para entender? Caso não, ouça e veja as capas dos discos abaixo que tudo ficará mais claro.

David Bowie - The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars (1972)
Uma escolha tão óbvia que seria impossível deixar de fora. É que tudo está reunido aqui: o alienígena andrógeno, as roupas espalhafatosas, canções futuristas, os arranjos refinados, a guitarra cósmica do Mick Ronson e o apelo pop que só Bowie consegue dar a uma obra de vanguarda. Um fenômeno comportamental que foi além das artes.

T. Rex - The Slider (1972)
Embora pouco lembrado no Brasil, Marc Bolan foi tão importante para o glam rock quanto o David Bowie. Após anos batalhando no cenário do rock inglês, despontou com seu T. Rex, sempre coberto de gliter e plumas. Mas é seu som, deliciosamente cósmico, que fez os mais velhos clichês do rock/blues/gospel parecerem de um tempo que ainda não chegou. Méritos também para o produtor Tony Visconti.

Slade - Slayed? (1972)
Vou ser sincero, quando quero escutar Slade me restrinjo ao clássico disco ao vivo de capa vermelha, Slade Alive!. Todavia, o disco é tão intenso que tá mais para um proto-punk, sendo o Slayed? um legitimo álbum de glam. Divertido, cru e extremamente influente. Que o diga os integrantes do Kiss, Ramones, Cheap Trick e Mötley Crüe.

Mott The Hoople - Mott (1973)
Bowie era tão fã do grupo que chegou a ceder o sucesso "All The Young Dudes" só para a banda não acabar. Mas o Mott The Hoople obviamente não se resume a isso. Basta se atentar as guitarras ultra melódica do Mick Ralph (posteriormente Bad Company) e a voz singular do icônico Ian Hunter para perceber que estamos diante de uma das grandes bandas do seu tempo.

Sweet - Desolation Boulevard (1974)
"Ballroom Blitz" e "Fox On The Run" são clássicos fanfarrões do glam rock. Beira ao caricato, embora inegavelmente divertidas. Todavia, o disco traz outros momentos genuínos de rock n' roll que dão legitimidade a obra.

Adendo 1: O glam rock incrivelmente também chegou com força no Brasil, sendo o disco de estreia do Secos & Molhados, o debut do Made In Brazil, o Fruto Proibido da Rita Lee & Tutti-Frutti, o primeiro solo do João Ricardo e qualquer coisa feita pelo Edy Star exemplos disso.

Adendo 2: Conheço a figura de Gary Glitter, mas confesso nunca ter escutado um disco dele. Deixem nos comentários informações sobre o sujeito.

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