quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

TEM QUE OUVIR: Slipknot - Vol. 3: (The Subliminal Verses) (2004)

O new metal teve sua grande ascensão na segunda metade da década de 1990 através de grupos como Korn, Deftones e Limp Bizkit. Todavia, é possível dizer que o auge de sua popularidade se deu na virada do século, principalmente com o Slipknot, que lançou em 2004 seu terceiro trabalho, o ótimo Vol. 3: (The Subliminal Verses).


Se antes o grupo já havia chamado atenção por sua violência sonora, shows pirotécnicos/agressivos, visual impactante - com direito as famigeradas máscaras fazendo alusão a palhaços, macacos, Hannibal, Coringa, Pinóquio e Jesus Cristo -, no Vol. 3, para desespero dos antigos fãs, a banda fez concessões musicais que ressaltaram as boas qualidades composicionais do grupo em detrimento da urgência sônica.

Produzido pelo grande Rick Rubin, o peso da banda continua intacto , principalmente nas desesperadoras "The Blister Exist", "Three Nil", "Opium Of The People" e "Welcome", com destaque para a bateria verborrágica do Joey Jordison, refrães contagiantes, além dos riffs paranoicos e cacofônicos de guitarra. Uma fórmula peculiar e exitosa.

Todavia, faixas como "Duality", "Vermilion" e "Before I Forget", todas com grande rotação na programação da MTV, apresentam certa sensibilidade "pop" em seus excelentes refrões - lembre-se, sempre sem abrir mão do peso - e as várias possibilidades interpretativas do Corey Taylor.

Se a acústica "Circles" revela a grande qualidade melódica do grupo, "The Nameless" tem um certo experimentalismo sônico doentio, com destaque para o trabalho do DJ Sid Wilson.

Conservador que é o mundo do heavy metal, o Slipknot sofreu muita resistência da velha guarda, mas com sua estética particular, representou também a última incursão do gênero pelo mainstream.

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