terça-feira, 8 de novembro de 2016

TOP 5: Adrian Belew

Neste mês de novembro, mais precisamente no dia 27, um dos grandes guitarristas da história tocará em São Paulo. Não, não me refiro ao Slash e seu enfadonho Guns N' Roses, mas sim ao grande Adrian Belew.

Mesmo que você nunca tenha ouvido falar dele, seu currículo certamente provocará o interesse de conhece-lo.

Ele já trabalhou com Frank Zappa, Talking Heads, David Bowie, King Crimson, Paul Simon, Laurie Anderson e Nine Inch Nails. Isso sem contar seus bons discos solo.

Com tantas parcerias em mais de 40 anos de carreira, decidi selecionar um ingrato TOP 5 dos meus momentos prediletos dele. Claro que vai faltar muita coisa, mas ao menos é uma boa porta de entrada para um músico brilhante.

01: David Bowie - Stay
Ainda que tenha tocado no derradeiro berlinesco Lodger (1979), a grande parceria de Belew com o Bowie ocorreu ao vivo, vide o clássico Stage (1978). Essa é minha fase ao vivo predileta do camaleão. É interessante salientar que Belew acompanhou o Bowie também durante sua passagem pelo Brasil, se não me engano em 1990. Tem quem ouse dizer que ele roubou a cena do show. Isso definitivamente não é pouca coisa. Mas aqui, como registro, deixo o vídeo de "Stay" gravado para a TV alemã logo no inicio da parceria, onde Bowie não esconde no olhar a admiração por seu mais novo guitarrista.

02: Talking Heads - Born Under Punches
Embora goste do Talking Heads, devo confessar que não sou dos maiores admiradores. Mas quando calho a ouvir, minha escolha é sempre o disco Remain In Light (1980), obra precursora da chamada world music e que traz na guitarra o Adrian Belew tirando sons "incomuns", para não dizer bizarros. Algo mais próximo de sons de elefantes e computadores do que do virtuosismo do Eddie Van Halen tão em voga na época.

03: Paul Simon - Crazy Love Vol. II
Se o Talking Heads foi quem começou com esse papo de world music no rock, Paul Simon foi quem popularizou no clássico Graceland (1986). O álbum traz a participação do guitarrista na complexa balada "Crazy Love Vol. II".

04: King Crimson - Elephant Talk
Foi com esse vídeo que entrei em contato pela primeira vez com o trabalho do Belew. Já conhecia e adorava a obra do King Crimson da década de 1970, mas como na década seguinte a grande maioria das bandas de progressivo tinham virado um troço intragável, nem me dei o trabalho de ouvir. Foi então que um sujeito me mostrou esse video de "Elephant Talk" e meu mundo caiu! O arranjo das guitarras definitivamente abriu minha cabeça. É absurdamente complexo e técnico, mas sem ser chato. Isso sem falar nos timbres malucos. São muitas as qualidades! Hoje acho o Discipline (1981) um dos grandes discos do King Crimson. Poucos se adequaram tão bem a época quanto eles (ou ele, o senhor Robert Fripp).

05: King Crimson: Happy With What You Have To Be Happy With
A prova definitiva de que Adrian Belew e Robert Fripp formam uma das grandes duplas de guitarra de todos os tempos. Como que ele consegue tocar esse ritmos complexos e ainda cantar? Como uma banda da década de 1960 consegue soar ainda hoje tão consistente? Como perder o show do Belew em São Paulo?

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