sexta-feira, 9 de setembro de 2016

TEM QUE OUVIR: The Crickets - The "Chirping" Crickets (1957)

Se tem um artista que fez a ponte do rock n' roll do Elvis Presley e Chuck Berry para o que faria anos depois Beatles e Rolling Stones, esse é Buddy Holly.


Talentoso e inquieto, Buddy somou força com alguns amigos do colégio e formou o Crickets, grupo que tinha como grande diferencial a sensibilidade pop daquele que os liderava. Batendo de frente com produtores e empresários, Buddy mostra em The "Chirping" Crickets (1957) que tinha faro apurado para tendências sonoras juvenis.

Em menos de 30 minutos o que vemos é o blues ganhando vitalidade, a começar pela abertura de "Oh Boy". Já em "Note Fade Away" ele aplica a famosa batida de Bo Diddley numa faixa certeira. Mas é o hit adolescente "Maybe Baby" que talvez melhor retrate a musicalidade do Buddy Holly. Adoro o arranjo vocal desta gravação.

Ainda que suas composições sejam ótimas, recorrer ao talento de Roy Orbison em "You've Got Love" e "An Empty Cup (And A Broken Date)" assegurou um repertório coeso ao álbum.

Todavia, a canção que realmente salta aos ouvidos é a clássica "That'll Be The Day", dona de influentes frases extraídas de sua fender stratocaster, que fazem um branquelo desengonçado e portador de miopia parecer o cara mais cool do planeta. Que canção!

Pena que sua trajetória pela Terra durou tão pouco, tendo o artista morrendo precocemente num trágico acidente. Felizmente, a contribuição de Buddy Holly ao rock já estava dada para todo sempre.

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