quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Top 5: Clássicos não famigerados do rock nacional oitentista

Durante todo o ano de 2016, tivemos diversas homenagens ao rock nacional oitentista, definitivamente o auge comercial do gênero no país. Rolaram resenhas aos balzaquianos Dois, Cabeça Dinossauro e Selvagem?, passando por memórias do RPM, “volta” da Legião Urbana e até mesmo um show reunindo Paralamas do Sucesso, Paula Toller e Nando Reis. Momentos de vergonha alheia foi inevitável.

Pensando nisso, venho aqui postar minhas 5 discos prediletos do rock nacional oitentista, mas não os carne de vaca. Aqui estão os prediletos da casa. E já aviso, não tem nada de Barão Vermelho, Lulu Santos ou Engenheiros do Hawaii.


Camisa de Vênus - Camisa de Vênus (1983)
Cinco jovens da Bahia propõem o completo oposto das narrativas praieiras da Blitz. São canções agressivas (por mais que a produção seja pobríssima), confrontosas e provocativas. Tremendo repertório.

Violeta de Outono - Violeta de Outro (1987)
Um disco que fica entre o pós-punk e o rock psicodélico, fusão de estilos incomum ainda hoje. O resultado é um disco singular, de delirantes canções, mas sem soar presunçoso. Fora que o Fábio Golfetti é um tremendo guitarrista.

Patife Band - Corredor Polonês (1987)
Filho da Vanguarda Paulista, Paulo Barnabé cria um frankenstein completamente brutal e progressivo, com direito a solos jazzísticos, ritmos complexos e atitude punk. Um dos discos mais subestimados da música brasileira.

Ira! - Psicoacústica (1988)
Cansado da previsibilidade do rock nacional e dos próprios rumos "The Jam tupiniquim", o Ira! constrói um clima detetivesco sombrio, com direito a sample do filme O Bandido da Luz Vermelha (Sganzerla, 1968). Fora que o Scandurra tá tocando demais. Um marco do rock alternativo brasileiro.

Ratos de Porão - Brasil (1989)
Pra fechar, um clássico do punk rock/hardcore/crossover. A evolução natural da banda, tanto em performance e produção, quanto em qualidade composicional. E, diante do tema desta postagem, vale se atentar a frase inicial de "Aids, Pop, Repressão": “o rock brasileiro é uma farsa comercial”.

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