Joseph Byrd é quem segura as rédeas da banda. Discípulo de compositores de vanguarda (como John Cage) e de formação marxista, ele passou longe de abraçar fórmulas comerciais para viabilizar sua arte. Experimental até o último sulco do vinil, o disco tem elementos de jazz, folk, experiências eletrônicas e, claro, rock psicodélico. "Hard Coming Love" pode até mesmo ser considerada um hino do estilo.
Logo na introdução de "The American Metaphysical Circus", uma marchinha militar é atropelada pela voz doce de Dorothy Moskowitz, cantando uma linda melodia em cima de sons eletrônicos estranhos.
É transbordante a delicadeza em "Cloud Song" e na tenebrosa "Where Is Yesterday", ambas se contrapondo ao esporro eletrônico de "The Garden Of Earthly Delights" e "Coming Down".
É incrível a modernização que eles dão ao típico dixieland jazz em "I Won't Leave My Wooden Wife For You, Sugar". Já no que se diz respeito ao pensamento político de Byrd, nada pode ser mais direto que "Love Song For The Dead Che".
Para o fim, temos a curtinha e brilhantemente orquestrada "Stranded In Time" e o épico teatral repleto de colagens "The American Way Of Love". O que ambas tem em comum? Os arranjos elaborados. Mérito também do tecladista Ed Bogas.
Um clássico obscuro de audição agradável e desafiadora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário