Nos últimos dias, dezenas de sites homenagearam os 70 anos de um dos maiores compositores do século: Neil Young. O Maria D’escrita não ficou de fora dessa.
O artista canadense de obra indispensável percorreu por diversos estilos durante sua longa carreira. Folk, country rock e hard rock, chegando até mesmo a ser o precursor da sonoridade grunge.
Tentarei reunir neste post não necessariamente as melhores canções de Neil, mas sim traçar uma resumida linha do tempo de um artista inquieto e extremamente influente. Tarefa difícil. Sem mais delongas, vamos as músicas:
1: Buffalo Springfield – Broken Arrow (1967)
Logo no início de carreira, Neil Young se viu cercado de ótimos músicos/compositores no lendário grupo Buffalo Springfield, que revelou não somente ele, mas também Richie Furay, Jim Messina, Stephen Stills e outros personagens importantes da música. A fusão proposta de folk rock, pop e rock psicodélico é maravilhosa. O grupo não fez tanto sucesso, mas deixou trabalhos hoje cultuados.
2: Neil Young & Crazy Horse – Down By The River (1969)
Como uma espécie trovador caipira, Neil Young deu luz a sua carreira solo acompanhado pelo espetacular grupo Crazy Horse. Com eles, durante toda a década de 1970, gravou álbuns não menos que clássicos, sendo o primeiro deles um dos meus prediletos.
3: Crosby, Stills, Nash & Young – Helpless (1970)
Em 1970, Neil se juntou aos já cultuados Crosby, Stills & Nash - sendo o Stills aquele do já citado Buffalo Springfield -, para lançar um trabalho emblemático na discografia mundial: Déjà-Vu. O álbum é um apanhado de canções memoráveis, de doçura acústica intensa.
4: Neil Young – Heart Of Gold (1972)
Em 1972, diante de tragédias pessoais e tristeza profunda, Neil lançou seu maior sucesso comercial. O disco Harvest, repleto de baladas folks preciosas, despontou principalmente devido o hit “Heart Of Gold”.
5: Neil Young & Crazy Horse – Cortez The Killer (1975)
Algo importante de salientar sobre Neil Young é que, além de compositor brilhante, ele é também um guitarrista subestimado. A prova disso está no épico solo de “Cortez The Killer”, presente no indispensável álbum Zuma (1975). A faixa desmistifica o conquistador espanhol Hernán Cortés.
6: Neil Young & Crazy Horse – My My, Hey Hey (Weld) (1991)
Se a década de 1980 foi para Neil marcada por trabalhos irregulares, logo ele se reinventou abusando de sua fúria de lenhador. Com som bastante encorpado, influenciou grupos como Pearl Jam e Mudhoney, apadrinhando diretamente o grunge. Embora com excelentes discos de estúdio, o ao vivo Weld (1991) é o que mais me emociona. Poucas vezes na história do rock uma banda soou tão visceral. O público responde a toda essa energia vinda do palco com mais intensidade ainda. Um registro magnifico do poder da música. Já sobre a faixa “My My, Hey Hey”, é interessante lembrar que ela traz uma das frases que Kurt Cobain usou em sua carta de suicídio (“É melhor queimar de uma vez do que se apagar aos poucos”). O riff areoso da canção é um dos meus prediletos.
7: Neil Young & Crazy Horse – Le Noise (2010)
Um disco recente do Neil que mostra que ele ainda pode ser relevante, ousado e barulhento.
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