Desde os tempos em que fazia parte do lendário grupo de folk inglês, Fairport Convention, Richard Thompson se estabeleceu como um dos mais talentosos compositores e guitarristas da sua geração. Todavia, seu primeiro disco solo foi um fracasso comercial. Assim sendo, ele somou forças com a sua esposa, Linda Thompson, para buscar novas inspirações. Desta parceria nasceu o belíssimo álbum I Want To See The Bright Lights Tonight (1974).
Mesmo com o orçamento apertado da gravadora Island, o refinamento sonoro do disco é impecável. Se por natureza as composições já trazem melodias marcantes, os arranjos detalhados e a interpretação profunda dos músicos contribuem para a qualidade final.
A guitarra pontual de Richard se contrapondo aos violões e bandolins na bela "When I Get The Border" é de maturidade musical gigantesca. A utilização de instrumentos como acordeon, concertinas e até mesmo o renascentista crumhorn, trazem um clima de música tradicional que tão bem se soma ao folk elétrico. Tremenda canção.
De introdução viajante (e oriental), "The Calvary Cross" é uma balada preciosa. Adoro a captação orgânica desta faixa.
De introdução viajante (e oriental), "The Calvary Cross" é uma balada preciosa. Adoro a captação orgânica desta faixa.
Linda Thompson faz jus ao seu nome ao cantar imponentemente as belas "Withered And Died" e "Has He Got A Friend For Me", composições de ritmo arrastado que dão respiro à sua interpretação elegante.
Crônicas de perfil inglês cercam canções como "Down Where The Drunkard", "The Little Beggard Girl" e a épica "The Great Valerio". De formato quase pop - leia-se "americano" -, "I Want To See The Bright Lights Tonight" é a mais agitada do álbum.
Crônicas de perfil inglês cercam canções como "Down Where The Drunkard", "The Little Beggard Girl" e a épica "The Great Valerio". De formato quase pop - leia-se "americano" -, "I Want To See The Bright Lights Tonight" é a mais agitada do álbum.
Embora seja uma obra inglesa por excelência - tanto na estética quanto na sonoridade e temática -, o álbum foi também bem recebido nos EUA. Clássico do folk inglês.
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