sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

TEM QUE OUVIR: Tim Maia - Tim Maia (1970)

Muito tem se falado sobre o Tim Maia nos últimos meses devido o filme biográfico e, posteriormente, a série que passou na Rede Globo. Sem entrar na polêmica das obras audiovisuais, venho aqui focar na música de Tim, destacando aquele que é na minha opinião - e de muitos - o seu melhor disco: Tim Maia (1970), o clássico álbum homônimo de estreia do artista.


Ainda que seja seu primeiro disco, Tim já havia sido parceiro do Roberto Carlos, formado um grupo vocal de soul music nos EUA e produzido o Eduardo Araújo. Essa pluralidade artística permitiu que seu primeiro álbum tivesse um amplo leque sonoro, a começar pelo baião divertido "Coroné Antônio Bento" (João do Vale). 

Um dos momentos mais rockeiros de Tim está na fantástica "Cristina Nº 2", em que ele divide a autoria com Carlos Imperial. Outro parceiro importante é Cassiano, um compositor subestimado, com forte talento para melodia, vide as lindas "Padre Cícero", "Você Fingiu", "Eu Amo Você" e "Risos", todas com interpretação brilhante de Tim Maia. 

Ainda que o disco percorra por diferentes estilos, o álbum é acima de tudo uma obra fundamental para a black music/soul music brasileira. Essa bagagem swingada, recheada por arranjos de metais e voz potente, é elevada ao último grau na fantástica "Jurema".

O álbum ainda guarda na manga dois grandes sucessos da música brasileira: a bela "Primavera (Vai Chuva)" e a maravilhosa "Azul da Cor do Mar", dona de melodia arrebatadora.

No decorrer de sua problemática carreira, Tim lançou outros bons discos, mas é principalmente seu trabalho de estreia que continua saltando aos ouvidos.

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