quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

TEM QUE OUVIR: Arcade Fire - Funeral (2004)

Se hoje o Arcade Fire está na crista da onda do rock alternativo, sendo headliner em festivais pelo mundo todo, isso não se deu de uma hora pra outra, mas sim através de uma discografia de alta regularidade que chama atenção desde seu primeiro álbum, o já clássico Funeral (2004).


Arquitetado diante da perda de familiares dos integrantes, o álbum é um tributo a morte. As canções rodeiam memórias e sentimentos profundos, mas que devido o instrumental grandioso, acaba soando mais esperançoso do que soturno. A sequência de "Neighbourhood" é o maior exemplo disso.

Assim como acontece com o Flaming Lips, a junção entre o pop rock - horas melodioso, horas barulhento -, a música folk tradicional e a sofisticação de arranjos orquestrados, é preciosa. E é exatamente essa riqueza proporcionada por violinos e pianos uma das grandes qualidades do grupo. Neste quesito, nada soa mais espetacular que a linda/épica "In The Backseat".

Como destaque é possível citar também a modernização do art rock em "Une Anée Sans Lumière", a vigorosa "Wake Up" e a bela balada "Crown of Love".

O álbum despertou interesse na época de seu lançamento via internet, chegando pouco tempo depois a nomes como David Bowie e U2, que não se acanharam ao elogiar a banda. Eis o começo de uma história exuberante que ainda está sendo escrita.

Uma curiosidade: na edição japonesa, o disco vem com uma versão bônus de "Aquarela do Brasil", clássico da música brasileira de autoria do Ary Barroso.

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