terça-feira, 9 de setembro de 2014

RETROSPECTIVA 2013: Lançamentos (incluindo os MELHORES DISCOS DO ANO)

Atrasei mais de nove meses, mas finalmente ouvi tudo que queria para poder fazer a minha lista PESSOAL de melhores discos do ano com o "embasamento" necessário. Já aviso que isso prejudicou minha audição de lançamentos de 2014, ou seja, atrasarei esse ano também.

Reconheço que citar mais de 100 discos de um único ano é exagero. Ainda mais nos tempos atuais, onde tudo parece ser tão descartável. Todavia, não deixaria de ouvir/citar algo bacana só para me enquadrar num número pré estabelecido.

Apesar da grande quantidade de discos, fiz descrições (não são criticas, muito menos resenhas, são descrições mesmo) curtinhas dos álbuns, justamente por reconhecer que, embora as pessoas tenham sede de conhecimento, nem todos tem tempo/interesse/prazer de ouvir todos os lançamentos um a um, muito menos ler a minha irrelevante opinião sobre tais obras. 

Mas está ai, o trabalho sujo está feito! Com direito até mesmo a uma faixa destaque para os mais preguiçosos (exceto nos Melhores Discos do Ano, ao menos esses escutem inteiro).

Mais que uma crítica, esse post é uma ajuda pra quem quer caçar uma novidade (e um HD externo para mim mesmo catalogar minhas audições/preferências).

Separei tudo em ordem alfabética. Nacionais e internacionais, tudo misturado. Sem pódio de chegada ou beijo de namorada. Acho que assim fica mais fácil para procurar algum lançamento específico. 

Um adendo interessante: acho que desde 1989 (ano de Happy Mondays e Stone Roses) não tínhamos um ano tão "psicodélico" quanto o de 2013.


PEQUENAS OBSERVAÇÕES

- RELANÇAMENTOS INTERESSANTES: Banda Black Rio, Erasmo Carlos, Nirvana e Odair José.
- DVD: Só vi o do Black Sabbath e adorei, mas ai é chover no molhado.
- PERDÃO, MAS NEM OUVI (NÃO BATEU VONTADE, IA SOAR FORÇADO. QUEM SABE OUTRA HORA): Ana Canãs, Angra (DVD), Avantasia, Baby do Brasil, Black Flag, Ellen Oléria, Emicida, Eric Burdon, Gal Costa, Ivan Busic, John Fogerty, John Mayer, Lady Gaga, Macklemore & Ryan Lewis, Megadeth, Miley Cyrus, Motörhead, Orianthi, Rafael Castro, Robben Ford, Satan, Soilwork, Steve Vai, Suicidal Tendencies, The Strokes, Vampire Weekend e Vespas Mandarinas.

MELHORES DISCOS DO ANO (LISTA CONSERVADORA? ÓBVIA? O QUE É É)

Baptists: Bushcraft 
Um petardo entre o hardcore e o sludge. Tudo tocado de forma visceral, prevalecendo os pesados riffs e a produção consistente. O baterista é espetacular!

Black Sabbath: 13 
Não tem nada de novo, mas tem o que de melhor o Black Sabbath pode oferecer, e isso definitivamente não é pouca coisa. Rick Rubin mais uma vez acerta na produção e resgata uma banda lendária. Iommi e Geezer estão geniais (pra variar). Ozzy acima das expectativas. Brad Wilk foi a escolha perfeita para assumir as baquetas. Discaço!

Church Of Misery: The Kingdom Scum 
Stoner/doom de japorongas figuraças. É sujo, podrão, pesado e energético. Não vai mudar o mundo, mas vai chacoalhar a cabeça de quem ouvir. Afina, no Japão não tem só pop estranho e metal tonto.

David Bowie: The Next Day 
A volta de um maiores artistas de todos os tempos. Confesso que precisei de mais de uma audição para aprecia-lo em sua totalidade, mas a persistência foi recompensadora. Guitarras ásperas, letras bem sacadas e o toque de genialidade melódica típica do Bowie. O lançamento silencioso reinventa a forma de divulgação. Atitude estranha para um mundo onde qualquer "ídolo" pop tem twitter. 

Daft Punk: Random Access Memories 
Ótima produção, composições e execução. A influência dançante da disco music foi precisa. É o pop (não só no som, mas também no incrível alcance) retro-futurista perfeito. Gente do calibre do Nile Rodgers, Giorgio Moroder, Panda Bear, Pharrell, Nathan East, John Robinson, Omar Hakim, Greg Leisz, Paul Jackson Jr, dentre outros, tem papel fundamental no sucesso do álbum. Nasceu já clássico!

Death Grips: Government Plates 
Hip Hop do mal. Sequer me atentei-me as letras. Só a produção/interpretação caótica e ríspida já é impactante por si só. Um absurdo! 

Deafheaven: Sunbather 
O cruzamento absurdo do post-rock com o black metal. Virou um shoegaze do capeta. Tão brutal e barulhento quanto melódico e dramático. Beira o surreal. Nasce o "blackgaze" como tendência.

Earthless: From The Ages
Power trio instrumental com influência psicodélica, mas de resultado modernizado. As músicas são tão interessantes que até esquecemos que é instrumental (tem gente que vai ficar nervoso, mas é isso mesmo). Riffs e solos de primeira, além de dinâmica voraz que da ritmo ao trabalho. 

Elton John: The Diving Board 
Boas letras (Bernie Taupin, vou dizer o que?), produção cristalina, bem tocado (menção tanto para o Elton John quanto para a sua afiada banda) e acessível (melodias lindas). Que maravilha! A prova que seus bons discos não se restringem ao passado.

Girls Names: The New Life
Bastante calcado no pós-punk dos anos 80. Tem pitadas de Joy Division (nos baixos e vocais) e Smiths (nas guitarras). Isso não é pouca coisa. 

Gov't Mule: Shout!
Das bandas atuais com pegada setentista, essa é a mais relevante e consistente. Um show de guitarras a serviço de ótimas composições. Simples assim. 

Haim: Days Are Gone 
Soft rock do século XXI, bem feito e apaixonante. Essas três garotas sabem compor, tocar e encantam com suas personalidades. É pop, com guitarras e feito por mulheres. Acho a fórmula perfeita. Tremenda estreia.

Johnny Marr: The Messenger
Finalmente a estreia solo deste guitarrista e compositor acima de qualquer suspeita. Ótimas composições e execução que explicam sua influência. Tudo que se pode esperar de Johnny Marr é garantido pelo álbum. 

Laura Marling: Once I Was As Eagle
Fui ouvir sem grande expectativas e encontrei lindos arranjos (piano e cordas), interpretação vocal impressionante, composições sofisticadas e melodias bucólicas. Perfeito para dias introspectivos.

Melt Banana: Fetch
Noise japonês com vocais "pop". Bizarro, barulhento e especial.

My Bloody Valentine: MBV
Para o bem e para o mal, a banda voltou (após mais de 20 anos) exatamente de onde parou. Os fãs de shoegaze vão ao deleite. Discão!

Passo Torto: Passo Elétrico
Poucos músicos me chamam mais atenção hoje no Brasil que esses aqui presentes. Um combo de gente talentosa disposta a fazer musica desafiadora, de arranjos tão complexos quanto minimalista e letra angustiantes.

Purling Hiss: Water On Mars
Shoegaze "moderno", que ora empurra para o ultra melódico, ora para o excesivamente (no bem sentido) barulhento. Se lançado em 1991 seria um clássico. 

Savages: Silence Yourself
Quatro mulheres de atitude fazendo um som pós-punk barulhento e climático. Quem gosta de Siouxsie And The Banshees vai adorar. Revelação do ano.

Shining: One One One
Caótico e do mal. Sax de free jazz em composições que transitam entre o industrial e o black metal progressivo. Produção insana e climas apocalípticos. É claustrofóbico. 

Speedy Ortiz: Major Arcana
Arranjos ousado, até mesmo estranhos, para composições de doçura melódica. Interpretação precisa e guitarras enigmáticas, ora com intensidade absurda. Tem a cara do rock alternativo noventista, mas com uma produção coerente com a atualidade. Eu adoro.

Steven Wilson: The Raven That Refused To Sing 
Músicos (Guthrie Govan, Marco Minnemann) e produtor de primeira (Alan Parsons) trabalhando com o cara mais talentoso do rock progressivo dos últimos 35 anos. Alguns acusaram de ser pastiche. Talvez até seja mesmo, mas é muito bem feito e inspirado.

Suede: Bloodsports 
Bandaça lançando discão depois de uma década em silêncio. Incrível como algumas melodias são tão características de determinados grupos. Ainda que eu não tenha percebido, essa sonoridade estava fazendo falta. Só agora me liguei que o Mat Osman é um baixista muito acima da média. 

The Dillinger Escape Plan: One Of Us Is The Killer
Cada vez mais técnico, pesado e absurdo. O metal com passagens nada convencionais. Todavia, indicado somente para a molecada que curte doideras rítmicas e barulhentas.

The Virginmarys: King Of Conflict
Disco de estreia desta ótima banda de rock n' roll que faz um som consistente e sem firula. Não vai mudar o mundo, mas é muito bem tocado, divertido e energético. É o suficiente. 

Thee Oh Sees: Floating Coffin 
Uma mistura agradavelmente provocativa de garage rock, psicodelia e indie. Olha para o passado, mas aponta para o futuro. Ótimo repertório e execução.

Young Knives: Sick Octave
Não saquei muito bem do que se trata, mas soa muito bem. Um pouco graças ao sax, as programações eletrônicas, a produção e os arranjos ousados, além da influência de Talking Heads. Que combo, não?

Yuck: Glow And Behold 
Noise-pop na medida certa, chegando próximo do shoegaze. Se lançado em 1991 seria um clássico do rock alternativo. Restou ao menos ser uma grande obra atual, com chances de aclamação no futuro.
 


DAQUI PRA BAIXO É O GROSSO DA LISTA. SÃO ALBUNS QUE OUVI DO COMEÇO AO FIM (ACREDITE SE QUISER) PARA FORMAR OS MEUS PREDILETOS. CLIQUE NO MAIS INFORMAÇÕES CASO SE INTERESSAR. 

RECONHEÇO QUE AO CONTRÁRIO DOS MELHORES CITADOS ACIMA, POSSIVELMENTE NÃO VOLTAREI A ESCUTA-LOS INTEIRO. PROVAVELMENTE UMA FAIXA OU OUTRA.

AS DECEPÇÕES E OS RUINS ESTÃO NO FIM DO POST

*- Nome da banda: Nome do Disco (Pequena descrição pessoal). Faixa destaque


OS BONS DISCOS

- Acid Mothers Temple: In Seach Of The Lost Divine Arc (Psicodelia surreal que funciona como um mantra do caos. Um nível de concepção sonora difícil de adentrar, mas recompensador). Born Free Stone Free

- Al Di Meola: Tribute To Beatles (Dentre tantos tributos em homenagem aos Beatles, esse talvez seja um dos mais ousados, coerente e original. E olha que nunca fiz a ponte entre o trabalho do Meola com o do quarteto). A Day In The Life

- Age Of Taurus: Desperate Souls Of Tortures Times (Um dos melhores discos de estreia do ano. É doom metal pesadíssimo e entorpecente). Embrace The Stone

- Alice In Chains: The Devil Put Dinosaurs Here (O Alice In Chains continua sem um único disco ruim. Produção impecável para músicas com a densidade sombria de sempre. Jerry Cantrell sabe das coisas). Stone

- All Them Witches: Lightning At The Door (Stoner com clima sulista e vibe psicodélica/bluseira. Riffões pancadas um atrás do outro). The Death Of Coyote Woman

- Ana Popovic: Can You Stand The Heat (Orianthi é o escambal! Popovic é a grande guitarrista mulher da atualidade. Blues cheio de groove que acerta em cheio o ouvinte. Ótima banda de apoio). Can You Stand The Heat

- Anjo Gabriel: Lucifer Rising (Vinil, material gráfico lindo, instrumental ousado, psicodelia pernambucana atual... Resumindo, é rock para gringo - e brazucas, claro - chaparem). Lucifer Rising Part II

- Apanhador Só: Antes Que Tu Conte Outra (Em seu terceiro disco, o grupo deixou de lado um pouco a sutileza e abraçou o estranho. Algo como "o indie contemporâneo encontra a vanguarda paulista". Não é pouca coisa. Arranjos ousados e temática politizadas. O melhor da banda até agora). Despirocar.

- Arcade Fire: Reflektor (Inferior ao anterior, mas é bom também. O maior representante do indie rock atual. Grandioso, rico nos arranjos e melódico. Conseguiram expandir o alcance comercial com um trabalho coerente). Normal Person

- Arctic Monkeys: AM (Adoraria xingar, mas achei bacana. Se por um lado perderam a energia e o "humor", por outro estão tocando melhor. Gosto dos timbres também. É tipo um "classic rock de tiozinho" feito para a molecada. Curiosa contradição). Arabella

- A$AP Rocky: LONG.LIVE.A$AP (Sem pudores, o rapper intoxica nossas mentes com bases pesadas e criativas. A mixagem cria uma ambientação bastante especial. Fora que há excelentes ganchos). Long Live A$AP

- Atoms For Peace: Amok (O tal projeto do Flea com o Thom Yorke e o produtor Nigel. Obviamente pende pra um Radiohead fase Kid A ainda mais eletrônico. Audição nada fácil, mas agrada). Dropped

- Baleia: Quebra Azul (MPB moderninha, mas isso não precisa ser visto com maus olhos quando se é bem feito. Belas composições e seriedade nos arranjos). Jiraya

- Baranga: O 5º Dos Infernos (É mais do mesmo, mas agrada quem curte rock n' roll despretensioso e pesado. Neste quesito o Brasil está bem representado pelo Baranga). Três-Oitão

- Barbara Eugênia: É O Que Temos (Uma MPB que agrega com naturalidade elementos do pop, rock, Jovem Guarda e música francesa. Mesmo de voz “pequena”, a interpretação da Barbara é marcante. Disco gostoso para ouvir cozinhando com a(o) amada(o). Ah, tem ótimas guitarras (provavelmente do Edgard Scandurra). Porque Brigamos

- Bass Drum Of Death: Bass Drum Of Death (É rock n' roll com atitude garage, referências punk e produção shoegaze. Tudo ótimo. Tem refrões muito legais). (You'll Never Be) So Wrong 

- Bready Eye: BE (Não adianta, se tem uma coisa que ambos Gallagher sabem fazer é compor. Discão para ouvir no carro. Com direito a capa mais bonita do ano). Soon Come Tomorrow

- Ben Monder: Amorphae (Ótimo guitarrista elevando o nível do cruzamento do jazz com a new age para algo tenso, cinematográfico e brilhante. Complexo e bonito). 39

- Beyoncé: Beyoncé (O último disco já tinha me agradado, agora ela só confirmou que é a maior artista do pop atual. Flerta com o indie modernoso e passa pela disco music, mas sem caricatura. Tem muita ousadia nas produções (sonoridade enorme). Seu lançamento discreto foi uma baita jogada). XO

- Biffy Clyro: Opposites (É um pop pock discretamente bem feito. Tem melodias que ficam na cabeça e um peso/densidade extra que não deixa ele soar coxa). Different People

- Bill Callahan: Dream River (Talentoso compositor. Me lembrou (de longe e com as devidas proporções, claro) o Leonard Cohen. Investir em boas composições é o mérito do trabalho). Summer Painter

- Bill Frisell: Big Sur (Embora já um veterano, Bill continua a contribuir para a guitarra com seu fraseado lindo, harmonias ricas, timbres elaborados e fraseado ácido. Você toca guitarra? Tem que ouvir!) Cry Alone

- Broadcast: Barberian Sound Studio (Afinal, trilha sonora também vale. Mas sem destaque, é o conjunto narrativo da obra que faz valer a audição).

- Body/Heat: Coming Apart (Novo projeto da Kim Gordon. Indicado apenas pra quem curte noise, lo-fi e barulheira introspectiva. É um constante esporro guitarrístico). Last Mistress

- Bombino: Nomad (Após o disco do Dr John, mas uma pérola produzida pelo Dan Auerbach (líder do Black Keys) apresentando ao mundo esse guitarrista tuaregue. Exótico e
hendrixiano). Azame Tiliade

- Boris: Präparat (O exemplo definitivo de que o Japão não se resume ao pop genérico e metal virtuoso. Aqui tem drone, prog, post-rock, sludge, ambient… tem tudo de "pior"). Method Of Error

- Born Of Osiris: Tomorrow We Die Alive (É som para molecada que curte djent e metalcore ultra-técnico, pesado, moderno e competente. Não venha fã tiozinho de Bob Dylan escutar que não vai dar certo). Divergency

- Bosnian Rainbows: Bosnian Rainbows (Omar Rodriguez, entre o silêncio do Mars Volta e a má vontade com o At The Drive-In, lançou esse bom disco de "pop esquisito". Art rock do século XXI). Eli

- British Sea Power: Machineries Of Joy (Indie rock encorpado tocado sem dó. As composições são boas e os arranjos bem amarrados. No oceano de mediocridade indie, eles se saem bem). K Hole

- Camera Obscura: Desire Lines (Indie pop dos bons. Tem traços de Belle & Sebastian. A doce voz da cantora cai bem. Selo de aprovação 4AD). New Year's Resolution

- Catavento: The Lost Youth Against The Rush (Ska, hardcore, psicodelia e funk num disco que não é de nada disso. Mistureba que só poderia sair de solo tupiniquim). Seesaw

- Cathedral: The Last Spire (Doom metal de produção moderna. Pesado como um caminhão. Isso basta). Cathedral Of The Damned 

- Carcass: Surgical Steel (A lenda do grindcore numa volta mais que digna. É pesado, peculiar e doentio. Discaço!) Cadaver Puch Conveyor System

- Causa Sui: Euporie Tide (Instrumental progressivo onde na interação dos músicos prevalece a técnica. Belos momentos de guitarra e jams ultra inspiradas). The Juice

- Chimaira: Cown of Phantoms (Mesmo sendo um thrash metal moderno convencional, existe uma estranheza nos arranjos que me fez gostar do álbum). The Machine

- Chris Potter: The Sirens (Saxofonista de primeira. É um dos poucos músicos de jazz da atualidade que sempre procuro ouvir. Sua ousadia nas improvisações explicam o porque da minha preferência). Wine Dark Sea

- Clutch: Earth Rocker (Hard rock da melhor qualidade possível, sem soar babaca ou nostálgico. Só por isso já vale). Unto The Breach

- Cosmogragf: The Man Left In Space (Progressivo com bons riffs e momentos bastante melódicos. Agrada no geral, sendo sua audição muito fácil). The Vacuum Tha I Fly Through

- Cult Of Luna: Vertikal (Post-Metal horas "meshuggado", horas industrial, horas experimental com traços de ambient, black metal e drone. É doentio). Mute Departure

- Daniel Avery: Drone Logic (A fusão do house com techno num disco musculoso, dançante e criativo). Naive Response

- Dawn Of Midi: Dysnomia (Música eletroacústica contemporânea. Violões, piano e percussão usados em arranjos que se aproximam da música eletrônica. É viajante). Sinope

- Dead Meadow: Warble Womb (Algo entre o britpop e a psicodelia. Se lançado em 1994 seria um clássico. Hoje é "apenas" muito bom). Rains In The Desert

- Death Angel: The Dream Calls For Blood (2011 foi o Anthrax, 2012 o Testament, 2013 foi o ano do Megadeth? Não, do Death Angel. Os veteranos do Thrash continuam detonando). Succubus

- Deap Vally: Sistrionix (Esse duo feminino faz músicas com apelo pop, mas numa abordagem/produção garageira, o que é sem dúvida muito divertido. Datado para um mundo pós-White Stripes? Pode até ser, mas o som é bom e é isso que vale!). Raw Material

- Deerhoof: Breakup Song (Não consigo acompanhar a discografia do grupo, mas gosto desse pop eletrônico tosco barulhento). Breakup Song

- Deerhunter: Monomania (O indie rock depois de tomar ácido. Tudo que foi atribuído ao Tame Impala em 2012 reaparece de forma mais coesa aqui). Leather Jacket

- Depeche Mode: Delta Machine (Nessa altura do campeonato, a banda ainda surpreende lançando um disco espetacular. É sombrio, tem boas melodias e produção quase Industrial). Welcome To My World

- Diarrhea Planet: I'm Rich Beoynd Yout Wildest Dream (Punk rock com momentos de puro rock n' roll. Tem apelo indie e pegada pra agradar fãs do Rock setentista. Capa ótima). Ugliest Son

- Disclosure: Settle (Não por acaso bombou. É equilibradamente divertido, melódico, dançante e bem produzido. Isso é mais que o suficiente. Lembra produções eletrônicas da década de 1990. Para o mainstream é surpreendente). Latch

- Dream Theater: Dream Theater (Surpreendentemente bom. Renasceu das cinzas. O melhor lançamento da banda desde o longínquo Six Degress). Illumination Theory.

- Drenge: Drenge (Blues rock com momentos/timbragens sugadas do stoner. Não apresenta nenhuma novidade, mas não dá para falar mal). Gun Crazy

- E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante: EP Pequenas Expectativas, Menores Decepções (Post-Rock introspectivo dos bons. Disco lindo e intenso. Pena que dificilmente vingará aqui no Brasil). Essa Deveria Ter Seu Nome, Mas Você Não Está Aqui

- Earl Sweatshirt: Doris (Uma das cabeças mais talentosas e doentias do coletivo Odd Future. Suas faixas tem aquele clima de tensão que tanto me agradam no rap atual. Um cara para ficar atento). Hive

- EELS: Woenderful, Glorious (Timbres vintages, arranjos ousados e influência tanto do pop barroco quanto da soul music feito por uma banda com apelo Indie. Nada mal). Woenderful, Glorious 

- Ed Motta: AOR (O melhor disco de sua carreira! Enquanto os de jazz soavam um tanto quanto pretensiosos e os de pop limitavam seu talento, aqui ele encontrou o equilíbrio inspirado pelo Steely Dan). 1978

- Eluvium: Nightmare Ending (É puro ambient minimalista. Obviamente não é para ouvir a qualquer hora, mas dentro da proposta eu gostei. É bonito e transcendental). Envenom Mettle

- Emicida: O Glorioso Retorno De Quem Nunca Esteve Aqui (Embora com algumas canções menos interessantes, acho fantástica a ponte que o Emicida faz com a MPB e o pop. Grande parte da profissionalização do rap no Brasil se deve a ele, e isso se mostra presente aqui. Ótima produção). Levanta e Anda

- Everything Everything: ARC (Nessa praia indie 2010's, a banda convence com seus arranjos estranhos, ótima produção e canções com pitadas de R&B e art rock. É divertido). Cough Cough

- Egypt: Become The Sun (Acho que estamos na década do stoner. Discão pesado, com ótimos riffs e o que de melhor o estilo tem para oferecer). Elk River Fire

- Eyes Set To Kill: Masks (Metalcore pesadíssimo e moderno com vocais femininos. Dessa forma, é menos babaca e agradavelmente melódico, embora excessivamente "juvenil"). Secrets Between

- Faiska: No Smoking (De tempos em tempo, Faiska ressurge com um disco solo pra comprovar que é um dos grandes guitarristas brasileiros. Fusion com pegada blues rock de primeira).

- Felipe Cordeiro: Se Apaixone Pela Loucura De Seu Amor (Uma genuína música pop brasileira, com direito a sofisticação na execução e produção, além de fuleragem temática extremamente divertida). Não Dá

- Flaming Lips: The Terror (Trabalho bem mais introspectivo e sombrio do que os anteriores. Nada que tire o brilho da obra, muito pelo contrário, resgata valores obscuros. Flerta com o experimental e o eletrônico). You Lust

- Fat White Family: Champagne Holocaust (Capa bizarra, assim como o som. Tem um lado tosco lo-fi que tentar burlar arranjos malucos e boas composições. É imperfeito e demente, mas isso é bom). Without Consent

- FIDLAR: FIDLAR (Surf rock e punk rock numa mesma canção. A produção imunda típica de banda de garage rock deixa tudo ainda melhor). Cheap Beer

- Front Line Assembly: Echogenetic (O Industrial se apropriando de vez do dubstep. É um surto de bases pesadas e timbres apropriados para bater a cabeça contra a parede). Prototype

- Foals: Holy Fire (Com produção encorpada e arranjos bem amarrados, essa banda faz o típico indie rock da década de 2010 soar consistente. Isso é um grande feito). Inhalet

- Forest Swords: Engravings (Downtempo de ótima produção, linhas de baixo densas, timbres bastante orgânicos e clima introspectivo. Ótimo para ser compartilhado em casal, entende?). Thor's Stone

- Foxygen: We Are The 21st Century Abassadors Of Peace Magic (Começa mal, mas engrena. Mais uma vez o indie flerta com a psicodelia e melodias pop típicas do Beach Boys). Shuggie

- Fuck Bottons: Slow Focus (E-Music do mal, com climas de suspense e referências que vão do drone ao trip hop, ambient, post rock e elementos quase tribais). Hidden X

- Fuzz: Fuzz (Garageiro, sujão e encorpado, cheio de riffs energéticos, pegada matadora e performance exemplar. É setentista e moderno ao mesmo tempo). One

- Gisele De Santi: Vermelhos e Demais Matizes (Tremenda cantora e compositora que sequer conhecia. Embora envolto a tradição da canção popular, seu repertório se mostra bastante versátil. Tudo muito bem arranjado, tocado e captado. Uma cara nova na MPB). Maçã Última

- God Is An Astronaut: Origins (Se o Daft Punk fosse uma banda de rock estaria fazendo algo nesta linha. Post-Rock eletrônico bastante melodioso e denso). Transmissions

- Guerilla Toss: Gay Disco (Uma confusão! Um amontoado sonoro bem humorado e de atitude punk. É quase como um Devo moderno e ainda mais esquisito. No meio dessa esquizofrenia toda eu acho que a banda se sai bem). Sugar Better

- HEROD: Umbra (Banda brasileira que faz um post-rock bastante encorpado e maduro. As guitarras em camadas, os timbres pesados e riffs impactantes soam revigorantes. As participações dão um contexto especial a cada faixa). Collapse

- Hookworms: Pearl Mystic (Psicodelia transcendental, cheia de guitarras e melodias de uma nota só, que se assemelham a um mantra que não deságua em lugar algum. Monótomo como um jogo de futebol da terceira divisão. Eu gosto). Form & Function.

- Ihsahn: Das Seelenbrechen (Algo entre o black metal e o rock progressivo, cheio de passagens grandiosas, peso descomunal, melodias épicas e arranjos bem elaborados). Regen

- Inter Arma: Sky Burial (Curtiu o Ihsahn? Escute esse também. Meio progressivo, meio black metal. Se confunde entre o estranho e o bonito. Acho demais). The Long Road Home

- J Roddy Walston And The Business: Essential Tremors (Uma mistura do típico rock americano com timbres vintage e passagens modernas que lembram o post-hardcore). Heavy Bells

- Jagwar Ma: Howlin' (É dançante, pop e com boas referências da fase psicodélica dos Beatles. É direcionado para o público jovem, mas nem por isso deixa de ser interessante aos tiozinhos). Come Save Me

- Jake Bugg: Shangri La (Achei que não ia gostar, mas a mistura de folk, rockabilly e indie rock é legal. Longe de toda a babação, mas o disco como um todo surpreende). Sumville Sunrise

- James Blake: Overgrown (Fino. Produções climáticas e elegantes, performance vocal tão tristonha quanto sexy, camadas e mais camadas de texturas timbristicas a serem exploradas, composições bonitas... Passou com folga no teste do segundo disco. Brian Eno e RZA participam). I Am Sold

- Janelle Manáe: The Electric Lady (Música pop atual no nível mais e levado possível. Tem pitadas de funk e abordagem sonora "tarantinesca", entende? Ainda sim é inferior ao anterior).

- Jay Z: Magna Carta Holy Grail (Quer sabe porque o hip hop é tão popular nos EUA? Escute esse álbum e comprove o ótimo momento do estilo. Produção de primeira de um rapper acima da média). Somewhereinamerica

- Jeff Berlin: Low Standards (Um dos baixistas mais virtuosos de todos os tempos dando uma nova abordagem para standards clássicos. Todavia, corre o risco de agradar somente instrumentistas). James

- John Grant: Pele Green Ghosts (O disco me chamou mais atenção pelos timbres modernos, arranjos e produção do que pelas composições em si. Nem por isso deixou de agradar). Pele Green Ghosts 

- John Scofield: Uberjam Deux (Fique sabendo desse lançamento por acaso. Mais um belo disco do espetacular guitarrista. Ótimos improvisos, fraseado e timbre limpo em composições leves). Camelus

- Julian Cope: Revolutionary Suicide (Ele não para! Sempre com lançamentos imperfeitos que carregam boas melodias, arranjos esquisitos/minimalistas e ótimas letras. Bom piloto automático). Armenian Genocide

- Justin Timberlake: The 20/20 Experience (Neo-soul/pop/rap/R&B, tudo ultra bem produzido (mãos do Timbaland) e interpretado. Músicas longas. Não é genial, mas também não comente grandes pecados. Para o mainstream tá ótimo). Pusher Love Girl

- Kadavar: Abra Kadavar (Curte hardão na linha dos primeiros discos do Grand Funk? Tá aqui uma nova pedida para você. Atual, mas direto da década de 1970, entende? Baixo estrondoso). Doomsday Machine

- Kanye West: Yeezus (Ele tem mania de grandeza que incomoda as pessoas - o que considero até divertido -, mas ninguém pode acusá-lo de ser um rapper ruim. Ele é ousado. Alias, não só ousado, chega até mesmo a ser experimental. Disco surpreendente, que flertar bastante com o eletrônico em produções encorpadas e saturadas). I'm In It

- Karnivool: Asymmetry (Perfeito para quem curte metal progressivo/alternativo. Ou seja, enquanto o Tool não lança disco novo, esse aqui até que segura bem as pontas). Nachash

- Kataklysm: Waiting For The End To Come (Death metal pesadíssimo com riffs herdados do thrash metal e produção moderna. Discão para quem curte metal extremo). Like Animals

- Kavinsky: OutRun (O disco funciona em partes. Para guri que vidrou-se em Daft Punk é uma ótima pedida. Para quem é macaco velho de música eletrônica periga soar uma droga. Sou pregão em e-music, logo gostei). Nightcall

- Kill Devil Hill: Revolution Rise (Rex Brown e Vinnie Appice num dos bons discos de metal do ano. Entre o thrash metal moderno e o grunge). Wake Up The Dead

- Killswitch Engage: Disarm The Descent (A volta do vocalista original não afetou o bom desempenho que a banda vinha tendo até então. Fórmula "peso + melodias" se mantém intacta). In Due Time

- King Krule: 6 Feet Beneath The Moon (Sangue novo britânico. O jovem tem estilo verborrágico. Sua voz tem personalidade. As composições não tem amarras a estilo nenhum (jazz? rap? indie rock?). Não é a maravilha que muitos tem dito, mas vale ficar bem atento). Has This Hit?

- Korn: The Paradigm Shift (A volta do guitarrista Head não fez com que a banda abandonasse as ruins melodias dos refrões e o flerte com o dubstep, mas resgatou o peso e a energia). What We Do

- Krias de Kafka: O Mundo Não Acaba Nunca (Banda da região do ABC (onde moro). Não gostei da produção, mas as composições são bacanas. Vale também pelo mérito de terem registrado o disco, ao contrário de outros grupos da mesma cena). Leila

- Kylesa: Ultraviolet (Uma coleção de riffs espetaculares feito por uma banda que transita entre a sofisticação espontânea do Mastodon com a porralouquice barulhenta do Melvins. É para ouvir no talo). Exhale

 - La Femme: Psycho Tropical Berlin (O nome estranho já releva a bizarrice eletropop/psychobilly que essa banda francesa faz. É divertido. Cai bem numa discotecagem). Antitaxi

- Lebanon Hanover: Tom For Two (O Joy Division no século XXI. Batidas retas eletrônicas, linhas de baixos pesadas predominantes e vocais tristonhos). Midnight Creature

- Leprous: Coal (Em primeiro instante achei um metal progressivo/alternativo chato de doer. Mas depois percebi uma fusão de Muse com Tool que me agradou. É um disco complicado). Chronic

- Little Tybee: For Distant Viewing (Tenho problema com neo-folk com violino, mas o disco tem melodias bonitas que me fisgaram. Adocicado demais? Sim, mas é bacana. Quase progressivo). Hearing Blue

Lulu Santo: Canta e Toca Erasmo/Roberto (Ótimos arranjos para músicas fantásticas. Lulu Santo é um grande guitarrista/produtor/arranjador, só não percebe quem não quer). As Curvas da Estrada de Santos.

- Major Lazer: Free The Universe (Um álbum que reúne dezenas de convidados e tendências da musica pop atual - techno, dub, afrobeat, rap -. Se é "bom" eu não sei, mas que é divertido é). Jet Blue Jet

- Man Or Astro-Man?: Defcon 5…4…3…2…1 (Em metáfora, Dick Dale encontra o Sonic Youth. O resultado seria esse trabalho empolgante, recheado de guitarras dissonantes). Defcon 5

- Manic Street Preachers: Rewind The Film (Disco maduro, pé no chão e reflexivo. Focado na composição. Grande banda). Anthem For A Lost Cause

- Macelo Jeneci: De Graça (Gosto do Jeneci. Mais do que talentoso, ele é cuidadoso, seja com as letras, arranjos, gravação ou interpretação. Aqui tudo isso se fez presente com esmero pop brazuca). Temporal

- Marcelo Gross: Use o Assento Para Flutuar (O bom guitarrista do Cachorro Grande fazendo o rock n' roll que faz tão bem com sua banda agora em carreira solo. Sem novidades, mas também sem erros) Trilhos

- Marnie Stern: The Chronicles Of Marnia (Composições divertidas/criativas de pop rock com arranjos estranhos de math rock e guitarras falando alto. Muito bem tocado). You Don't Turn Down

- Mazzy Star: Seasons Of Your Day (O já conhecido dream pop lindo do grupo, as vezes completamente etéreo. Em meio a harmonias delicadas, guitarras esquisitas e uma voz doce, o disco agrada). Common Burn

Meat Puppets: Rat Farm (Envelhecer com dignidade (ao menos musical), mais uma grande lição dada pelo Meat Puppets. Melódico e intenso). Again

- Melvins: Tres Cabrones (O Melvins já errou alguma vez em disco? Não, e continuará assim. Menos pesado que anteriormente, mas igualmente intenso, robusto e maluco). American Cow

- Midlake: Antiphon (Transitando entre o progressivo e a música folk, o grupo tem tudo para agradar os mais saudosistas. Os momentos instrumentais são transcendentais e sublimes). Vale

- Monster Truck: Furiosity (Recebe olhares estranhos. Capaz de agradar tanto quem curte hard 70's quanto fãs de Nickelback, e é justamente ai que mora o perigo. Mas é bom. Produção moderna. O problema é que o vocal é enjoativo). Undercover Love

- Mono: Hymn To The Immortal Wind (Obras instrumentais de post-rock que viram pequenos épicos de acordo com desenvolvimento. Tudo muito denso e cinematográfico). Burial At Sea

- Mudhoney: Vanishing Point (30 anos de estrada e ainda relevantes. Discão de rock n' roll sem enrolação. O disco que os Stooges estão há 10 anos tentando fazer). The Final Course

- Museo Rosenbach: Barbarica (Após o Van Der Graaf em 2012, mais uma grande banda veterana do progressivo surge com um discão. Melodias, teclados e dramaticidade típicas do progressivo italiano) Fiore di Vendetta

- Mutation: Error 500 (Projeto do Mike Patton com caras do Napalm Death, Cardiacs, The Fall e Merzbow. É um caos amigável, pesado, divertido e maluco). White Leg

- Nick Cave: Push The Sky Away (Numa audição desatenta pode parecer um disco mais fraco, mas as boas melodias, letras e a voz fúnebre estão lá, ditando o clima intensamente tranquilo. Ele não sai de casa para fazer porcaria. Linda capa). Mermaids

- Night Beats: Sonic Bloom (Que a neo-psicodelia está em alta todos nós sabemos, mas o legal dessa banda é que eles exploram a pouco lembrada influência r&b dentro do gênero. Tem timbres garageiros, reverberosos, ultra saturados, que podem até ser considerados pastiches, mas que são deliciosos. Não é datado, é vintage, saca?). The New World

- Nik Turner: Space Gypsy (Sim, é aquele mesmo Nik Turner do Hawkwind. Ele continua botando seu sax pra funcionar em faixas viajandonas de space rock. O de "sempre", mas bem bacana). Time Crypt

Nine Inch Nails: Hesitation Marks (Trent Reznor fazendo o que sempre fez e ainda soando vanguardista. Pesado, eletrônico e intenso. Bem acompanhado (Pino Palladino, Lindsey Buckingham e Adrian Belew, só para citar alguns nomes) e produção acima de qualquer suspeita). Came Back Haunted

- Oficina G3: Histórias e Bicicletas (De cara não gostei, achei muito pop. Todavia, os arranjos são ótimos e as melodias grudam. Destaque para a performance do baixista Duca Tambasco. As letras não convencem. Digo isso não pelo conteúdo religioso, mas pela fraqueza lirica). Encontro

- Of Montreal: Lousy With Sylvianbriar (Melodias típicas de beatlemaniaco americano e power pop bem feito. As referências são muito boas para errarem). Amphibian Days

- Optical Faze: The Pendulum Burns (Metal nacional extremamente competente. Produção moderna. Tem referências do thrash, metalcore e djent. Para quem curte essa praia, é muito indicado). Trail Of Blood

- Orchid: The Mouths Of Madness (Heavy metal stoneado. Se gosta de Sabbath aconselho ouvir. Nenhuma novidade, mas é pau. O vocal é ótimo). Mouths Of Madness

- Os Mutantes: Fool Metal Jack (Disco estranhão, mas muito interessante. Sérgio Dias é um cara ultra talentoso e maldosamente subestimado. Não é "OS MUTANTES", mas é muito bom). Piccadilly Willie

- Palma Violets: 180 (O disco é bacana, talvez nem tanto quanto foi dito pela NME, mas a sujeira herdada do punk inglês dentro do indie modernoso funciona bem). Chicken Dippers

- Palms: Palms (Junte integrantes do ISIS com o Chino Moreno, qual a chance de dar errado? Bem puxado para o Deftones. Climático ao ponto quase sexual). Mission Sunset

Paul McCartney: New (Rei das melodias, maior compositor vivo, sempre criativo e se reinventado. É uma vergonha o velhinho lançando maravilhas como essa e eu aqui de bobeira. A colaboração de três produtores diferentes deu um tempero diferente ao trabalho). Road

- Peace: In Love (Entre o Indie e o que de melhor o Blur já fez. Recomendado pra quem curte Britpop 90 mais meloso). Higher Than The Sun

- Pearl Jam: Lightning Bolt (A banda envelheceu com dignidade, sem perder a mão e amadurecendo na medida certa. Fazia tempo que um disco do Pearl Jam não era tão comentado. Com justiça isso ocorreu agora). My Father's Son

- Pearls Negras: Biggie Apple (O funk carioca munido de sua energia em uma produção corrosiva. Tem muito de hip hop no flow das garotas, mas com um tempero pop brasileiro vindo do Vidigal. Divertidissimo. Um dos momentos mais sonoramente exitosos do funk carioca). Biggie Apple

- Pet Shop Boys: Electric (Quando o assunto é technopop, fica difícil superar essa veterana dupla. Incrível como sua sonoridade é datada e moderna ao mesmo tempo). Inside A Dream

- Phil Anselmo And The Illegals: Walk Through Exits Only (Barulheira escrota, né? Eu gosto! Doidera). Betrayed

- Pissed Jeans: Honeys (Fui ouvir antes de dormir sem saber do que se tratava. Que burrice, perdi o sono na hora! Sujeira incrível com traços Melvins e hardcore. Lançado pela Sub Pop). Bathroom Laughter

- Prefab Sprout: Crimson/Red (Assumo que não conhecia essa veterana banda, mas gostei muito. É o pop perfeito, que horas chega a flertar (de leve) com o progressivo). Adolescence 

- Protest The Hero: Volition (Inferior ao anterior, mas muito bom, ainda mais com o baterista Chris Adler. Mas é restrito para moleque que curte peso + melodias + técnica). A Life Embossed

- Pusha T.: My Name Is My Name (Com diferentes produtores metendo a mão no trabalho, esse álbum soa bem versátil. É o gangsta rap buscando caminhos timbristicos e composicionais fora da curva. Só por isso já achei interessante. Tem boas faixas). Numbers On The Boards 

- Queens Of The Stone Age: …Like Clockwork (A trinca inicial é a fase mais inspirada do grupo, mas desafio alguém a apontar uma falha sequer neste álbum. Inclusive ele traz um carga depressiva que é novidade para banda e muito agregou na sonoridade. Dave Grohl, Elton John, Nick Oliveri, Alex Turner, Trent Rezor e Mark Lanegan engrossam o caldo do disco). Keep Your Eyes Peeled

- Red Fang: Whales And Leeches (Discão da banda de rock mais chuta bunda da atualidade. Não é
inteligente e nem quer salvar o meio ambiente. Eu gosto. Pegada Stoner). Crows Is Swine

- Rhye: Woman (Downtempo, minimalista, melódico, bastante calminho, com vozes femininas suspiradas e, talvez como entrega o nome do álbum, perfeito para ouvir ao lado de sua dama). The Fall

- Richard Thompson: Electric (O maior guitarrista da música folk em um disco focado na guitarra elétrica. Composições acima da média e interpretações refinadas). Stuck On The Treadmill

- Russian Circles: Memorial (Trio de post-rock (ou post-metal?) instrumental que faz um som sem firula, embora abusando de climas e do peso de seus instrumentos. Boas composições e execução). Lebaron

- Samsara Blues Experiment: Waiting For The Food (Doom psicodélico/progressivo com momentos altamente lisérgicos. Solos e riffs de guitarra até dizer chega e uma certa estranheza nas melodias). Don't Belong

- Scalene: Real / Surreal (O post-hardcore encontra o Muse. Isso no Brasil e com letras em português. Talvez tudo que a Fresno gostaria de fazer. Ainda que não seja exatamente a minha praia, fiquei surpreso com a competência da banda. Produção tão encorpada quanto excessivamente polida, mas ok. Tem riffs legais. Só podia ser menor, não?). Nós-Eles

- Scorpion Child: Scorpion Child (Hard rock moderno ultra bem tocado e produzido, o que trabalha a favor e contra. Doses a mais de sujeira/espontaneidade não atrapalharia. Influenciado totalmente por Led Zeppelin). Poligon...

- Seasick Steve: Hubcap Music (Este figurão definitivamente sabe entreter o ouvinte com seu blues rock caipira, principalmente tendo em sua banda John Paul Jones. Só por reouvir o eterno baixista do Led já vale a pena). Coast is Clear

- Sebadoh: Defend Yourself (Os veteranos do indie/alternativo rock não erram e continuam mostrando como fazer músicas com boas melodias sem abrir mão do testosterona). Beat

- Sepultura: The Mediator Between Head And Hands Must Be the Heart (Não entendo as viúvas do Max. Os últimos quatro discos do Sepultura são excelentes, sendo esse o mais caótico e até mesmo Industrial. Bela estreia do Eloy). Trauma of War

- Sigur Rós: Kveikur (Me pareceu um disco muito mais melódico e acessível do que normalmente o grupo apresenta, embora a grandiosidade épica das texturas se mantém exuberante). Kveikur

- Sky Ferreira: Night Time, My Time (Talvez pela teta estampada na capa, talvez pelo teor provocativo das letras, fato é que esse disco de estreia fez bastante burburinho. As canções são legais, ressaltadas por timbres saturados quentes. Tem uma certa esquisitice hipster que nem sempre cai bem, mas não o suficiente para incomodar. Funciona principalmente se for discotecar numa baladinha indie). Boys

- Still Corners: Strangers Pleasures (Quem foi que disse que não é possível fazer indie pop atualmente e ainda soar de extremo bom gosto? Bebe tanto do synthpop quando do dream pop). The Trip

- Suuns: Images Du Futur (Mais parece uma banda que apareceu em 1991, herdeira de shoegaze, Sonic Youth e Beck, só que se apropriando da neo-psicodelia. É confuso, mas bem feito). Mirror Mirror

- Swain: Howl (Post-metal/hardcore energético. Extremamente bem gravado. Interpretação que beira ao desespero. Um disco intenso!). Wrongdoers

- Tedeschi Trucks Band: Made Up Mind (Dando sequência ao excelente disco de estreia. Blues, soul, jam rock, gospel, southern rock... está tudo aqui, e muito bem tocado e arranjado). Do I Look Worried

- Tera Melos: X'ed Out (O emo, math rock e dream pop poucas vezes estiveram tão próximo. Até pelo fator inusitado, as canções são bem legais. Os arranjos são bem pouco ortodoxos. Gosto como a captação parece se espalhar pela sala. É interessante). Sunburn

- The Aristocrats: Culture Clash (Um trio virtuoso olhando adiante, explorando seus instrumentos em composições incrivelmente bem humoradas. Discão, embora inferior ao primeiro). Lousville Stomp

- The Baggios: Sina (Psicodelia com forte sotaque brasileiro e, o mais legal, fazem isso sem recorrer diretamente aos Mutantes. É extremamente particular, lisérgico e empolgante). Um Rock Para Zorrão

- The Black Angels: Indigo Meadow (Mais um disco no ano com referências psicodélicas, composições acima da média e arranjos astrais. A banda soa muito bem. Tem um elemento garageiro. Delirante!). Love Me Forever

- The Carrots: New Romance (Três garotas influenciadas pelas Ronnettes fazendo um som completamente datado, mas divertido. Não leve tão a sério. Bons arranjos vocais). You Can't Promise (Boys)

- The Crystal Caravan: With Them You Walk Alone (Apesar de por horas requentado, a pegada psicodélica tipica de São Francisco caí bem se escutado no dia certo). Agains The Rise Tide

- The Devil's Blood: III Tabula Rasa Or Death the Seven Pillars (Não entendi na primeira audição, mas reouvi e achei legal. É um progressivo meio datado, mas se escutado no dia certo é bacana). I Was Promised A Hunt

- The Geordie Approach: Inatween (Quando o lado mais noise da música eletrônica encontra o jazz e o post-rock. É complicado, chapado e nada convencional, mas merece a atenção). Iced

- The Haxan Cloak: Excavation (Drone/eletrônico extremamente sombrio. É um filme de suspense que no fim não dá em nada (spoiler?). Ainda sim eu gostei). 

- The Joy Formidable: Wof's Law (Não consegui enquadrar em nenhum gênero especifico. É um rock alternativo palpável com momentos bem encorpados. O que me atraiu mesmo foi as boas guitarras). Cholla

- The Knife: Shaking The Habitual (Mais um ótimo disco do grupo. Technopop ousado e extremamente bem produzido. Embora acessível, em alguns momentos sai do convencional partindo para vanguarda sonora). A Cherry On Top

- The Ocean: Pelagial (Metal progressivo caprichado, pesado e sem ser babaca. Algo entre o Tool e o Mastodon. Sim, existe heavy metal inteligente). Disequilibrated

- The Pastels: Slow Summits (Veteranos do rock alternativo de volta com um dream pop bonito e aconchegante. Composição, arranjos e produção impecáveis. É coisa fina). Secret Music

- The Stepkids: Troubadour (Um pop setentista sofisticado que transita entre o jazz e o soul, com produção psicodélica. Execução excelente. Lembra em alguns aspectos o Steely Dan). The Lottery

- The Strypes: Snapshot (Cada país tem o Cachorro Grande que merece (obs: gosto do Brasil, gosto do Cachorro Grande, mas me entenderam, né?). Esse é o dos irlandeses, completamente influenciado por Yardbirds e Rolling Stones do comecinho. Não vai mudar o mundo, mas é bem bom). Mystery Man

- The Temperance Movement: The Temperance Movement (Blues rock calcado na sonoridade setentista com influencia de AC/DC e Free. Bom vocal. É banda nova pra tiozinho). Only Friend.

- The Winery Dogs: The Winery Dogs (Sem novidade e com alguns momentos tecnicamente forçados, mas todos são talentosos e o resultado final agrada. Power trio de hard rock moderno). Elevate

- The World Is a Beautiful Place & I Am No Longer Afraid to Die: Whenever, If Ever (O emo em seu estágio bem sucedido. É claro que tem vocais toscamente esganiçada, mas o clima criado nas composições é acachapante). Pictures Of A Tree That Doesn't Look Okay

- Their / They're / There: Their / They're / There (Esse é pra quem ainda quer ter esperança no emo. Melódico, climático, bons arranjos e ótima execução. Pitadas de math). Concession Speech Writer

- These New Puritans: Field Of Reeds (Arranjos dramáticos e melodias que parecem sair de uma trilha sonora. Para ouvir sozinho, prestando atenção, de preferência com a luz baixa. Ótima construção de climas). The Light In Your Name

- Tim Hecker: Virgins (O que há de mais fantasmagórico e climático na música ambient, embora em alguns momentos a densidade não seja suficiente. Um disco difícil. Entre o declínio e a loucura. Por sua conta em risco). Virginal I

- Tomahawk: Oddfellows (Mike Patton nunca me decepciona. É o disco que o Faith No More tá devendo faz anos. Pesado, malucão e divertido. Precisa mais que isso?) Oddfellows

- Tom Zé: EP Tribunal do Feicebuqui (Uma polêmica estúpida e pronto: acendeu a faísca de criatividade do veterano compositor, que apresentou canções sagazes, humoradas e ousadas. Contém participações de gente como Emicida, Filarmônica de Pasárgada, Tatá Aeroplano, O Terno e Trupe Chá de Boldo). Tribunal do Feicebuqui

- Touché Amoré: Is Survived By (Com uma performance não menos que intensa, esse grupo mostra que há caminhos a serem explorados dentro do post-hardcore. Boa performance instrumental, timbres orgânicos e composições contagiantes. Tudo em menos de 30 minutos. É o suficiente). DNA

- Toy: Join The Dots (Em um cruzamento aparentemente improvável, o indie rock inglês se apropria de toques do krautrock. É um pós-punk bonito do século XXI. Moderno e retrô). As We Turn

- Tricot: T H E (Com performance ultra intrincada, esse grupo japonês formado por quatro garotas chega chutando as portas do math rock. Adoro como a performance soa orgânica, enaltecendo timpres limpos tão ignorados devido a influência djent no estilo. Há bastante groove dentro do quebradeira. Performance instrumental virtuosa. Complexo e legal). C&C

- Trivium: Vengeance Falls (Das bandas de metalcore, o Trivium é das melhores. Entretanto, o disco é longo demais. Fora que tem prazo de idade. Dito isso, meu espirito adolescente agradece). Brave This Storm

- Trouble: The Distortion (Um ótimo disco de heavy metal. Pode soar datado para alguns, mas eu achei bom. Riffs encorpados e vocais tradicionais a serviço de boas músicas). The Broken Has Spoken

- Troubled Horse: Troubled Horse (Rock n' roll básico, sulista, que não vai mudar o mundo. As vezes soa caricato, mas no final é divertido e convence). Another Man's Name

- Twin Tigers: Death Wish (Pós-punk tenso, mas com o pé no indie rock. Os momentos mais pesados e ruidosos são extremamente interessantes). Racecar

- Unknown Mortal Orchestra: II (Estranhamente algo entre os Beatles na fase psicodélica e o trip hop. O disco acerta em todas as composições, embora nada fique na mente após a audição). Monki

- Violator: Scenarios Of Brutality (O thrash metal brasileiro com seu mais poderoso novo representante (estão há anos na estrada, mas agora o som está muito mais redondo). É bem old school, mas funciona dentro da proposta. Muito legal o engajamento politico das composições, principalmente tendo em vista a mongol tendência reacionária dentro do estilo. Poderoso). Endless Tyrannies

- Von Hertzen Brothers: Nine Lives (Bebe no rock n' roll da década de 1970, mas tempera com melodias acessíveis. Parece um Soundgarden mais pop e moderno. Escorrega, mas acerta). Insomniac

- Volbeat: Outlaw Gentleman & Shady Ladies (Grata surpresa. Fui com o pé atrás e dei de cara com um trabalho pesado e pop ao mesmo tempo. Tudo que o Nickelback queria ser, ainda que isso esteja longe de ser um elogio). Dead But Rising

- Wavves: Afraid Of Heights (Com sua sujeira e apelo melódico, o grupo me lembrou o Weezer, Green Day e até mesmo o Nirvana. É indie rock que pouco acrescenta na sua forma, mas proporciona canções cativantes). Demon To Leon On

- William Tyler: Impossible Truth (Disco introspectivo repleto de boas melodias violonísticas. Algo entre o Michael Hedges e o instrumental do Wilco. Nada mal!). The World Set Free

- White Denim: Corsicana Lemonade (Pitadas de Thin Lizzy, Santana, Grateful Dead, indie e psicodelia, formando uma mistura única e consistente). At Night Dreams

- White Hills: So You Are… So You'll Be (Stoner psicodélico. Pesado, chapado, com fuzz e barulhos espaciais que lembram o Hawkwind. Divertido, viajante e festeiro). Forever In Space

- Wolf People: Fain (Vocais ultra melódicos em cima de um instrumental de peso introspectivo e timbres setentista. Fórmula básica e resultado eficiente). All Returns

- Wooden Shjips: Back To Land (A capa já entrega o olhar apaixonado para a psicodelia sessentista. E embora não seja dos discos mais inspirados, ele funciona bem como pano de fundo. É uma psicodelia mais viajante do que explosiva, o que não deixa de ser muito legal. Tem até um tempero dream pop/shoegaze. Ouvir na estrada deve ser uma maravilha). Everybody Knows

- Yeah Yeah Yeahs: Mosquito (Eles continuam interessantes. O pop doentio flerta com o punk, shoegaze, dream pop, disco music, música eletrônica chapada… tudo com produção esquisita que sofistica a obra). Area 52

- Year Of The Goat: Angel's Necropolis (Algo como se o Muse fosse uma banda de hard rock. Tinha tudo para dar errado, mas é legal (ou fui otário e cai no conto, preciso reouvir). Ultra melódico). Voice Of...

- Year Of No Light: Tocsin (Manja quando o Melvins tende mais para o drone do que para o stoner? Então, é isso que encontramos aqui. Sludge atmosférico do mal. Ao vivo deve ser ainda melhor. Porrada doom!). Tocsin

- Yo La Tengo: Fade (Quem sabe, sabe! Compare as melodias deste disco com qualquer outra banda hypada e entenda o poder desta banda). Is That Enough

- Zaz: Recto Verso (O pop francês perfeito. Sempre foi uma maravilha, aqui não é diferente. Criativamente incorpora do gypsy jazz ao technopop). Comme Ci, Comme Ca


RUINS E/OU DECEPÇÃO

Airbourne: Black Dog Barking (Passou da hora de sair da cola do AC/DC).

Also Eden: [REDACTED] (Embora com bons momentos, no geral o disco apresenta o que há de mais meloso/chato no rock progressivo. O vocal puxado para o AOR é um porre).

Amon Amarth - Deceiver Of The Gods (Foi muito elogiado, o que me leva a crer que definitivamente não gosto da banda. Metal melódico chato (redundante) disfarçado por um peso de plástico. Mas se você acha que é um "viking tropical", vai fundo, é um som tão besta quanto você).

Audrey Home: Youngblood (Dentre inúmeras bandas fazendo releitura do hard rock setentista, essa é a que se saiu pior. Tem bons momentos, mas não engrena).

- Asking Alexandria: From Death To Destiny (Não convence ninguém com mais de 13 anos. É um Avenged Sevenfold muito piorado).

- Avenged Sevenfold: Hail To The King (Muito inferior ao disco anterior, que já não era grande coisa. A banda andou para trás ao tentar descaradamente copiar os trejeitos do Metallica e Guns N' Roses).

- Bastille: All This Bad Blood (Um grande pedaço de bosta. Aquele indie pop feito para fazer polichinelo).

- Ben Harper & Charlie Musselwhite: Get Up! (Eles são talentosos, evidentemente, mas achei o disco muito... "tradicional" e repetitivo. O show do Rock In Rio me pareceu mais espontâneo).

- Bill Ryder Jones: A Bad Wind Blows In My Heart (Bocejei. Mas a capa é boa).

- Bixiga 70: Bixiga 70 (Não é o som que faz minha cabeça, mas ao vivo deve funcionar bem).

- Blackmore's Night: Dancer And The Moon (Carta aberta ao Blackmore: "Cara, você é meu guitarrista predileto, mas volta pro rock. Essa sua pira medieval já deu o que tinha que dar. Abraço").

- Boards Of Canada: Tomorrow's Harvest (Tenho curtido esse lado ambient e IDM da e-music, mas esse trabalho é minimalista demais. Empapuça na segunda música. Volte para o passado e encontrará momentos mais inspirados da banda).

- Boogarins: As Plantas Curam (O hype em torno da banda é maior do que a qualidade em si. Até quando acertam a mão mais parece sobra de um disco fraco dos Mutantes).

- Bring Me The Horizon: Sempiternal (Se não tivesse todo o lance eletrônico o disco até que funcionaria, mas do jeito que foi finalizado não dá para aguentar não).

- Black Rebel Motorcycle Club: Specter At The Feast (O disco não é ruim, mas também não engrena. É como pisar fundo com o freio de mão puxado. Mas tem timbrões de baixo).

- Black Oath: Ov Qliphoth and Darkness (Tem riffs legais e uma densidade/dramaticidade interessante, mas no geral é chato. No final não dá vontade de reouvir. É um Ghost piorado).

- Bloody Hammers: Spiritual Relics (No auge do movimento grunge esse disco cairia bem, hoje passa indiferente. Até o que é legal é óbvio).

- Brad Paisley: Wheelhouse (Da mesma forma que continua tecnicamente sendo um ótimo guitarrista, seu repertório continua uma porcaria babilônica. Eu desisto de ouvir seus discos).

- Cage The Elephant: Melophobia (Falaram bem, mas achei… bobo. Não devo ser o público alvo).

- Charles Bradley: Victim Of Love (Que pena, não me empolgou, ainda que não seja ruim. Adoro o primeiro, isso talvez tenha causado a minha decepção. Obs: já dei novas chances e ainda não curti).

- Charlie Brown Jr.: La Familia 013 (Cara de disco inacabado (e é mesmo). Tem aquele clima bad vibes que caminha junto com o destino dos integrantes. Não é uma decepção, é uma tristeza).

- Chelsea Wolfe: Pain Is Beauty (Embora tenha sua densidade gótica, acho no geral tudo muito melodramático e presunçoso. No máximo uma música ou outra lá no meio se salva).

- Children Of Bodom: Hale Of Blood (Perdoem amigos, mas COB não dá. Vocal pseudo bruto, teclados de churrascaria, melodias de guitarra herdadas do metal melódico… só se salva alguns riffs).

Colin Stetson: New History Warfare Vol. 3: To See More Light (Ousado, mas isso não é o suficiente. Isso não atrai. As composições são fracas).

- Crocodiles: Crimes Of Passion (Não sei onde o disco erra, mas sei que ele não me acerta).

- Dead Letter Circus: The Catalyst Fire (É bem tocado, mas é babaca. Algo como se o Tool fosse uma banda EMO POP 00's).

- Deep Purple: Now What?! (Minha banda predileta em mais um disco desnecessário (ainda que melhor que os dois anteriores). Uma pena, mas passou da hora de acabar).

- Devendra Banhart: Mala (O nome do disco condiz com sua sonoridade. Indie neo-folk pseudo psicodélico nada inspirado. Fuja disso! Vá ouvir Fairport Convention).

- DevilDriver: Winter Kills (É pesadão e bem tocado, mas tô velho para isso. Caso você tenha 14 anos de uma procurada).

- Dialeto: The Last Tribe (Fazer rock progressivo instrumental no Brasil nos dias de hoje já é digno de respeito. Todavia, honestamente o disco não me agradou. Simplesmente não achei inspirado. Mas aguardo o próximo).

- Dirty Beaches: Difters/Live Is The Devil (Faltou peso/consistência. Parece que já nasceu ultrapassado).

Elvis Costello & The Roots: Wise Up Ghost (Não dá para falar mal, mas também não sei o que elogiar. Esperava bem mais da parceria).

- Fitz And The Tantrums: More Than Just A Dream (Tão agradável e certinho que me despertou ódio).

- Five Finger Death Punch - The Wrong Side Of Heaven And The Righteous Side Of Hell 2 (O peso no instrumental está lá, mas as melodias vocais chatas empapuçam rápido). 

- Ghost: Infestissuamam (Melhor que o anterior - mais denso, menos Mercyful Fate de quinta categoria -, mas ainda ta longe de ser bom/legal. Esse conceito épico sem peso algum não me convence).

- Guilherme Arantes: Condição Humana (É obvio que ele continua compondo muito bem, mas soa tudo muito datado aos meus ouvidos. A produção também não me agradou. Resumindo: por mais talentoso que seja, ele não é o Donal Fagen, entende?).

- Hammock: Oblivion Hymns (É ambient bem feito e com passagens bonitas, mas o álbum como um todo não caminha para frente, muito pelo contrario, puxa o ouvinte pra trás).

- Hatchet: Dawn Of The End (Pra quem curte thrash metal old school é prato cheio, mas eu não aguento mais esse vocais rasgados, riffs parodiados de alguma banda da Bay Area e alavancadas de 30 anos atrás nos solos. É pastiche demais).

- Hatebreed: The Divinity Of Purpose (Funciona melhor ao vivo. Em disco me parece pasteurizado).

- Hexvessel: Iron Marsh (Meio épico, meio denso, meio dramático... completamente sem inspiração).

- Joe Satriani: Unstoppable Momentum (Obviamente continua sendo um grande guitarrista, mas suas melodias desta vez estão previsíveis. Seu disco menos ousado).

- Jonny Lang: Fight  For My Soul (Dando seqüência ao "blues pop de branquelo de bom moço" tão em voga nos dias de hoje. Bons momentos de guitarra e composições irregulares. Ele pode mais). 

- Jota Quest: Funky Funky Boom Boom (A proposta poderia funcionar: bons instrumentistas tocando música pop com influência do funk/disco. Já o resultado é péssimo. Nem a presença do Nile Rodgers ajudou).

- Keith Urban: Fuse (A mesma coisa que disse pro Brad Paisley vale pro Keith Urban, sem tirar nem por. Lamentável).

- Kurt Vile: Wakin On A Pretty Daze (Neo-folk com alguns bons momentos e outros presunçosos).

- Los Campesinos!: No Blues (Assisti o show e achei legal - e a tecladista linda -, mas o disco é um lixo total. Revela a verdadeira ruindade das composições. Um emo-pop-indie bem tocado).

- Lorde: Pure Heroin (Juro que gosto de "Royals" e até que simpatizo com a figura da Lorde, mas o disco é adoçado demais. A produção é boa, mas as composições não ajudam).

- Maragold: Maragold  (Prefiro o Greg Howe na linha fusion. Não é ruim, tem boas guitarras, mas não convence dentro da proposta pop rock "encorpado").

Newsted: Heavy Metal Music (Nunca vi grande coisa no trabalho do Newsted. Aqui é um heavy/thrash metal básico que funciona só para quem pira demais no estilo. Com olhar amplo é medíocre).

- Phoenix: Bankrupt! (Dentro da proposta de "indie pop dançante feito para jovens curtirem no Lolla", a banda até que se sai bem, mas espero não ouvir esse disco nunca mais).
 
- Rob Zombie: Venomous Rat Regeneration Vendor (Acho forçado e ultrapassado. Ao vivo é outra história).

- Sick Puppies: Connect (Guitarras pesadas, refrães bobinhos, melodias chatas e interpretação vocal digna de levar um esporro do pai).

- Sleeping With Sirens: Feel (Peso de plástico em cima de canções água com açúcar. Horrível! Nem precisa comprovar, acredite em mim).

- Stones Temple Pilots: High Rise (É bem tocado, gravado e até tem boas composições, mas a banda precisa dar um jeito de trazer o Scott Weiland de volta, com o Chester não deu liga).

- Tesseract: Altered State (Melodias horríveis. Podem tocar bem, "meshuggar" e o caralho, mas sem boas composições não adianta nada).

- The Black Dahlia Murder: Everblack (Death metal cantando por um porco e guitarras previsíveis. É bateria programada, né? Que som de prato fuleiro, além de caixa e bumbo sem dinâmica alguma).

- The National: Trouble Will Find Me (É introspectivo, presunçoso e chato. Surpreendentemente nenhuma faixa destacável. Vão dar uma de Coldplay?).

- The Stooges: Ready To Die (Não vou ficar falando mal desta lendária/espetacular banda. Apenas vá ouvir os discos antigos, vai ser melhor para todos).

- W.E.T.: Rise Up (Galera do hard rock pirou. Em todos os sentidos. Isso é uma merda inacreditável). 

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