quarta-feira, 27 de agosto de 2014

TEM QUE OUVIR: Crosby, Stills & Nash - Crosby, Stills & Nash (1969)

Em 1969, na ordem que estão na capa, Graham Nash (The Hollies), Stephen Stills (Buffalo Springfield) e David Crosby (The Byrds), causaram burburinho ao se juntarem para um disco. Nascia um dos primeiro supergrupos da história.


Trazendo na bagagem o prestigio conquistado pelos trabalhos anteriores, não foi tão difícil para o trio galgar espaço. Logo eles estavam se apresentando no Festival de Woodstock, flutuando no imaginário hippie e fazendo da Califórnia o novo cenário musical para grandes compositores.

Composta para Judy Collins, "Suite: Judy Blues Eyes" abre o disco. A fusão da música folk com as guitarras elétricas do blues rock serviram de experiência pra eletrificação da música country americana. O mesmo ocorre na lisérgica "Pre-Road Down". Já a beleza acústica tradicional se mantém em canções como "You Don't Have To Cry".

Composições como "Long Time Gone", sobre o assassinato do Robert F. Kennedy, periga soar datada, mas isso não necessariamente é ruim quando nos transporta para paisagens rurais e clima lúdico, além de contextualizar os problemas políticos da época.

As aberturas vocais incríveis a serviço de letras poéticas que ocorrem nas lindas "Guinnevere", "Lady Of The Island" e "Heplessly Hoping" é a grande característica musical do trio. O arranjo vocal pode ser encarado como um contraponto orquestral, tamanha a riqueza melódica. Além disso, a guitarra exuberante e por vezes subestimadas de Stephen Stills chama atenção na psicodélica "Wooden Ships".

No ano seguinte, incentivados por executivos de gravadora, a banda buscou a colaboração de outro genial artista: Neil Young. Mas isso é assunto pra um próximo "Tem Que Ouvir". O interessante é observar que a união de Crosby, Stills & Nash continua no imaginário dos amantes da década de 1960, mesmo com as carreiras solo que cada integrante teve posteriormente. Um patrimônio da cultura norte-americana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário