quinta-feira, 15 de maio de 2014

TEM QUE OUVIR: Cheap Trick - Live At Budokan (1979)

Conversando com amigos, questionamos qual é a mais jovem banda capaz de lotar estádios ao redor do mundo. Sem pensar muito chegamos no Foo Fighters, grupo formado por um líder cativante (Dave Grohl), que pegou todos os trejeitos do rock e colocou numa banda só. Mas por que estou falando do Foo Fighters neste post? Pra exemplificar/atualizar algo semelhante que o Cheap Trick fez 30 anos antes. Embora nunca tenha estourado no Brasil, o grupo vendeu milhões de discos, principalmente no Japão, onde gravaram o emblemático Live At Budokan (1979), um clássico do rock de arena.

Na capa, assim como nos discos anteriores, estão apenas os "galãs" Robin Zander (voz) e Tom Petersson (baixista que popularizou o instrumento de 8 e 12 cordas), enquanto os estranhos Rick Nielsen (guitarra) e Bun E. Carlos (bateria) se contentavam com o mérito artístico.


Com influência das melodias inglesas, energia hard rock, atitude punk, visual quase glam e alcance pop, o Cheap Trick moldou a sonoridade que viria a influenciar dezenas de bandas, entre elas o já citado Foo Fighters.

Gravado no lendário Nippon Budokan, o grupo montou um repertório com o que de melhor havia feito até então em seus três excelentes álbuns de estúdio, impulsionando as vendas do também ótimo Dream Police (1979). Todavia, é mesmo o disco ao vivo que catapultou o grupo ao estrelato, chegando a ser comparado com a beatlemania no Japão.

Abrindo o show com a vigorosa "Hello There", é visível - ainda que diante apenas do fonograma - o poder de fogo da banda em cima do palco. A versão para "Ain't That A Shame" do Fats Domino não me deixa mentir. 

Riffs empolgantes - méritos do Rick Nielsen - e refrões energéticos surgem nas ótimas "Big Eyes" e "Clock Strikes Ten". Já o power pop perfeito que caracterizou o grupo é representado pelas ótimas "Come On, Come On" e "Surrender". Para finalizar um hit, a dançante "I Want You To Want Me".

Bem tocado e divertido, Live At Budokan continua sendo, mesmo décadas após seu lançamento, um registro formidável de uma excelente banda de rock numa época em que o estilo conseguia se comunicar com o grande público.

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