Na capa, assim como nos discos anteriores, estão apenas os "galãs" Robin Zander (voz) e Tom Petersson (baixista que popularizou o instrumento de 8 e 12 cordas), enquanto os estranhos Rick Nielsen (guitarra) e Bun E. Carlos (bateria) se contentavam com o mérito artístico.
Com influência das melodias inglesas, energia hard rock, atitude punk, visual quase glam e alcance pop, o Cheap Trick moldou a sonoridade que viria a influenciar dezenas de bandas, entre elas o já citado Foo Fighters.
Gravado no lendário Nippon Budokan, o grupo montou um repertório com o que de melhor havia feito até então em seus três excelentes álbuns de estúdio, impulsionando as vendas do também ótimo Dream Police (1979). Todavia, é mesmo o disco ao vivo que catapultou o grupo ao estrelato, chegando a ser comparado com a beatlemania no Japão.
Abrindo o show com a vigorosa "Hello There", é visível - ainda que diante apenas do fonograma - o poder de fogo da banda em cima do palco. A versão para "Ain't That A Shame" do Fats Domino não me deixa mentir.
Riffs empolgantes - méritos do Rick Nielsen - e refrões energéticos surgem nas ótimas "Big Eyes" e "Clock Strikes Ten". Já o power pop perfeito que caracterizou o grupo é representado pelas ótimas "Come On, Come On" e "Surrender". Para finalizar um hit, a dançante "I Want You To Want Me".
Bem tocado e divertido, Live At Budokan continua sendo, mesmo décadas após seu lançamento, um registro formidável de uma excelente banda de rock numa época em que o estilo conseguia se comunicar com o grande público.
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