segunda-feira, 21 de abril de 2014

TEM QUE OUVIR: AC/DC - Highway To Hell (1979)

Tem quem ache as músicas do AC/DC simples demais. "São só 3 acordes", diz um sujeito precipitadamente. O que quero ver é outras banda com apenas 3 acordes reunir um repertório tão bom quanto o que encontramos no clássico Highway To Hell.


Já tendo na bagagem trabalhos espetaculares como High Voltage (1976) e Powerage (1978), Highway To Hell (1979) é a consagração definitiva - musical e comercial - do grupo australiano. É também o último trabalho com o lendário vocalista Bon Scott, que faleceu meses após o lançamento do disco, devido uma enorme quantidade de álcool consumida na noite anterior. Trágico, mas puramente rock n' roll, assim como o som que ecoa dos falantes a partir do momento em que a agulha encosta no vinil. 

Seja através das bases potentes do Malcolm Young, dos solos bluseiros/sexuais/endiabrados de Angus Young, da rouquidão ébria de Bon Scott ou da cozinha eficaz e pé no chão formada pelo baixista Cliff Williams e o baterista Phil Rudd, fato é que tudo o que há de mais energético e divertido no hard rock está reunido aqui.

Pouco importa se as letras só falam de festas na companhia de bebidas, mulheres e do Diabo. E daí se os riffs são uma repetição um do outro quando a matéria prima original é o melhor de todos? Resumindo: Não há como resistir as clássica "Higway To Hell", "Girl's Got Rhythm", "Walk All Over You", "Touch Too Much", e, simplificando, o repertório inteiro, produzido magistralmente pelo Robert Lange.

O disco pode ser traduzido como uma estadia do Chuck Berry no inferno acompanhado de centenas de garotas nuas numa noite open bar. Tem algo melhor que isso? Não por acaso a molecada gostou (e ainda gosta). Clássico definitivo do rock n' roll.

Um comentário:

  1. Com todo o respeito pela memória do falecido Bon Scott, não curto muito esta fase do AC/DC antes da chegada de Brian Johnson.

    ResponderExcluir