segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

TEM QUE OUVIR: Bad Company - Bad Company (1974)

Alguns grupos nasceram para dar certo. No caso do Bad Company, não houve surpresas quando seu ótimo álbum de estreia tornou-se disco de platina. Não sabe o porquê? Os fatos explicam.


Imagine uma banda patrocinada pelo Led Zeppelin, lançando seu primeiro disco pela gravadora do grupo, a Swan Song Records. Agora coloque nesta banda o super vocalista Paul Rodgers, o baterista Simon Kirke (ambos ex-Free), o guitarrista Mick Ralphs (ex-Mott The Hoople) e o baixista Boz Burrell (ex-King Crimson), todos com liberdade artística e dinheiro para produzirem o que quiserem. A liberdade (e o dinheiro) era tanta que nem as despesas com cocaína e álcool foram um problema.

Empresariados pelo Peter Grant, o Bad Company virou a típica banda de rock de arena, perfeita para tocar em grandes estádios, nas rádios e "amadurecer" o público rockeiro, isso porque sonoramente o grupo apresentava consistência, elegância e lapidação ao misturar em suas composições hard rock, blues, pop, country e soul. Esses atributos fazem com que muitos considerem o Bad Company a primeira banda de AOR (mas naquele onda de melodic hard rock).

O apelo comercial de faixas como "Can't Get Enough" é devidamente contrabalançado pela execução vigorosa e a qualidade das melodias. Já o clima soul "Don't Let Me Down" evidencia o timbre precioso de Paul Rodgers. O groove em ebulição da "Rock Steady" também não deixa barato, assim como apelo radiofônico da ótima balada "Ready For Love". "Bad Company", o principal hit do disco, fecha os destaques embalado por um piano radiofônico e refrão poderoso.

Resumindo, Bad Company é um disco bem tocado e produzido, feito por uma banda otimamente apadrinhada e empresariada, que foi espetacularmente bem recebida, tanto pela critica quanto pelo público. Se peca em algo, é pela falta de erros. 

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