segunda-feira, 2 de setembro de 2013

TEM QUE OUVIR: Blondie - Parallel Lines (1978)

A cena musical de Nova York do final da década de 1970 se dividia entre a disco music do Chic e o punk rock dos Ramones. Diante deste emaranhado surgiu o Blondie, importante banda da chamada new wave, que podia tocar tanto no CBGB (lendário clube punk) quanto no Studio 54 (famosa boate americana). Parallel Lines (1978) é o clássico definitivo desta banda singular.



Ofuscados pela linda Debbie Harry, havia o talentoso guitarrista/líder Chris Stein, o empresário Peter Leeds e o produtor Mike Chapman, todos dispostos a arquitetar um clássico, ainda que inevitavelmente alguma decisão desagradasse a maior parte da banda.

Embora a new wave genuinamente dê espaço para a fusão de estilos, é muito fácil observar para qual direção cada canção caminha. Se "Hanging On The Telephone" e "Will Anything Happen?" tem a energia punk, a clássica "Heart Of Glass" tem o balanço herdado da disco music. Em comum, todas com grandes refrães. 

Pitadas moderadas de glam rock são sentidas nas melódicas "One Way Or Another" e "Picture This". Já as ótimas "11:19" e "Sunday Girl" tem traços da música pop das girl groups.

Se Debbie Harry é deliciosamente dramática em "Fade Away (And Radiate)" - com direito a guitarra espetacular do Robert Fripp -, em "Pretty Baby" ela conserva sua doce rouquidão. O instrumental da pesada - para o estilo/época - "I Know But I Don't Know" demonstra que banda era azeitada, não se escondendo atrás da cantora, como aparentemente deixa entender a capa.

O disco foi um enorme sucesso tanto na Inglaterra quanto nos EUA, ajudando a popularizar a new wave. Seja pela música, atitude ou pela beleza da Debbie Harry, Parallel Lines continua irretocável dentro de sua ampla proposta. 

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