Produzido pelo incansável Todd Rundgren, o disco remete a diversas sonoridades do rock básico. Dá para sentir pitadas de Chuck Berry, Rolling Stones, Mott The Hoople, T. Rex e até mesmo dos futuros influenciados Sex Pistols, vide a faixa que abre o trabalho, a ótima "Personality Crisis".
Impossível ouvir "Bad Girl" e "Vietnamese Baby" sem associar ao movimento punk de 1977.
A fúria espontânea e garageira alimenta "Looking For A Kiss" e "Frankenstein", ambas guiadas pela guitarra energética do lendário Johnny Thunders, um ícone que, com sua sonoridade/atitude/visual influenciou nomes como Johnny Ramone, Sid Vicious e Izzy Stradlin.
O disco ainda traz canções estranhas, vide o ambicioso arranjo de "Lonely Planet Boy" e a agitada "Trash". Mas é a simples e rockeira "Jet Boy" que fecha o álbum, cantada imponentemente pelo performático David Johansen.
Kiss, Ramones, Guns N' Roses e The Smiths, não é difícil encontrar grupos moldados por esse disco. Não por acaso o movimento punk explodiu em Nova York anos depois. Perto do final da carreira, os Dolls foram empresariados pelo Malcolm McLaren, o mesmo a arquitetar o Sex Pistols. Tá explicado o porquê do rótulo proto-punk? Para muitos, apenas uma genuína, furiosa e excelente banda de rock n' roll.
Nenhum comentário:
Postar um comentário