Seria possível uma única música tornar a audição de um álbum - para não dizer um grupo - indispensável? A resposta é sim, principalmente quando falamos do Iron Butterfly, banda seminal do rock psicodélico, que pode até não ter no disco In-A-Gadda-Da-Vida (1968) o seu melhor desempenho, mas sem dúvida o mais emblemático.
A tal música autossuficiente é a homônima "In-A-Gadda-Da-Vida", interminável faixa que ocupa o lado B inteiro do vinil. A canção é formada por um uníssono e apoteótico riff pré-heavy metal, timbres tão gordurosos que parecem derreter, interpretação vocal singular e um longuíssimo (chega a encher o saco) solo de bateria pré-"Moby Dick". Seu nome pitoresco significa "In The Garden Of Eden", só que pronunciado no "linguajar ébrio" do vocalista/tecladista Doug Ingle. A música tornou-se um hino do rock psicodélico. Foi regravado pelo Slayer, sampleada pelo Nas e parodiada pelos Simpsons. Tudo isso proporcionou ao Iron Butterfly milhares de discos vendidos e o nome carimbado na história do rock.
Apesar da relevância da canção título, vale dar atenção para as outras faixas do álbum. Pérolas do rock sessentista formam o lado A do vinil, vide as fantásticas "Most Anything You Want" (tão hard quanto “barroca”, meio que prevendo a sonoridade do Deep Purple), “Flowers And Beats” (bela melodia e refrão), "My Mirage" (de órgão característico e groove pulsante), “Termination” (com excelentes passagens de guitarra, a começar pelo riff) e "Are You Happy" (sinistra, progressiva e pesada pra época). Em todas há a voz empostada do Doug Ingle e excelentes linhas de baixo do Lee Dorman.
Rock, LSD, uma capa lisérgica, boas canções e um hit estrondoso são mais que o suficiente para incluir In-A-Gadda-Da-Vida em qualquer discoteca.
Apesar da relevância da canção título, vale dar atenção para as outras faixas do álbum. Pérolas do rock sessentista formam o lado A do vinil, vide as fantásticas "Most Anything You Want" (tão hard quanto “barroca”, meio que prevendo a sonoridade do Deep Purple), “Flowers And Beats” (bela melodia e refrão), "My Mirage" (de órgão característico e groove pulsante), “Termination” (com excelentes passagens de guitarra, a começar pelo riff) e "Are You Happy" (sinistra, progressiva e pesada pra época). Em todas há a voz empostada do Doug Ingle e excelentes linhas de baixo do Lee Dorman.
Rock, LSD, uma capa lisérgica, boas canções e um hit estrondoso são mais que o suficiente para incluir In-A-Gadda-Da-Vida em qualquer discoteca.
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