1967 foi um ano especial para o rock. A psicodelia e contracultura explodiam no mundo representada por grandes discos dos Beatles, Pink Floyd, Cream, Velvet Underground e Jimi Hendrix Experience. O jazz parecia ter perdido a força entre a juventude. Já no Brasil, em plena ditadura militar, a bossa nova perdia espaço para o tropicalismo e as canções de protesto. Foi diante deste cenário que o maestro/compositor Antônio Carlos Jobim lançou um de seus grandes álbuns, o espetacular Wave.
Os arranjos de Wave são calcados na música instrumental. Com isso abre-se espaço para grandes performances em composições conhecidamente brilhantes. E que performances! Afinal, não é qualquer disco que pode se gabar de contar com Ron Carter no baixo, Dom Um Romão na percussão/bateria, arranjos e regência do Claus Ogerman, além do próprio Jobim no piano. Todavia, quando alguma faixa exige letra, ela fica a cargo de ninguém menos que Vinícius de Moraes, como pode ser conferido em "Lamento".
A clássica "Wave" é apresentada em sua melhor versão. A linda melodia da música (com o minimalismo "one finger piano") nos envia diretamente a zona sul do Rio de Janeiro da década de 1950 e 1960.
O nome pode até enganar, mas não dá pra chamar de americanizado um disco que contém a luz solar de “Captain Bacardi”.
O mais puro balanço sincopado da bossa nova aparece em diversas faixas, com destaque para "The Red Blouse" (que groove, que cordas!), "Batidinha" (esse violão fez escola) e "Triste" (que de triste não tem nada). Já a delicadeza dos arranjos e as elaboradas harmonias ficam explicitas em "Look To The Sky" (nunca um trombone soou tão aconchegante) e "Diálogo" (de orquestração cinematográfica), ambas de beleza ímpar.
Ao ouvir esse disco é fácil entender a importância da bossa nova e do próprio Tom Jobim, que não por acaso fez grande sucesso nos EUA, chamando atenção até mesmo de Frank Sinatra. Sem dúvida um dos grandes momentos da música brasileira. Se conceitualmente soa datado, musicalmente é eterno.
O mais puro balanço sincopado da bossa nova aparece em diversas faixas, com destaque para "The Red Blouse" (que groove, que cordas!), "Batidinha" (esse violão fez escola) e "Triste" (que de triste não tem nada). Já a delicadeza dos arranjos e as elaboradas harmonias ficam explicitas em "Look To The Sky" (nunca um trombone soou tão aconchegante) e "Diálogo" (de orquestração cinematográfica), ambas de beleza ímpar.
Ao ouvir esse disco é fácil entender a importância da bossa nova e do próprio Tom Jobim, que não por acaso fez grande sucesso nos EUA, chamando atenção até mesmo de Frank Sinatra. Sem dúvida um dos grandes momentos da música brasileira. Se conceitualmente soa datado, musicalmente é eterno.
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