segunda-feira, 26 de novembro de 2012

TEM QUE OUVIR: Michael Jackson - Thriller (1982)

Uma das mais importantes obras da cultura pop, recheado de composições atemporais, tendo valor artístico e social inquestionável, atingindo sucesso comercial inalcançável em nenhum outro momentos da história. Todos esses méritos pertencem a Michael Jackson e seu clássico Thriller (1982).


Sendo a sequência do genial Off The Wall (1979), Thriller mantém um dos principais fatores do êxito do trabalho anterior: a produção irreparável do Quincy Jones.

A eletronicamente funkeada "Wanna Be Startin' Something" abre o disco. A música é estruturada por uma bateria programada, linha de baixo grudenta, guitarra cheia de groove, metais intensos e até mesmo uma cuíca do Paulinho da Costa. Michael Jackson brilha enquanto compositor e cantor, embora a mão do Greg Phillinganes no instrumental tenha feito toda a diferença. Um início estrondoso.

"Baby Be Mine" é o pop perfeito, com ótimas melodias, refrão marcante e muito groove. No impecável arranjo de "The Girl Is Mine", Michael divide a composição e a voz com ninguém menos que Paul McCartney, o que por si só já vale o disco.

Daqui pra frente a sequência de hits é inacreditável. Em "Thriller", Michael Jackson da uma aula de interpretação numa composição altamente memorável do Rod Temperton. Isso sem falar que a faixa remete diretamente ao seu genial/histórico clipe. Clássico.

"Beat It" é o momento mais rockeiro do álbum, muito por conta da participação do Eddie Van Halen (em seu auge) num dos grandes solos de guitarra de todos os tempos. Todavia, é importante salientar que quem tocou o emblemático riff da música foi o excelente Steve Lukather. Já a bateria ficou a cargo do seu parceiro de Toto, Jeff Porcaro.

Já quem esbanja groove na linha de baixo da espetacular "Billie Jean" é o gigante Louis Johnson. O resultado é extremamente pulsante e envolvente, com direito a interpretação vocal majestosa e arranjo luminoso.

No quesito hits ainda temos a melódica "Human Nature", que de tão boa foi regravada até mesmo pelo ícone do jazz Miles Davis, o que da uma noção do alcance da música do Michael Jackson.

A mão poderosa de Quincy Jones aparece mais claramente na composição, arranjo e nos sintetizadores de "P.Y.T. (Pretty Young Thing)". Já a balada "The Lady In My Life" é tão bem estruturada que remete as canções mais radiofônicas do Steely Dan.

Thriller é um marco definitivo da indústria musical e na cultura do século XX. E o mais legal é que Michael Jackson fez isso sem apelar para mediocridade.

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