A longa "Time Was" abre o disco. Seu começo folk e ultra melódico logo vira uma canção com todas as característica do rock inglês, dentre elas ótimas paisagens de guitarra via as mãos do Andy Powell.
A progressiva "Sometimes World" tem um começo lindo, mas logo acelera e ganha uma linha de baixo esquizofrênica do excelente Martin Turner. Aqui aparece também as tão famosas e influentes "guitarras gêmeas" (twin guitars) do Wishbone Ash, que consiste nos dois guitarristas (Andy Powell e Ted Turner) dobrando uma mesma linha melódica em intervalos diferentes. Esse tipo de arranjo é ainda hoje muito usado no heavy metal, fato que faz do Wishbone Ash uma das bandas precursoras do estilo.
"Blowin' Free" é um power pop com vocais ultra melódicos, timbre pesado de baixo e frases de guitarra que remetem ao southern rock. O estranho começo de "The King Will Come" deixa o terreno preparado para um dos riffs mais simples e legais da época. Aqui aparece mais uma vez com destaque as guitarras dobradas de Turner/Powell.
O belo arranjo de "Leaf And Stream" evidencia o talento do grupo ao elaborar belas harmonias e melodias sofisticadas. Essa leveza se contrapõe ao peso progressivo de "Warrior", que deixa claro o porque da banda ser uma das grandes do hard rock setentista.
"Throw Down the Sword" fecha o disco trazendo o órgão John Tout (Renaissance) em mais uma grande composição.
Apesar da indiscutível excelência do disco, Argus certamente continuará a passar despercebido. Convido o leitor do blog a ouvir esse ótimo álbum. Se você gosta da sonoridade setentista com certeza vai se maravilhar com a obra.
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