Logo de cara temos a espetacular "Meeting Of The Spirits", música de beleza ímpar e introdução claustrofóbica. O solo ultra virtuoso de John McLaughlin ainda hoje é referência para muitos guitarristas, tendo influenciado nomes como Al Di Meola, Steve Morse, John Petrucci e Zakk Wylde.
A melodia crescente de "Dawn" traz toda a influência de música erudita do violinista Jerry Goodman, interrompida somente quando McLaughlin começa a demonstrar sua técnica impressionante em frases complexas. Seu timbre de guitarra ainda hoje é tido como um cruzamento perfeito de Gibson com distorção dos amplificadores Marshall.
O esporro rockeiro da banda fica evidente na entorpecida e experimental "The Noonward Race", faixa essa em que o baterista Billy Cobham deixa claro o porque de ser um dos grandes nomes do instrumento. A fusão de rock com o jazz aparece com clareza na frenética "Vital Transformation", onde todos os músicos usam seus atributos técnicos em prol da composição.
Em "A Lotus on Irish Streams" o violino de Jerry Goodman praticamente chora numa harmonia delicadamente estruturada pelo genial tecladista Jan Hammer. Enquanto isso, McLaughlin intercala frases rapidíssimas num violão de aço.
A estranha e ritmicamente complexa introdução de "The Dance Of Maya" ainda entorta a cabeça de muitos músicos. O mesmo acontece na delicadamente neurótica "You Know You Know".
"Awakening" fecha o disco comprovando que todos os músicos da Mahavishnu Orchestra estavam ano-luz a frente do tempo, tornando-os referência na música instrumental.
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