Ivan Lins
Não sei se foi minha recém ida ao Rio de Janeiro, o sucesso do Fluminense no mundial de clubes, meu envelhecimento alinhado ao gosto pela sofisticação cafona da música brasileira ou os 80 anos do Ivan Lins, mas tudo me levou ao disco A Noite (1979), que no passado detestaria, mas que hoje acho lindíssimo. Há uma classe composicional embutida nas harmonias e melodias que me lembra o Spinetta. Que arranjos, que voz, que canções!
Paul McCartney
Vi o Sérgio Martins falando que considera o Tug Of War (1982) uma obra-prima solo do Paul e eu fui conferir com maior atenção. É realmente um álbum lindíssimo, com aquelas canções melodicamente brilhantes. É o pop perfeito. A produção é do George Martin, o que traz aquele refinamento nos arranjos. Boas performances também, incluindo do Danny Laine, Stevie Wonder, Ringo e Steve Gadd, além do Paul (óbvio).
Helmet
Tô numa fase Helmet. Talvez uma forma de sanar o fato de ter perdido o show da banda. Talvez por ter descoberto que é uma das melhores bandas pra ouvir na academia. Aftertaste (1997) é uma paulada, estando mais próximo do que se era feito no início da década do que meramente acompanhando tendências. Todo mundo sabe que o Page Hamilton é foda, mas o quê dizer do John Stanier? Foda.
Vanusa
Vanusa (1973). Já faz alguns anos que esse disco hypou por conta de “What To Do”, de riff talvez plagiado pelo Black Sabbath. Mas as pessoas já esqueceram do álbum novamente. Bom momento para finalmente ouvi-lo. É um típico disco do pop brasileiro setentista, alimentado pelo orçamento das grandes gravadoras, gerando arranjos orquestrados que, somados a bela voz e capa, aproximam do ye-ye francês. Um jovem Lincoln Olivetti trabalha nesse. Nas composições estão nomes como Zé Rodrix. Tá aqui o hit “Manhãs de Setembro”. Repertório estilisticamente variado e muito bom. Em breve será novamente redescoberto por algum clube de assinatura em vinil ou algum sample do BK.
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