Dos shows que vi pela TV (a maioria do Rock In Rio e Monsters Of Rock) gostaria de destacar apenas o do Bruce Springsteen (com direito a cover de Raul Seixas) e lembrar que ano passado eu disse que esse seria o melhor show do ano. No mínimo passei perto na previsão.
Ainda que eu tenha perdido dezenas de shows interessantes, tive também a oportunidade de ver alguns bem legais. Fica aqui minha pequena lista dos meus prediletos.
Alabama Shakes
Mais uma vez fui no Lollapalooza e, apesar das boas bandas escaladas para o festival, pretendo não voltar tão brevemente ao evento (muito caro, lotado, enlameado... o terror!). De qualquer forma, vi shows bem interessantes, como o Tomahawk (do anárquico Mike Patton), Gary Clark Jr. (que timbrão de guitarra) e do Black Keys (apenas legal). Mas dois shows em especial chamaram muito a minha atenção. O primeiro deles foi o do Alabama Shakes. É a soul music de primeira grandeza se apropriando do indie com propriedade (ou seria o contrário?). A Brittany Howard canta muito bem, o instrumental lembra o Booker T. & The MG's - dada as devidas proporções - e as composições são bem legais. Coisa fina!
Outro show acachapante no Lollapalooza foi o do Queens Of The Stone Age. A prova viva de que um set curto pode ser muito bem aproveitado se tocado furiosamente. Showzão que prejudicou a apresentação do Black Keys que veio na sequência.
Virada Cultural, domingão a tarde, São Paulo espantosamente limpa e organizada, principalmente se comparada a todas outras Viradas que já fui. Mas o mais legal de tudo foi ver o Nektar ao vivo, banda que honestamente pouco conheço. Eles demonstraram no palco o porque do Steve Harris ser grande fã do grupo. Boas composições e grande carisma na execução. Provavelmente foi a única oportunidade de ver o Nektar em terras brasileiras.
O maior nome da guitarra jazz dos últimos 40 anos tocando de graça no Ibirapuera num domingão a tarde? Quem não foi se deu mal, só digo isso. Foi um divisor de águas para mim no quesito improvisação. Destaque também para o baterista Antonio Sánchez.
Uma hora de Uli Jon Roth e uma de Michael Schenker. Resultado? Uli Jon Roth roubou a cena e Michael Schenker enfurecido se quer voltou para o BIS. Sensacional!
Se você viu esse espetáculo e não ficou minimamente emocionado, então você está morto. Iommi é gênio, Butler é um dos caras mais subestimados do rock e o Ozzy é um entertainer de primeira grandeza. O repertório dispensa apresentações.
Tá no TOP 5 dos melhores show que já assisti na vida! Lugar legal, com apenas pessoas interessadas na banda (não foi clima de festa/rolê como o do Sabbath, era clima de show), iluminação em sincronia assustadora, som impecável, repertório violento... cara, não teve nenhum ponto negativo. Obs: Adivinhem o que estava rolando na rua no fim do show? Show do Test na sua já famosa kombi infernal.
Som Imaginário
Não vi muitos shows nacionais esse ano. De cara lembro apenas do Barão Vermelho (banda do BRock 80's que melhor sobreviveu ao teste do tempo) e da reunião mágica do Som Imaginário no Teatro Municipal de São Paulo. Ambos foram ótimos, sendo que o Som Imaginário "ganhou" por saldo de gols.É isso! Que venham shows ainda melhores em 2014.
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