É disso que venho falar hoje, bandas/artistas que abusaram de gêneros distantes para moldar o próprio som. Obviamente isso é mais comum do que se parece. O próprio rock n'roll nasceu de uma fusão de estilo (principalmente blues com a música country). Ainda assim, tal tema vale a brincadeira.
A ideia de uma banda de rock tocar com orquestra hoje em dia parece comum. Metallica, Dream Theater, Kiss e até mesmo Manowar já fizeram isso, mas a ousadia do Deep Purple foi maior. Ainda no final da década de 1960 eles não só tocaram com orquestra, mas trabalharam em novas composições para executar neste formato (banda e orquestra). A fase MK II (Gillan, Blackmore, Lord, Glover, Paice) ainda não havia lançado nenhum disco de estúdio, ou seja, o projeto tinha tudo pra dar errado, mas apesar de não ter obtido grande sucesso comercial, é visto com carinho pelos fãs.
Samba + Rock = Jorge Ben
Apesar do rótulo samba-rock ser um tanto quanto tosco, a verdade é que o Jorge Ben fundiu muito bem os dois estilos, vide por exemplo o gingado psicodélico de "Errare Humanum Est". Atente-se a letra lisérgica da canção e ao seu violão ritmicamente único.
Rap + Jazz = Gang Starr
Se analisarmos friamente a história da música, veremos que o rap e o jazz tem muita coisa em comum, como por exemplo o fato de serem representados em sua maioria e excelência por músicos americanos, negros e pobres. Mas se analisarmos a estrutura musical dos dois estilos encontraremos poucas semelhanças, ainda assim, Guru e Dj Premier se uniram pra colocar em prática a ideia ambiciosa de fazer rimas inteligentes em cima de beats de jazz. O resultado pode ser conferido abaixo na ótima "Jazz Thing". O duo fez escola, sendo ainda hoje uma fusão de excelentes resultados.
Jazz + Rock = Miles Davis
O mundo da música entrou em choque no final dos anos 60 com o surgimento de Jimi Hendrix. Apesar do lendário guitarrista não ter o fraseado do jazz, suas improvisações chamaram a atenção de mestres do estilo, dentre eles Miles Davis. Aficionado pela potência do som de Hendrix e o groove Sly And The Family Stone, Miles reformulou seu estilo, chegando ao ponto de usar wah-wah em seu trompete. Para deixar seu som ainda mais pesado, convidou outros músicos para se juntar a sua banda, dentre eles o pianista Herbie Hancock, o guitarrista John McLaughlin e o percussionista brasileiro Airto Moreira. Esta mistura de jazz com rock proposta por Miles Davis no disco Bitches Brew deu origem a um novo estilo chamado fusion.
Blues + Música Eletrônica + Rap = Nuno Mindelis
Imagine agora a mistura de um estilo triste e orgânico como o blues com uma vertente dançante e aliada da tecnologia como a música eletrônica. É isso que o excelente guitarrista Nuno Mindelis tem trabalhado em seus últimos discos, principalmente no Outros Nunos (2005). A prova de que a música dele não tem limites é a participação do rapper Rappin Hood na boa "Tenho Medo".
Heavy Metal + Moda de Viola = Ricardo Vignini e Zé Helder
Apesar de não terem criado um repertório novo, Ricardo Vignini e Zé Helder (integrantes do curioso Matuto Moderno) estão com um projeto bastante interessante que consiste em fazer versões para clássicos do heavy metal na viola caipira. Escute a incrível versão que eles fizeram para "Master Of Puppets" do Metallica e tirem suas próprias conclusões.
Punk Rock + Reggae = The Police
A Inglaterra no final dos anos 70 estava tomada pelo espírito punk, mas havia três garotos que não se identificavam com toda aquela displicência técnica e estavam mais ligados no som feito do outro lado do Atlântico, mais precisamente na colônia Jamaica: o reggae. A banda em questão é o The Police, que apesar de não aprovarem o punk, incluíram a simplicidade e o peso do estilo para deixar o reggae da banda mais vitaminado. Um disco que mostra essa mistura com propriedade é o espetacular Reggatta de Blanc (Reggae de Branco). Escute a ótima faixa título e comprove a excelência da banda.
Apesar do rótulo samba-rock ser um tanto quanto tosco, a verdade é que o Jorge Ben fundiu muito bem os dois estilos, vide por exemplo o gingado psicodélico de "Errare Humanum Est". Atente-se a letra lisérgica da canção e ao seu violão ritmicamente único.
Se analisarmos friamente a história da música, veremos que o rap e o jazz tem muita coisa em comum, como por exemplo o fato de serem representados em sua maioria e excelência por músicos americanos, negros e pobres. Mas se analisarmos a estrutura musical dos dois estilos encontraremos poucas semelhanças, ainda assim, Guru e Dj Premier se uniram pra colocar em prática a ideia ambiciosa de fazer rimas inteligentes em cima de beats de jazz. O resultado pode ser conferido abaixo na ótima "Jazz Thing". O duo fez escola, sendo ainda hoje uma fusão de excelentes resultados.
Jazz + Rock = Miles Davis
O mundo da música entrou em choque no final dos anos 60 com o surgimento de Jimi Hendrix. Apesar do lendário guitarrista não ter o fraseado do jazz, suas improvisações chamaram a atenção de mestres do estilo, dentre eles Miles Davis. Aficionado pela potência do som de Hendrix e o groove Sly And The Family Stone, Miles reformulou seu estilo, chegando ao ponto de usar wah-wah em seu trompete. Para deixar seu som ainda mais pesado, convidou outros músicos para se juntar a sua banda, dentre eles o pianista Herbie Hancock, o guitarrista John McLaughlin e o percussionista brasileiro Airto Moreira. Esta mistura de jazz com rock proposta por Miles Davis no disco Bitches Brew deu origem a um novo estilo chamado fusion.
Blues + Música Eletrônica + Rap = Nuno Mindelis
Imagine agora a mistura de um estilo triste e orgânico como o blues com uma vertente dançante e aliada da tecnologia como a música eletrônica. É isso que o excelente guitarrista Nuno Mindelis tem trabalhado em seus últimos discos, principalmente no Outros Nunos (2005). A prova de que a música dele não tem limites é a participação do rapper Rappin Hood na boa "Tenho Medo".
Heavy Metal + Moda de Viola = Ricardo Vignini e Zé Helder
Apesar de não terem criado um repertório novo, Ricardo Vignini e Zé Helder (integrantes do curioso Matuto Moderno) estão com um projeto bastante interessante que consiste em fazer versões para clássicos do heavy metal na viola caipira. Escute a incrível versão que eles fizeram para "Master Of Puppets" do Metallica e tirem suas próprias conclusões.
Punk Rock + Reggae = The Police
A Inglaterra no final dos anos 70 estava tomada pelo espírito punk, mas havia três garotos que não se identificavam com toda aquela displicência técnica e estavam mais ligados no som feito do outro lado do Atlântico, mais precisamente na colônia Jamaica: o reggae. A banda em questão é o The Police, que apesar de não aprovarem o punk, incluíram a simplicidade e o peso do estilo para deixar o reggae da banda mais vitaminado. Um disco que mostra essa mistura com propriedade é o espetacular Reggatta de Blanc (Reggae de Branco). Escute a ótima faixa título e comprove a excelência da banda.
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