Mad Professor
O mestre do dub andou tocando pelo Brasil. Não fui vê-lo, mas nada me impediu de ouvir o Dub Me Crazy!! (1982), clássico do gênero. Tá tudo ali. É uma tremenda mixagem. Criativo, imersivo e instigante. Cada vez gosto mais.
Wolfmother
Surpreso que a estreia desse grupo está fazendo 20 ANOS (!!!). Lembro quando saiu. Não vou mentir que eu, então com 14 anos, achei muito legal. Adora o clipe de “Dimension”. Depois passei a considerar muito pastiche e abandonei a banda. Mas reouvindo agora, tem sua graça. De certo modo, passei até a entender a molecadinha que gosta de Greta Van Fleet. Álbum divertido, com toques de Grand Funk e Black Sabbath. Deve ter sido a primeira vez que ouvi falar em stoner. Enquanto alguns foram pro Arctic Monkeys, eu assumo que tava mais pro Wolfmother.
James Brown
Vi uma entrevista com o Paulinho Guitarra em que ele diz que o Tim Maia deu o The Popcorn (1969) do James Brown pra ele tomar como base para o que viria a fazer. Fui ouvir e entendi tudo. É um álbum instrumental, onde a guitarra do Jimmy Nolen tá na cara, não só através das bases, mas também de bons solos. Vale dizer que ele tem sido um guitarrista que finalmente vem ganhando seu devido valor. Recentemente a revista Rolling Stone até o colocou entre os 20 maiores nomes do instrumento. Agora, vale apontar uma questão bem específica: interessante como guitarristas de funk dão preferência a stratocaster sendo que o Nolen usava uma semiacústica. Nesse sentido acho que o Nile Rodgers renovou a linguagem do instrumento no estilo à partir dele para até então.
John Fogerty
Centerfield (1985). O tal disco de volta do Fogerty. E ele parte justamente de onde parou. Incrível como o álbum tem a polidez oitentista, mas sem soar datado. É acima de tudo orgânico. Impressionante também como ele sabe tudo de rock n’ roll. Isso engloba a forma que ele enxerga a canção, mas também suas linhas de guitarra e performances vocais. O fato dele ter tocado todos os instrumentos é absurdo. Um professor do rock.
Popol Vuh
Saiu um novo Nosferatu, que ainda não vi. Mas revi o primeirão (do Murnau) e amei. Lembrei da versão do Herzog, o que me levou à trilha sonora produzida pelo Popol Vuh. É o típico disco que, por mais soturno que seja, gosto de ouvir pra dormir. Adoro como as faixas são construídas, os climas que são gerados. Um disco (obviamente) imagético.
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