Quinteto Violado
Quinteto Violado (1972). A capa remete a disco de power metal, mas felizmente é algo muito melhor. São versões do cancioneiro nordestino em registros maravilhosos, que preservam a tradição da cultura brasileira via arranjos primorosos. Um espetáculo de melodias e interpretações que chegam no coração. Pra ser apreciado e estudado.
Brent Mason
Estou obcecado nesse espetacular guitarrista, que fez sua carreira nos estúdios de Nashville, gravando com as maiores estrelas da música country. Ouvi seus dois discos solos que estão no Spotify (onde sua linguagem country ganha um fraseado jazzistico), tô no meio de uma playlist com dezenas de gravações suas e tenho adorado sua página no Instagram, onde ele registra seu cotidiano nos estúdios. É foda. Quem se interessa por guitarra tem que conferir.
Partido em 5
Partido em 5, Vol. 1 (1972). Esse disco ganhou um pequeno hype recentemente. Prova disso é que chegou até mim, um iletrado em samba. Nada disso diz muito sobre o real valor da obra. Fato é que aqui, sob comando do Candeia, é trazido para o sulco do vinil o som dos terreiros e das rodas de samba dos fundos de quintal. Até por isso há essa forma contínua das canções, com uma emendada na outra. É o samba em excelentes canções e distante dos padrões da indústria. Deste modo, além de seu grande valor estético que falaria por si só, há também um significado político. Ouçam dando o devido valor.
Xangô da Mangueira
Chão da Mangueira (1976), obra-prima do samba de partido alto. Ganhou status cult fora do país. Musicalmente, acho curioso perceber certa "baianidade" no samba do carioca. É natural dado o berço africano. A faixa de abertura sobe ainda mais a região nordeste, chegando ao forró. Não tem programa melhor que ouvir esse disco na companhia de feijoada e cachaça.
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