"Mis-Shapes" é daquelas faixas de abertura acachapantes. Sua força interpretativa e melódica é estonteante, principalmente no refrão. É possível sentir guitarras marteladas à la Clash. Já o clima chamber pop de "Pencil Skirt", com direito a arranjo ironicamente pomposo, remete de alguma forma ao David Bowie.
Entre os hinos da época estão "Common People", de dinâmica crescente e timbres sintetizados que não trazem nenhum ranço retrô que ficou associado ao britpop. Curiosamente a faixa lembra o que faria posteriormente os novaiorquinos do LCD Soundsystem.
Impossível passar batido diante da interpretação apaixonada e exuberante do Jarvis Cocker em "I Spy", mais uma vez dona de belo arranjo. Em nenhum outro momento uma orquestração enniomorriconiana soou tão dançante.
Falando em dançante, o disco traz também o hit "Disco 2000" e a chapada "Sorted Out For E' And Whizz", com sua temática condizente a geração rave britânica.
A sexual "Live Bed Show", a elegante "Something Changed" e a construção brilhante da incomparável "F.E.E.L.I.N.G.C.A.L.L.E.D.L.O.V.E." evidenciam o Pulp como um dos melhores grupos ingleses do período. Não por acaso eles levaram o Mercury Prize daquele ano com este disco.
A sexual "Live Bed Show", a elegante "Something Changed" e a construção brilhante da incomparável "F.E.E.L.I.N.G.C.A.L.L.E.D.L.O.V.E." evidenciam o Pulp como um dos melhores grupos ingleses do período. Não por acaso eles levaram o Mercury Prize daquele ano com este disco.
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