terça-feira, 10 de outubro de 2017

TEM QUE OUVIR: Thelonious Monk - Brilliant Corners (1957)

Thelonious Monk para muitos não é um nome familiar, o que não muda o fato dele ser um dos principais compositores do século XX, sendo responsável pelos rumos do jazz e o desenvolvimento da linguagem bebop.

Distribuindo suas peripécias pianísticas desde meados da década de 1940, chegou em 1957 com fama de artista problemático e sem contrato com gravadora. Foi então que o selo Riverside apostou no seu trabalho. Como resultado tivemos Brilliant Corners, seu mais prestigiado disco.


Logo de cara, a faixa "Brilliant Corners", com sua a introdução de piano com acordes dissonantes e rítmica peculiar, anuncia uma das mais intrigantes composições da história. A faixa se desenvolve num misto de tensão e originalidade. Ao contrário de muitas gravações lendárias desse período, essa só foi possível após incontáveis takes descartados.

Na sequência a longa "Be-Lue Bolivar Ba-Lues-Are" é prato cheio para Sonny Rollins mostrar o porque de ser considerado um dos mais brilhantes saxofonistas de todos os tempos. O improviso de Thelonious também não fica para trás.

Outros músicos talentosos que participam do disco são o baterista Max Roach, o saxofonista Ernie Henry e o contrabaixista Oscar Pettiford. Mas quem rouba a cena em "Bemsha Swing" é o lendário baixista Paul Chambers.

O disco ainda proporciona a delicada "Pannonica" (com direito a timbre lúdico de celesta) e a linda "I Surrender Dear", sendo essa última uma faixa solo de Thelonious ao piano. Um álbum não menos que majestoso.

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