quarta-feira, 19 de outubro de 2016

TOP 5: Álbuns póstumos

Após uma espera de mais de 10 anos, essa semana saiu Sabotage, disco póstumo homônimo do rapper Maestro do Canão. Já adianto que é um dos melhores lançamentos nacionais do ano e, talvez, o melhor disco póstumo de um artista brasileiro (vale uma pesquisa/reflexão mais atenta).

Discos póstumos costumam ser um engodo da indústria para gerar dinheiro em cima do saudosismo putrefato. Que outra explicação teria para aquele disco do Michael Jackson de 2010? Justificativa artística não há.

Mas, é claro, temos exceções. E é disso que vou tratar aqui. Uma listinha rápida. Os 5 primeiros que lembrei. Ao vivo não vale. Deixe nos comentários seus prediletos.

Obs: por mais melancólico e "conceitualmente póstumo" que seja, Blackstar do David Bowie, tecnicamente, não se enquadra na lista, já que foi lançado dois dias antes de sua morte.


01: Janis Joplin - Pearl
Não só um dos grandes discos da época, mas disparado o melhor da icônica Janis Joplin. Não se trata de sobras de estúdio, mas sim de uma obra 90% finalizada pela cantora. É triste pensar que a própria artista não desfrutou do seu auge.

02: Otis Redding - The Dock Of The Bay
Lançado poucos meses após a morte prematura de um dos maiores cantores de todos os tempos, o álbum traz na faixa-titulo o maior sucesso do artista. Nada que Otis gravou é ruim.

03: The Notorious B.I.G. - Life After Death
Obviamente que não supera Ready To Die, mas um disco só não saciaria toda a demanda para obra deste gigante do rap. Um álbum digno.

04: Roy Orbison - Mystery Girl
A vida de Roy foi uma sucessão de fracassos e tragédias. Quando ele finalmente poderia ter paz e desfrutar de seu talento, bateu as botas. Algumas participações dão uma sensação oportunista, mas a melancolia presente nas composições ressaltam a genialidade de Roy.

05: Johnny Cash - American V: A Hundred Higways e American VI: Ain't No Grave
Rick Rubin fez milagre ao trazer novamente relevância a carreira de Johnny Cash com sua sequência American. Neste pacote estão os V e VI, talvez mais fracos que os anteriores, mais ainda preservando o charme fúnebre do homem de preto já fragilizado pela idade.


*Ato falho meu: Acho injusto mudar a lista depois de feita, mas não posso deixar de mencionar os discos Sun Ship do John Coltrane, Out to Lunch! do Eric Dolphy, Grievous Angel do Gram Parsons, Closer do Joy Division, The Sky Is Crying do Stevie Ray Vaughan e Donuts do J Dilla.

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