segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

RETROSPECTIVA 2014: Lançamento (Incluindo os MELHORES DO ANO)

Finalmente saiu minha nada esperada lista pessoal com os melhores lançamentos de 2014. Reconheço que citar mais de 100 discos de um único ano é exagero, ainda mais nos tempos atuais em que tudo parece ser tão descartável. Todavia, não deixaria de citar algo bacana só pra me enquadrar num numero pré estabelecido.

Apesar da grande quantidade de discos, fiz descrições (não são criticas, muito menos resenhas, são descrições) curtinhas dos álbuns, justamente por reconhecer que, embora as pessoas tenham sede de conhecimento, nem todos tem tempo/interesse/prazer de ouvir todos os lançamentos um a um, muito menos de ler a minha irrelevante opinião sobre tais obras. 

Mas tá ai, o trabalho sujo está feito, com direito até mesmo a uma faixa destaque para os mais preguiçosos (exceto nos Melhores Discos do Ano, ao menos esses escutem inteiro).

Mais que uma critica, esse post é uma ajuda para quem quer caçar uma novidade (e um HD externo para mim mesmo catalogar minhas audições/preferências).

PEQUENAS OBSERVAÇÕES 

- RELANÇAMENTOS: Led Zeppelin, Sun Ra, Crosby Stills Nash & Young, Jethro Tull, Cramps, Wilco, Cabaret Voltaire, Ave Sangria, Os Mutantes, Pantera… são mais relançamentos do que o dinheiro me permite desfrutar.
- LIVROS: Além das dezenas de biografias que finalmente saíram no Brasil, o mais legal foi ver ótimos livros de jornalistas como André Barcinski, André Forastieri, Fábio Massari e Zé Antônio. 
- DVD: Só assisti o do Meshuggah e curti muito mais que o anterior (que já era ótimo).
- PERDÃO, MAS NEM OUVI: AC/DC, Ace Frehley, Banda do Mar, Banda Malta, Blondie, Coldplay, Eric Johnson, Exodus, Fernanda Takai, Gus G., Iggy Azaela, Judas Priest, Lucas Santtana, Mr. Big, Patu Fu e Santana.


MELHORES DISCOS DO ANO (SEGUNDO EU MESMO)

Behemoth: The Satanist 
Seria esse um dos melhores discos de black metal da história? Dada a incrível capacidade do grupo de costurar boas melodias e texturas com um peso épico e brutal, é possível dizer que sim.

Death From Above 1979: The Physical World 
Incrível como essa banda consegue soar tão acessível quanto pesada com seus riffs cabulosos de baixo e refrões pegajosos. É acima de tudo um disco divertido. E só para polemizar (ou não): é bem melhor que o Royal Blood. 

Far From Alaska: modeHuman 
Há tempos uma banda de rock nacional não me agradava tanto. Atende desde o indie até o stoner. As letras em inglês permitem um futuro comercial fora do país.

Future Islands: Singles 
Por trás de um vocalista esquisitão/figuraça, a banda se saí bem fazendo um pop oitentista com propriedade e talento. Daquelas músicas pegajosas que atormentam (no bem sentido) o ouvinte. 

Juçara Marçal: Encarnado 
Arranjos estupendos e inusitados em um disco que soa surpreendente logo na primeira audição, sem perder a qualidade com o passar do tempo. A poética e o canto da Juçara são um destaque no cenário da música brasileira contemporânea. Encantador e desafiador.

Lucifer In The Sky With Diamonds: The Shining One 
Grata surpresa. Achei que seria apenas mais uma banda viajandona, mas é algo entre hard rock 70's, Alice in Chains e Mastodon. Isso não é pouca coisa.

Old Man Gloom: The Ape Of God I & II
Ao menos o fim do Isis rendeu essa volta de positivo. Aaron Turner em um épico de doom/sludge. Brutal, atmosférico e denso.


Ratos de Porão: Século Sinistro 
O Ratos de Porão não erra nunca. Estão tocando melhor, continuam com a pegada brutal de sempre e a produção ficou porrada. Tão velhacos, mas continuam mestres no que se propõem a fazer.

Swans: To Be Kind 
O Michael Gira não conseguiu superar o genial The Seer (2012), mas impressionantemente chegou bem próximo. Denso, caótico, estranho e delirante. É definitivamente um disco absurdo.

The War On Drugs: Lost In Dream 
A prova de que o indie rock atual pode ser inteligente. Sonoramente acessível, mas com composições rebuscadas, cósmicas e densas. Ótimos arranjos. Não por acaso recebeu ótimas criticas.

Triptykon: Melana Chasmata
A evolução natural do Hellhammer e do Celtic Frost. Moderno e extremamente pesado. Tom Warrior subiu muito no meu conceito. Possivelmente o melhor disco de metal do ano.

Ty Segall: Manipulator 
Cria de São Francisco abusando de sonoridade vintages. Talvez o maior nome da famigerada neo-psicodelia, só que no caso dele, sem grandes afetações.

DAQUI PARA BAIXO É O GROSSO DA LISTA. SÃO OS ÁLBUNS QUE OUVI PARA CHEGAR NOS MEUS PREDILETOSCLIQUE NO MAIS INFORMAÇÕES CASO INTERESSAR. 

AS DECEPÇÕES E OS RUINS ESTÃO NO FIM DO POST 



*- Nome da banda: Nome do Disco (Pequena descrição pessoal). Faixa destaque

OS BONS LANÇAMENTOS

- 4Action: Live In San Francisco (Quatro músicos brasileiros virtuosos executando composições instrumentais desafiadoras. Talvez caretas demais para alguns, mas inegavelmente bem estruturado. Produção e arte gráfica impecável). Blackout

- Acid Mothers Temple: Astrorgasm From The Inner Space (Texturas cósmicas e muita barulheira. Tome um ácido e deixe rolar).

- Agalloch: The Serpent & The Sphere (Prog/death/black metal com boas melodias, peso, clima épico, texturas sombrias e passagens instrumentais coesas. Não tem erro). Celestial Effigy  

- Angel Olsen: Burn Your Fire For No Witness (Entre a doçura feminina introspectiva e a melancolia raivosa. Um show de interpretação. Um folk elétrico lo-fi de altíssimo bom gosto). White Fire
 
- Animals As Leaders: The Joy Of Motion (O djent instrumental do grupo não é dos estilos mais acessíveis, mas aqui, ao contrário dos outros discos, a banda acerta a mão nas composições. A execução é impressionante. Prato cheio para estudantes de guitarra e bateria). Para Mexer
 
- Anthony Joseph: Time (Acho que desde o Gil Scott Heron o "canto-falado" não era tão bem utilizado fora do rap. Belas letras em instrumentais maravilhosos calcados na soul music). Tamarind
 
- A Sunny Day In Glasgow: Sea When Absent (Seria isso um shoegaze-eletro-pop? Seja já lá o conceito sonoro por trás da obra, fato é que o disco traz um caos interessante/agradável). Bye Bye, Big Ocean

- Alvvays: Alvvays (Indie rock/dream pop dançante, com produção lo-fi e melodias grudentas. Não é a maravilha que alguns criticos pregaram, mas vale muito a audição. Tem cara de 1991). One Who Love You
 
- Azealia Banks: Broke With Expensive Taste (O rap, agora um estilo pop, abusando de ritmos africanos e da house music. Acima de tudo um disco dançante e bem produzido). Gimme A Chance 

- Band Of Skulls: Himalayan (Um dos melhores trios da atualidade. Poderia ser mais do mesmo (e até certo ponto é), mas a energia 70's na execução se sobressai a qualquer fórmula). Asleep At The Wheel
 
- Banks: Goddess (Um belo disco de estreia que funde o novo r&b com o trip hop de forma acessível e bem feita. Só para mal comparar e provocar: ficou pequeno para a pobre Lorde). Waiting Game
 
- Baptists: Bushcraft (Hardcore pesadíssimo - flerta diretamente com o thrash - e com doses moderadas de experimentações rítmicas. É um soco na cara). Think Tank Breed

- Beck: Morning Phase (Alguém ainda tem dúvidas de que o Beck é um cara extremamente talentoso? Aqui ele ignora modernidades passageiras e lança um disco digno de seus melhores momentos. Ótimas e emotivas composições. O verdadeiro neo-folk). Waking Light

- Billy Idol: Kings & Queens Of The Underground (Não gosto do Billy Idol em si, mas é incrível como o guitarrista Steven Stevens consegue fazer a audição de seus discos se tornarem interessantes). Kings & Queens Of The Underground

- Black Lips: Undernearth The Rainbow (Tem aquela vibe e timbres vintages bacanas que o black keys resgatou, mas infelizmente nem todas as composições são interessantes). Do The Vibrate

- Bob Mould: Beauty & Ruin (Envelheceu soando maduro e visceral. Compõe rock básico como poucos. Apenas uma sequência de uma carreira espetacular. Parabéns, Bob Mould!). Nemeses Are Laughing

- Bondesom: Três (Música brasileira de qualidade que percorre  com propriedade pelo jazz, samba e bossa nova. Arranjos impecáveis e execução precisa de uma grandiosa banda). Nas Quebradas

- Brad Mehldau & Mark Guiliana: Mehliana (Ótimo disco que transita entre o jazz e o eletrônico. Timbres e arranjos fantásticos. O baterista Mark Guiliana é um monstro). Just Call Me Nige

- Bryan Ferry: Avonmore (Com uma série de músicos talentosos servindo de banda de apoio, o eterno líder do Roxy Music lança mais um discão. Se fosse do David Bowie teria feito muito barulho). Loop De Li

- Bruce Springsteen: High Hopes (Bruce não tem sequer um único disco ruim. A presença do Tom Morello é um diferencial. Steven Van Zandt que não deve ter gostado). Justo Like Fire Would

- Cannibal Corpse: A Skeletal Domain (Não costumo acompanhar os lançamentos do Cannibal Corpse, mas esse caiu no colo e foi uma grata surpresa. É a brutalidade de sempre, eternamente espantosa). Kill or Become

- Casualties of Cool: Casualties of Cool (Devin Townsend num projeto que vai da country music ao sons cinematográficos viajantes. Os arranjos crescem no decorrer do álbum. Surpreendentemente bonito). Flight

- Chapa Mamba: S/T (Psicodelia com forte sotaque nordestino. Em alguns momentos soa demasiadamente datado/forçado, mas no fim o resultado agrada). Ninguém Presta 

- Chinese Cookie Poets: ■ (Mais noise do que qualquer outra coisa. É bacana ver que ainda tem gente no Brasil disposta a tal ousadia. Recomendado somente para quem curte post-rock experimental) 04

- Circa Zero: Circa Zero (Andy Summers cria seu Police do século XXI. O reggae, as texturas, o approach pop das canções… está tudo aqui. Não vai mudar o mundo, mas agrada). Levitation

- clipping.: CLPPNG (O hip hop em uma de suas formas mais radicais e estranhas. O instrumental caótico, costurado por pequenos detalhes de arranjos e elementos de glitch, condiz com as evoluções do estilo). Body & Blood

- Criolo: Convoque Seu Buda (Sequência do ótimo Nó Na Orelha e, felizmente, não decepciona. Criolo é um bom letrista cercado de músicos competentes. Achei "mais rap" que o anterior). Casa de Papelão

- DeafKids: 
The Upper Hand (Só de ver jovens fazendo discos podrões como esse eu já fico feliz. É foda!). The Upper Hand

- Devin Townsend Project: Deconstruction (Um olhar adiante no conservador reino do heavy metal. Horas brutal, horas estranhamente melódico. Sempre criativo e maluco. Quase épico). Stand

- Die Antwoord: Donker Mag (Confesso que na primeira audição adorei, mas conforme  fui ouvindo novamente foi piorando. Acho divertida essa ponte entre melodias "POP" em produções violentas, mas as músicas perdem a força muito fácil. No fim é mais curioso do que propriamente bom).

- Earth: Primitive And Deadly (O drone e o doom se confundem em climas sombrios e riffs graves e trogloditas. É som pesado de fazer viajar para o inferno. Primeiro disco desta lendária banda a conter vocais). From The Zodiacal Light

- Eric Johnson & Mike Stern: Eclectic (O que acontece quando se juntam dois dos guitarristas com fraseado mais sofisticado da história? Uma aula de bom gosto. Obrigatório para guitarristas). Benny Man's Blues

- FKA Twigs: LP1 (Em cima de produções rebuscadas, encorpadas e abstratas do Arca, a cantora inglesa passeia com sua rica voz por lindas melodias, que parecem fazer a ponte entre a Björk e Kate Bush. É quase um r&b futurístico. Apaixonante). Pendulum

- Flying Colors: Second Nature (Muito superior ao fraco disco de estreia, neste o grupo caminha em direção a um progressivo bastante melódico. Agradável e bem tocado. Steve Morse e Mike Portnoy detonam). Open Up Your Eyes
 
- Flying Lotus: You're Dead! (O hip hop chegando no ponto máximo de sua sofisticação instrumental. Produção e arranjos ultra ousados. Pô, até o Herbie Hancock dá as caras). Never Catch Me
 
- Foo Fighters: Sonic Highways (O conceito fantástico por trás da obra é melhor q o resultado em si, mas o disco ainda assim é bom. Dave sabe compor rock energético e acessível. O documentário que acompanha o projeto já banca qualquer deslize sonoro). What Did I Do

- Foxygen: …And Star Power (É bobinho, mas é tão divertido. Fora os elementos psicodélicos que deixam tudo ainda mais delicioso). Cosmic Vibrations
 
- Frankie Cosmos: Zentropy (Se fosse um homem cantando eu acharia uma droga, mas gosto dessas baladinhas fofinhas com guitarras sujas lo-fi quando é feito por mulher. Entenda como quiser). Art School

- Freddie Gibbs & Madlib: Piñata (O rap old school com bases encorpadas pelo afrobeat e a soul music, apelando para o groove, expondo ótimos samples e discurso preciso (com muita da vibe gangsta). Falar mais o que? Madlib é mestre. Freddie Gibbs responde a tudo com intensidade particular. Embaçado). Real

- Fuzzcas: Feliz Dia De Hoje (O pop rock nacional genuíno. Impossível não pensar em Celly Campelo. Composições divertidas e com boas doses de guitarra e timbres vintage). Oh! Meu Bem
 
- Guided By Voices: Motivational Jumpsuit (Nem parece 20 canções, mais parecem 20 perfeitos refrões curtinhos e sujinhos do típico indie rock de 1991. E isso é muito bom). Writer's Bloc

- Gus G: I Am The Fire (Embora as canções pareçam feitas exclusivamente para que em algum momento o guitarrista mande um solo virtuoso, no geral o disco acaba agradando). Just Can't Let Go

- Hard Working Americans: Hard Working Americans (Blues-rock dos bons. Para quem ainda tem saudade da década de 70 é prato cheio. Simples assim). Another Train
 
- Have A Nice Life: The Unnatural World (Algo entre o post-rock, pós-punk, ambient e shoegaze. No fim da tudo na mesma: descomunalmente barulhento, grandioso e melódico). Defenestrarion Song

- Iceage: Plowing Into The Field Of Love (O punk rock com toda sua influência irlandesa - mas também de Nick Cave e Jim Morrison - soando abrasivo, intenso e expansivo ao experimentar diferentes instrumentações. Um dos grandes trabalhos de rock do ano). On My Fingers

- Jack White: Lazaretto
(Ele se moderniza sem abrir mão das raízes sonoras que fizeram dele um dos mais relevantes artistas atuais do rock. É bem bom). Lazaretto

- J. Mascis: Tied To a Star (O paredão sonoro do Dinosaur Jr nos faz esquecer o quão bom compositor é o J Mascis. Para isso ele tem seu excelente trabalho solo. Mais uma vez impecável). Wide Awake
 
- Jack Bruce: Silver Rails (Depois de 10 anos sem nenhum trabalho inédito, o genial e veterano baixista reaparece com um disco ousado, recheado de ótimas composições. Um maravilhoso grand finale de um músico lendário). Rusty Lady
 
- Kasabian: 48:13 (Eu gosto da forma em que o Kasabian transita entre o indie rock pomposo/dançante com arranjos/produção encorpada. Pode ser bobinho, mas o resultado agrada). Shiva+Bumblebee
 
- Kampfar: Djevelmakt (O black metal norueguês em um dos seus grandes momentos. Acessível dentro do extremismo do estilo e ainda assim pesadíssimo. Riffs quase thrash). Fortapelse

- Killer Be Killed: Killer Be Killed (Max Cavalera com integrantes do Mastodon, Dillinger Escaple Plan e Mars Volta num mesmo projeto só pode sair coisa boa. Representante do metal moderno). Face Down
 
- Korzus: Legion (Eles não são uma das melhores bandas de metal do Brasil há mais de 30 anos por acaso. Sempre evoluindo e se modernizando, tanto na produção quanto nas composições). Lamb

- Lana Del Rey: Ultraviolence (Não posso dizer que é uma maravilha, mas é sim um bom disco, indiscutivelmente melhor que o anterior no quesito composição. Méritos também do Dan Auerbach, que está se revelando um produtor de mão cheia). Pretty When You Cry

- Lupe de Lupe: Quarup (Uma maravilha do rock alternativo nacional. Tem tanto baladas sensíveis quanto pauladas ousada. Disco duplo, gravado em casa, com temas maduros e pesados. Sensacional). Foto-Fátuo

- Mac DeMarco: Salad Days (Ouvindo sem birra, o disco agrada. É um bom encontro do indie pop com a neo-psicodelia. Não mais que isso. O suficiente para ser legal). Brother

- Machine Head: Bloodstone & Diamonds (Acho fantástica a forma com que o Machine Head consegue trazer ao thrash metal uma abordagem melódica e moderna. Terceiro bom disco seguido). Killer & Kings

- Manchester Orchestra: Cope (Bom disco. A prova de que com um pingo de testosterona, o indie rock atual consegue soar pop/dançante/palatável sem apelar para o poperô). Choose You

- Manic Street Preachers: Furology (Assim como tudo que o Manic faz, é muito bem tocado, acessível e rebuscado nos detalhes. Talvez nesse disco nem tão inspirado, mas acontece). Let's Go To War

- Marty Friedman: Inferno (É excelente? Não, mas traz o ex-guitarrista do Megadeth debulhando em composições por hora estranhas. Periga soar chato para quem não é guitarrista. Adoro seu fraseado). Metal Hook

- Mastodon: Once More 'Round The Sun (Seguindo a linha mais acessível do The Hunter. Menos progressivo. Algo como um QOFSA mais pesado e menos inspirado. Gosto menos, mas continuam entre as principais bandas da última década). Aunt Lisa

- Marmozets: The Weird And Wonderful Marmozets (Como muito bem foi me apresentado, é uma mistura inusitada de Dillinger Escape Plan com Paramore. Juro! Bem juvenil, mas funciona). Born Young And Free

- Mayhem: Esoteric Warfare (É sensacional? Claro que não, mas devo dizer que me impressionou. Não sabia que a banda atualmente fazia coisas tão boas assim não. Se seu lance for black metal vale conferir). Watchers

- Metronomy: Love Letters (Um pop eletrônico e confuso, que parece atirar para todos os lados. As vezes acerta, as vezes não, mas a ousadia dá o aval a obra). Call Me

- Moral Mazes: EP Magic Tommy Jackson (Gosta de Muse? Vale dar uma arrisca. Rock direto, mas também épico). Stay Unprepared

- Morgan Delt: Morgan Delt (Uma modernização da psicodelia/folk californiana. Timbres e arranjos ousados, alguns momentos confusos, remetendo ao rock progressivo). Make My Grey Brain Green

- Morrissey: World Peace Is None Of Your Business (Uma enxurrada de gente criticando, mas eu achei muito bom. As letras, o timbre vocal peculiar, as melodias atraentes… está tudo aí). Istanbul

- Neil Young: Storeytone (Muita gente batendo no disco. Fui ouvir com pé atrás, mas não adianta, Neil (quase) não erra. As letras podem ser menos inspiradas, mas os arranjos orquestrados funcionam). I Want To Drive My Car

- O Terno: O Terno (Tem quem acuse de ser bobinho, mas eu acho simpático, com propriedade, talento e sem se levar tão a sério. Tem clima de Jovem Guarda com o fuzz tropicalista. É uma caricatura de Mutantes, e isso pode ser bem divertido). O Cinza

- Opeth: Pale Communion (Abandonando de vez o heavy metal e se jogando num rock progressivo complexo e melódico, embora com momentos nem tão inspirados. Mas no final é acima da média). Faith In Others

- Oz Noy: Twisted Blues Volume 2 (Um dos poucos guitarristas que produz “música de guitarra” e que ainda me interessa ouvir os lançamentos. Adoro a acidez do seu fraseado. Ele sempre surpreende na escolha das notas. Aqui ainda temos a vantagem de ouvir ele interagindo com outros grandes instrumentistas, vide Chick Corea, Eric Johnson, Warren Haynes, Dave Weckl, Allen Toussaint e John Medeski). Just Groove Me

- Pink Floyd: The Endless River (Tudo que o Tangerine Dream queria ser? Brincadeira. Disco de sobras, calcado na música ambient, com bons momentos do David Gilmour e do falecido/subestimado Richard Wright. Obviamente, nada que se aproxime do passado, mas ok). Louder Than Words

- Pitty: Setevidas (Mesmo não acertando em cheio, o cuidado com as letras, a produção e as referências de Muse e QOTSA dentro do rock nacional mainstream atual merecem aplausos). Lado de Lá

- Pixies: Indie Cindy (Não da pra esperar que a banda lance nesta altura do campeonato um clássico, mas a fórmula melodia + barulheira ainda funciona muito bem). What Goes Boom

- Porter Robinson: Worlds (O EDM que ao menos propõem algo. As produções são tão doces quanto pulsantes. Tudo timbristicamente grandioso. Tá certo, as composições não são grande coisa, mas há uma certa beleza pop). Flicker

- Puss N Boots: No Fools, No Fun (Norah Jones se junta com mais duas gatas e lança um disco lindo, suave, recheado de ótimas composições e interpretações delicadas). Jesus Etc.

- Radio Moscow: Magical Dirt (Rock setentista, mas extremamente criativo, com muitas influências psicodelicas e momentos brilhantes de um guitarrista "hendrixiano"). Before It Burns

- Real State: Atlas (Um dream pop/indie rock com traços de Wilco. Boas melodias, arranjos bem amarrados e clima tranquilo. Isso é mais que suficiente pra um bom disco). The Bend

- Revocation: Deathless (Thrash Metal pesadíssimo e extremamente técnico, chegando a transitar pelo death metal. Não é o maior exemplo de criatividade, mas é muito bem feito). Labyrinth Of Eyes

- Rival Sons: Great Western Valkyrie (Ainda na cola do Led Zeppelin, ainda sem um disco ruim. Vou falar o que? Soa datado, mas soa bem! Mostre para o tiozinho rocker mais próximo de você). Open My Eyes

- Royal Blood: Royal Blood (Num mundo pós White Stripes, esse tipo de conceito/duo não surpreende mais, mas nem por isso as músicas deixam de ser muito bacanas. Timbrões de baixo e melodias com traços de Deftones). Figure It Out

- Ruído/MM: Rasura (Post-Rock instrumental da melhor qualidade possível. Introspectivo, bem tocado e gravado. Não deve para nenhum lançamento internacional no estilo).

- Run The Jewels: Run The Jewels 2 (O hip hop num nível elevado de excelência e ousadia nas composições e produção. Agradou até mesmo o publico indie. Pesado). Jeopardy

- Ryan Adams: Ryan Adams (Não é de seus discos mais inspirados, mas ele continua sem ter um único trabalho sequer que possa ser considerado fraco). 

- Sharon Jones & The Dap-Kings: Give The People What They Want (Sem invencionismo, é "apenas" soul music da melhor qualidade, interpretada por um voz privilegiada e uma banda azeitada) You'll Be Lonely

- Sharon Van Etten: Are We There (Com uma voz doce, boas letras e aconchego típico do indie folk, essa artista se revela talentosa enquanto compositora e intérprete. Gosto como sonoridades eletrônicas são somadas aos timbres orgânicos. Não é nada que vai mudar o mundo, mas que pode servir de acalanto). Every Time The Sun Comes Up

- Shellac: Dude Incredible (Quando é que foi que Steve Albini errou? Grande banda, que sempre que lança algo é digno de atenção. Amadureceu sem perder o culhão). Surveyor

- Spoon: They Want My Soul (Boa banda lançando mais um belo disco. As composições e os arranjos bem amarrados é que fazem o indie rock do grupo uma preciosidade num oceano de mediocridade). Knock Knock

- St. Vincent: St. Vincent (Art rock moderna, ousada e estranhamente dançante. É uma luz de criatividade no mundo pop. Fora que ela é uma ótima guitarrista. Tem muito de Prince). Birth In Reverse

- Statues On Fire: Phoenix (Banda bazuca fazendo hardcore pesado/melódico de nível internacional, tanto no que diz respeito as composições quanto a produção. Muito bem tocado). Statues On Fire

- Sun Kil Moon: Benji (A tradição da música folk americana é honrada através de composições espetaculares de um artista especialista nesta área. É longo e exige uma atenção do ouvinte (principalmente se o inglês não for sua língua nativa), mas é recompensador). Pray For Newtown

- Sunn O))) and Scott Walker: Soused (Uma reunião improvável que resultou numa sonoridade incomparável. Scott ressurge das trevas e faz o Sunn O))) deixar de ser chato. Mais que um grande encontro, é uma grande ideia). Brando

- Taylor McFerrin: Early Riser (Filho do Bobby McFerrin. Herdou o talento vocal do pai (agregando inteligentes beatbox), mostrou-se um DJ acima da média e compositor de mão cheia). Already There

- Taylor Swift: 1989 (Nem só de Frank Zappa vive o homem. É um pop bobinho, mas muito bem produzido e, principalmente, com melodias que grudam na cabeça. Fora que a Taylor é uma graça. Acho divertido). Shake It Off

- Temples: Sun Structures (A neo-psicodelia numa abordagem século XXI, com forte influência do indie rock, assim como dos Beatles em seus momentos mais viajandões). Sun Structures

- Thee Oh Sees: Drop (Psicodelia acessível do século XXI. Agrada do indie ao rock tiozinho. Bem tocado, timbres interessantes e com passagens muito criativas. Todavia, é inferior ao anterior). Transparent World

- The Ghoast Of A Saber Tooth Tiger: Midnight Sun (E não é que o Sean Lennon finalmente lançou algo interessante. Ele embarcou na onda da Neo-Psicodelia e se saiu muito bem. Fora que sua namorada rouba a atenção). Xanadu

- The Men: Tomorrow's Hits (O nome do álbum faz total sentido. Passou despercebido, mas não me espantaria se suas músicas forem lembradas daqui algum tempo. Power pop perfeito). Different Days

- The Vines: Wicked Nature (Mais um ótimo disco deste bom grupo. Momento energéticos e divertidos preenchidos por uma sujeira ultra bem vinda. Britpop + garage/punk rock). Wicked Nature

- The Wytches: Annabel Dream Reader (O surf rock em formato barulhento, com pé no punk e vestígios até mesmo de Nirvana. Quanto mais barulhento mais legal fica. Vigoroso!). Wide At Midnight

- Thiago França: Malaguera, Perus e Bacanaço (Misture Mundo Livre S/A com a Vanguarda Paulista e atual a MPB que vai do samba ao rap passando pelo post-rock. É (tudo) isso!). Caso do Bacalhau

- Throwdown: Intolerance (A fonte de inspiração continua sendo o Pantera, mas agora soam ainda mais moderno e "embaçado", entende? Para quem curte "Groove" Metal é prato cheio). Avow

- Tom Petty: Hypnotic Eye (Não sei porque a galera avacalha tanto com o cara. Ele é um sujeito honesto e o Mike Campbell é um tremendo guitarrista. Não espere muito dele, mas não ignore). U Get Me High

- Tombs: Savage Gold (Transitando entre o black metal com climas de doom/sludge, o trabalho surge como um dos mais sinistros do metal. Pesado e ousado, sem ser babaca). Seance

- Trilha Sonora do Guardiões da Galáxia (Foi tão comentada que não poderia deixar de mencionar. É apenas um resgate de canções fantásticas, mas tão bem contextualizadas que merece atenção).

- Tweedy: Sukierae (Nada que não pudesse estar num disco do Wilco, o que é um tremendo elogio. Apelo melódico, ótimas baterias e uma profundida tremenda de gravação). Wait For Love

- Twin Peaks: Wild Onion (Um cruzamento de tudo que há de melhor do rock. Reúne desde sons garageiros, passando por power pop e canções na linha do The Jam). Telephone

- Voodoopriest: Mandu (Belo conceito e enredo de um disco de thrash metal brutal que buscar sair do marasmo temático).

- Warpaint: Warpaint (Após o Savages no ano passado, mais uma banda só de garotas encabeçando o que há de melhor no rock alternativo. Dream pop de sonoridade grandiosa. A baterista é ótima). Biggy

- Wilko Jonhson & Roger Daltrey: Going Back Home (Wilko não só venceu um câncer e participou
do Game Of Thrones, como também lançou esse discão ao lado do eterno vocal do Who. Demais!). Going Back Home

- Woods: With Light and With Love (O neo-folk encontra o neo-shoegaze e a neo-psicodelia. Falo sério. Quase vira um desastre, mas é bem legal). With Light And With Love

- YOB: Clearing The Path To Ascend (Em meio ao já conhecido peso do grupo, salta aos ouvidos o clima dark também das letras confessionais. Denso e difícil). Unmask The Spectre

- Young Widows: Easy Pain (Discão de rock caótico/barulhento com produção toscona/podrona no melhor sentido possível. Parece que foi lançado em 93. Trio com influência de QOTSA). Godman


DECEPÇÃO (Nem tão ruim, mas não chega no ponto)

- Against Me!: Transgender Dysphoria Blues (Muita gente adorou. Não é o meu caso. Ok, é um pop punk bem feito, resultando em alguns acertos. Todavia, o estilo é limitado demais. As melodias empapuçam).

- Antemasque: Antemasque (O trabalho que menos gostei do Omar Rodriguez. E olha que tem o Flea no baixo. Volta, Mars Volta!).

- Aphex Twin: Syro (É a bizarrice de sempre. Só que o que antes soava interessante, agora soa incomodo. Achei chato e pouco inspirado. Por ser o primeiro em 13 anos fez barulho. Talvez só por isso).

- Black Label Society: Catacombs Of The Black Vatican (Possivelmente nem é tão ruim, mas não aguento mais esse tipo de som. Sequer devia ter escutado).

- Black Keys: Turn Blue (Bem inferior aos anteriores, ainda que não seja ruim. Muito mais pop/indie do que apostando na antiga (e boa) fórmula garageira/blues. Cade as guitarras?).

- Cachorro Grande: Costa do Marfim (Até entendi a proposta da banda - ou seria do Edu K? - de modernizar o som através da psicodelia típica do Stone Roses. Mas infelizmente não deu certo).

- Crosses: Crosses (Até gostei do single "Bitches Brew", mas o disco como um todo é bem fraquinho. Chino Moreno, continue com o Deftones que você se sai melhor.).

- Damon Albarn: Everyday Robots (Um disco meia bomba de um cara talentoso e criativo).

- Dean Blunt: BLACK METAL (Ok, eu entendi a forte carga emotiva das composições, mas não consegui embarcar na sonoridade não. Achei somente estranho).

- Eagulls: Eagulls (Até tem boas referências e instrumental encorpado, mas a afetação do vocalista e a irregularidade das composições não ajudam o álbum).

- La Roux: Trouble In Paradise (Embora com belos acertos de synthpop, o disco como um todo não funciona. Irregular).

- Racionais MC's: Cores & Valores (Talvez devido demora, talvez devido a irregularidade das composições - narrativas sem graça e beats pouco criativos -, fato é que decepcionou).

- Schoolboy Q: Oxymoron (Em 1992 seria bacana, mas penso eu que o rap já superou essa abordagem. É o gangsta que ficou para trás).

- Slash: World On Fire (O Slash é um grande guitarrista, mas é um disco manjado. Nenhuma música fica na cabeça. A voz do Myles não me agrada em nada).

- Slipknot: 5: The Gray Chapter (Os últimos seis anos de conflitos e tragédias definitivamente não rendeu bons frutos. Tem bons momentos, mas aponta mais para o fim do grupo do que pra qualquer outra coisa).

- Wolfmother: New Crown (Mais do mesmo de uma banda que quando surgiu era diferente e que hoje não agrega em nada).

- Wo Fat: The Conjuring (Pouco inspirado/criativo. O Kyuss já fez isso anos luz melhor).

- Young Fathers: Dead (A produção é rebuscada e interessante, mas o resultado como um todo é um porre).

PIORES

- Alcest: Shelter (Sonoridade etérea e introspectiva chata pra lascar. Não vou nem tentar entender porque as pessoas gostaram dessa bodega).

- Ed Sheeran: X (É ruim não porque é mal feito, mas porque é muito bundão).

- Neal Schon: So U (O ótimo guitarrista aparece acompanhado do Deen Castronovo e Marco Medonza. Alguém dúvida que todos tocam bem? Não. Mas cara, que repertório horrível).

- Raimundos: Cantigas de Roda (Não saber envelhecer é triste. Cada vez mais acho que o Rodolfo é que fez o certo de largar o osso).

- Titãs: Nheengatu (É evidente que a banda buscou para o disco o peso que há tempos não se via. É evidente o desejo de voltar a ter prestigio. É evidente o fracasso. Demasiadamente caricato).

- Truckfighters: Universe (Um The Cult ruim fazendo um stoner limpinho).

- U2: Songs of Innocence (Eu costuma argumentar que apesar de toda coxinice do Bono, o U2 não tinha sequer um único disco ruim. Isso não é mais possível. Ruim é pouco para o álbum. Pop sofrível).

- Voyager: V (Djent exageradamente melódico. O instrumental é bem tocado - ou seria bem editado? -, mas o vocal empapuça. Algo entre o pior feito pelo Dream Theater, Tool e Periphery).

- Within The Ruins: Phenomena (Pesado. Bruto. Chato).

- Worst: Cada Vez Pior (Não gosto nem das letras e nem do estilo vocal. O que salva é que o Fernandão é um monstro na bateria. Mas pensando bem, nem isso salva).

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