Lançado em 1976, o clássico disco de estreia dos Ramones não causou o impacto comercial que muitos imaginam. Todavia, hoje só de olharmos para a capa contendo aqueles quatro jovens de jeans rasgados, jaquetas de couro e all star sujos em frente a um muro pixado, já sabemos o que esperar: punk rock.
Diferente de agora, onde bandas parecem brotar de pranchetas de estudantes de marketing direto para palcos do Lollapalooza, os Ramones ralaram durante anos nos lugares mais imundos de Nova York, dentre eles o mitológico CBGB. Devendo em habilidade técnica, mas distribuindo atitude, eles encaram plateias que iam de junkies anônimos a junkies famosos (vide Lou Reed e Iggy Pop).
Vale lembrar que Nova York não era a mesma de hoje. Ali se vivia uma crise de moradia, desemprego, violência urbana, prostituição, falta de perspectiva dos jovens, vício em drogas… tudo apontando para a sonoridade urgente do punk rock.
Lançado pela Sire Records, Ramones custou 6.400 dólares - uma merreca impressionante para o mercado glamourizado da época - e poucas horas de estúdio. Disso vieram as clássicas "Blitzkrieg Bop" (dispensa apresentações), "Beat On The Brat" (com palhetadas certeiras de Johnny Ramone em básicos power chords), "53rd & 3rd" (contendo uma letra espetacular do Dee Dee sobre a época que se prostituía para bancar o vício em heroína) e a encantadora "Judy Is A Punk" (onde a influência das girl groups se faz valer).
Em meio a coisas que eles "não queriam fazer" - vide as acachapantes"I Don't Wanna Go Down To The Basement" e "I Don't Wanna Walk Around With You" -, surge o momento romântico/melódico da boa balada "I Wanna Be Your Boyfriend" (com a interpretação singela e precisa de Joey) e o desejo de cheirar cola na impactante "Now I Wanna Sniff Some Glue". Todas extremamente curtas e trazendo tanta visceralidade quanto excelência pop.
Ainda que o proto-punk de bandas como Stooges, MC5 e New York Dolls já existisse e tenha influenciado diretamente o som dos Ramones, não é absurdo colocar o grupo nova-iorquino como o verdadeiro pilar do punk rock, tendo com os menos de 30 minutos deste disco influenciado gerações de bandas que vão do Bad Brains aos Green Day, passando pelo R.E.M., Metallica, Sonic Youth, Red Hot Chili Peppers, Melvins, Rancid e Pearl Jam.
Lançado pela Sire Records, Ramones custou 6.400 dólares - uma merreca impressionante para o mercado glamourizado da época - e poucas horas de estúdio. Disso vieram as clássicas "Blitzkrieg Bop" (dispensa apresentações), "Beat On The Brat" (com palhetadas certeiras de Johnny Ramone em básicos power chords), "53rd & 3rd" (contendo uma letra espetacular do Dee Dee sobre a época que se prostituía para bancar o vício em heroína) e a encantadora "Judy Is A Punk" (onde a influência das girl groups se faz valer).
Em meio a coisas que eles "não queriam fazer" - vide as acachapantes"I Don't Wanna Go Down To The Basement" e "I Don't Wanna Walk Around With You" -, surge o momento romântico/melódico da boa balada "I Wanna Be Your Boyfriend" (com a interpretação singela e precisa de Joey) e o desejo de cheirar cola na impactante "Now I Wanna Sniff Some Glue". Todas extremamente curtas e trazendo tanta visceralidade quanto excelência pop.
Ainda que o proto-punk de bandas como Stooges, MC5 e New York Dolls já existisse e tenha influenciado diretamente o som dos Ramones, não é absurdo colocar o grupo nova-iorquino como o verdadeiro pilar do punk rock, tendo com os menos de 30 minutos deste disco influenciado gerações de bandas que vão do Bad Brains aos Green Day, passando pelo R.E.M., Metallica, Sonic Youth, Red Hot Chili Peppers, Melvins, Rancid e Pearl Jam.

Nenhum comentário:
Postar um comentário