segunda-feira, 28 de julho de 2014

TEM QUE OUVIR: Queen - Queen II (1974)

O Queen é definitivamente uma banda grandiosa. E não me refiro somente a sua popularidade. Seus discos e shows foram grandes atos que marcaram para sempre a história da música popular, sendo Queen II (1974) o primeiro registro verdadeiramente imponente do grupo.
 

Sua fama não corresponde a mediocridade. As composições deste disco flertam com rock progressivo e trazem arranjos soberbos, vide "Some Day One Day" e a linda "White Queen (As Began)", ambas arquitetadas após a gravadora dar a liberdade para que a banda fizesse o que quisesse no estúdio. Vale dizer que aqui foram usados equipamentos multicanais avançados para a época.

Brian May dá uma aula de melodias, timbres majestosos e sobreposições sonoras logo na abertura do disco, na tão curtinha quanto épica "Procession", que desemboca na intensa "Father To Son", que assim como "Ogre Battle" e "Seven Seas Of Rhye" (com traços de The Who), mostram que a banda conseguia soar pesada quando queria, sendo uma espécie de Black Sabbath mais refinado.

Freddie Mercury evidencia sua inegável força vocal nas impressionantes "The Fairy Feller's Master-Stroke" (com traços de opereta), "Nevermore" e "The March Of The Black Queen". Já os injustiçados Roger Taylor (bateria) e John Deacon (baixo) saltam aos ouvidos em "The Loser In The End", um hard rock com toques glam.

Esse é apenas o primeiro grande passo de um grupo que viria a dar salto celestiais. Para os fãs mais tradicionais, é o registro definitivo da banda. Sua capa, contendo os quatro integrantes em sua pose mais famosa - revistada anos depois no clipe de "Bohemian Rhapsody" -, é uma das imagens mais emblemáticas do rock, sendo ela autoria do lendário Mick Rock.

Nenhum comentário:

Postar um comentário