domingo, 5 de janeiro de 2014

TEM QUE OUVIR: Nazareth - Razamanaz (1973)

O que há de mais legal no rock n' roll é que ele não precisa ser inteligente, técnico ou inovador para ser sensacional. Prova disso é Razamanaz (1973), terceiro disco do subestimado Nazareth, que traz tudo aquilo que qualquer álbum de hard rock deveria conter. 


Para quem está acostumado somente com a radiofônica "Love Hurts", Razamanaz vai soar revigorante. O disco é uma cacetada crua e sincera feita por trogloditas do rock.

Logo de cara, a acachapante "Razamanaz" sai pelos falantes transformando o que estiver pela frente em resíduo. A guitarra do Manny Charlton é brilhante em sua imundice. A bateria do lenhador Darrel Sweet faz a pegada do John Bonham se assemelhar a do Milton Banana. E o que dizer da voz do Dan McCafferty? Ela transmite a energia de quem fumou três maços de marlboro e tomou uma garrafa de conhaque barato.

Entre o blues-rock, hard rock e até heavy metal, o Nazareth desfila um punhado de composições acima de qualquer suspeita, vide as espetaculares "Too Bad Too Sad" e "Woke Up This Morning" (com direito ao Manny Charlton debulhando sua técnica de slide). O grupo também acerta nas releituras de "Alcatraz" (Leon Russell) e "Vigilant Man" (Woody Guthrie).

Esse é o típico disco que não mudou o mundo, não vendeu feito água e muito menos foi elogiado pela crítica, mas que faz a cabeça de quem curte o mais puro rock n' roll. Abra uma cerveja e seja feliz.

Detalhe importantíssimo: a produção é do Roger Glover.

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