O álbum começa com uma sequência tão arrasadora de hits que mais parece que estamos ouvindo uma coletânea. "Where The Streets Have No Name" tem uma introdução épica, com guitarras minimalistas recheadas de delay, uma das tantas características do The Edge. Grande canção! Em seguida surge "I Still Haven't Found What I'm Looking For", das melhores e mais conhecidas baladas do grupo, com ótimo desempenho vocal do Bono e raiz dentro da música gospel. Na sequência, a bonita "With Or Without You" mais uma vez chama atenção para o guitarrista The Edge e sua capacidade de preencher os arranjos com belas harmonias, timbres preciosos e texturas complexas, tudo isso sem perder a sutileza/lirismo pop da composição.
A consistente cozinha formada por Larry Mullen Jr. (bateria) e Adam Clayton (baixo) se destaca na ótima "In God's Country" e na tensa "Bullet The Blue Sky", essa última com uma das tantas letras engajadas - embora extremamente simplistas - do Bono. Já seu lado melódico enquanto cantor é percebido na bela balada tribal "Running To Stand Still" e na quase surrealista "Exit".
Entre outros destaques está a energia atmosférica de "Red Hill Mining Town" e o clima heartland rock de "Trip Throught Your Wires", onde a mão do produtor Daniel Lanois se faz mais presente.
A ótima produção somada a belas composições e uma popularidade estrondosa fazem de The Joshua Tree um dos mais ambiciosos e bem-sucedidos discos de todos os tempos. Se sua sonoridade hoje é um padrão dentro da indústria - percebido seja no Coldplay, Taylor Swift ou Hillsong -, quando lançado ele a nada se assemelhava.
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